Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Minnie, filha do casal, nasceu 15 meses depois da morte do pai | Reprodução/Youtube
Quando o marido morre, a viúva deve desistir de ter filhos frutos dessa relação? Não foi o que a australiana Ellidy Pullin pensou. Após um acidente fatal que levou seu marido, a mulher decidiu que queria manter uma pequena lembrança dele para sempre perto dela.
Continua depois da publicidade
Para isso, os médicos utilizaram a técnica chamada extração póstuma de esperma. Eles retiraram os espermatozóides que ainda viviam no corpo de Alex Pullin 36 horas depois de sua morte em um acidente num mergulho em julho de 2020.
"Estávamos planejando engravidar há cerca de oito meses, ambos muito conscientes em relação à saúde, e, por fim, descobrimos que meus níveis hormonais estavam muito baixos”, revelou Ellidy em entrevista ao programa de rádio Outlook, da BBC.
Realizada desde os anos 1970, a extração póstuma de espermas não é novidade na área da medicina. Apesar de chamar sua filha de “milagre”, Ellidy acompanhou toda a parte científica do processo.
Continua depois da publicidade
Em geral, os médicos recomendam que os espermatozóides sejam retirados do falecido entre 24 e 36 horas depois de sua morte. No caso de Ellidy, eles aproveitaram a última oportunidade, pois não há casos em que o procedimento deu certo após as 36 horas.
A mulher conheceu a técnica por um aviso de sua melhor amiga, que viu um caso semelhante nas redes sociais. Quando soube, “eu olhei para ela, e disse imediatamente: 'Sim, sim, vamos fazer isso'”.
A extração póstuma de esperma envolve diversas questões éticas e legais. Por isso, são necessários diversos documentos assinados pela família e pela parceira do falecido para sua autorização.
Continua depois da publicidade
Ellidy revelou que, depois que fizeram a extração dos espermas, ela parou de pensar no assunto. Consumida pelo luto, ela só pensava em como seria sua vida sem o amado.
“Quando soubemos que o esperma estava na geladeira, não pensamos mais no assunto por muito tempo. Mal conseguíamos superar o fato de que estávamos sentados, e que Chumpy [Alex Pullin] não estava conosco."
Seis meses depois, em 31 de dezembro de 2020, Ellidy fez a primeira tentativa de fecundação in vitro com os espermas de Chumpy. Infelizmente, naquela ocasião, a técnica não foi bem-sucedida e o embrião não se desenvolveu em seu corpo.
Continua depois da publicidade
Apesar disso, a mulher não desistiu e, em fevereiro de 2021, tentou novamente. Dessa vez, a fecundação deu certo e, em outubro do mesmo ano, sua filha, Minnie, nasceu, depois de mais de um ano da morte de seu pai.
Ellidy afirma que a filha é a parte viva que carrega do marido com ela. “Todos nós sabíamos que uma parte dele estava crescendo dentro de mim, trazendo ele, de alguma forma, de volta à vida."
Ela diz que ainda sente falta de Chumpy, mas que o vê em Minnie. “Ela é igual a ele. A primeira coisa que minha mãe e eu notamos logo que ela nasceu foi que eram os olhos dele. Foi um momento tão lindo, emocionante e louco de fechar um ciclo."
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade