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Morador de Campinas só vestiu verde e amarelo nos últimos 23 anos de vida

Entenda a origem do costume e o motivo que levou advogado a manter essa tradição

Adriano Assis

30/12/2024 às 16:09

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Nélson Paviotti, falecido em 2017, era apaixonado pela Seleção Brasileira

Nélson Paviotti, falecido em 2017, era apaixonado pela Seleção Brasileira | Reprodução/Yotube

Em 1994 a Seleção Brasileira caminhava para completar 24 anos sem vencer uma Copa do Mundo. A última ainda era a lendária conquista no México, que fixou de vez a imagem de Pelé como rei do futebol. 

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Durante esse jejum, o Brasil passou pela grande frustração da Tragédia de Sarriá, na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Naquele mundial, a seleção de Zico, Sócrates e cia., comandados por Telê Santana, encantou o mundo, mas caiu para a Itália, de Paolo Rossi.

O momento em 1994, porém, era diferente. A seleção da Copa de 1990, na Itália, foi duramente criticada pelo futebol praticado, em período batizado pela imprensa de Era Dunga. 

A classificação para a Copa daquele ano, nos Estados Unidos, quase não veio. O Brasil só carimbou o passaporte na última rodada, com grande atuação de Romário contra o Uruguai no Maracanã. Os comandados de Parreira chegaram em solo americano sob muita desconfiança.

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Mas foi neste cenário de incertezas que um morador de Campinas decidiu caprichar no visual. Mandou fazer um blazer verde e amarelo, pintou o sapato e o chapéu com as cores da bandeira do Brasil. 

Uma ideia surgiu

E ele foi além. “Resolvi fazer uma promessa para o Brasil ser campeão do mundo”, contou em 2014 o advogado Nélson Paviotti ao projeto Campinas da Copa, lançado pela prefeitura naquele mundial.

A promessa: só vestir as cores da bandeira e só comer alimentos das mesmas cores. O título veio com vitória sobre a Itália nos pênaltis, depois do empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.

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O Brasil conquistava o mundo após 24 anos e o advogado Nélson Paviotti cumpriu sua promessa. Não só cumpriu, como ainda a ampliou. Sua casa, seu Fusca e seu escritório passaram a “vestir” verde e amarelo.

“Isso tudo chama a atenção. Mas chama a atenção do quê? Do patriotismo, do civismo, do amor pelo País e pela Seleção”, declarou na mesma entrevista à época.

Ao longo dos anos, o advogado acumulou 300 peças entre cuecas, gravatas, meias e paletós, tudo nas cores do Brasil, além de 500 bandeiras do País, mas viu a seleção vencer apenas mais um Mundial, o de 2002, na Coreia do Sul e Japão.

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Seu visual e a paixão pela Seleção Brasileira marcaram a cidade de Campinas. E ele levou a promessa até o fim. Nélson Paviotti faleceu no dia 16 de setembro de 2017, aos 66 anos, deixando esposa e dois filhos.

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