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Pedras do Parque Arqueológico do Solstício estão perfeitamente alinhadas. | Imagem: Wikimedia Commons/Governo do Amapá
No alto de uma colina no litoral norte do Amapá, 127 rochas pesadas estão dispostas em formato de círculo, há milhares de anos. O formato lembra Stonehenge, famoso mistério arqueológico inglês.
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As pedras de granito, com formatos irregulares e incomuns chegam a ter 4 metros de comprimento, e juntas formam um círculo de 30 metros de diâmetro. A sua construção data de mais de 2 mil anos atrás, e intriga arqueólogos e cientistas até os dias de hoje.
Se trata do círculo de Calçoene, no Parque Arqueológico do Solstício. Entenda melhor sobre essa relíquia arqueológica brasileira agora:
O sítio arqueológico, além da disposição incomum das pedras, também abriga vasos e outros artefatos ancestrais. Foi com a datação das cerâmicas encontradas ao redor que os arqueólogos chegaram à conclusão de que o monumento possui cerca de 2 mil anos.
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Uma das pedras do círculo está disposta de um jeito especial, que faz com que durante o solstício de inverno do hemisfério norte, 21 de dezembro, nenhuma sombra seja projetada (o sítio histórico fica acima da linha do Equador). Outra marca o solstício de verão.
Por causa dessa característica incomum, e por estar no topo de uma colina, os arqueólogos acreditam que esse círculo de rochas foi projetado para ser um observatório de povos indígenas do passado.
Com o observatório marcando com a sombra o dia exato dos solstícios, cientistas acreditam que esse povo indígena possuía conhecimento aprofundado sobre astronomia, e uma organização social sofisticada, com rituais próprios relacionados às estações do ano.
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Com o crescente interesse na cultura e história nacional, o Parque Arqueológico do Solstício desperta cada vez mais a curiosidade dos turistas. O problema é que o local é remoto, e ainda não está preparado para receber muitos turistas.
As escavações arqueológicas só começaram em 2006, e os arqueólogos ainda estão trabalhando para adaptar o local num ponto de turismo arqueológico, como é o Parque Nacional da Serra da Capivara.
Outro aspecto positivo, mas que dificulta o turismo no Parque, é que ele está localizado numa zona de conservação ambiental. A cidade de Calçoene, que abriga o sítio, é conhecida por ser a mais chuvosa do Brasil, e só existem estradas de terra (ou barro) até as pedras.
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