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Entenda o tratamento de Maguila com canabidiol | Divulgação
O ex-boxeador José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, que morreu nesta quinta-feira (24/10), enfrentava uma batalha fora dos ringues. Aos 66 anos, ele lidava com a Encefalopatia Traumática Crônica, uma doença degenerativa causada por anos de impacto no crânio. Para controlar os sintomas dessa condição, Maguila adotou o tratamento com canabidiol (CBD), uma substância derivada da cannabis que tem sido considerada promissora em diversos casos clínicos.
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Maguila era uma figura lendária do boxe brasileiro, conhecido por suas vitórias e carisma. No entanto, após quase duas décadas de lutas, a doença começou a se manifestar.
Sintomas como agressividade, apatia e dificuldades motoras se tornaram cada vez mais evidentes. Para ele, que sempre foi marcado pelo sorriso fácil e espírito guerreiro, lidar com essa condição não foi fácil.
Nos últimos anos, o tratamento convencional ofereceu resultados limitados. Os sintomas persistiam, e Maguila se mostrava cada vez mais abatido e lento.
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Foi então que o neurologista Renato Anghinah, especialista em concussões cerebrais, recomendou o uso de canabidiol como parte do tratamento, buscando melhorar a qualidade de vida do ex-lutador.
O canabidiol foi utilizado para tratar uma variedade de condições, incluindo epilepsia, distúrbios comportamentais e dor crônica. No caso de Maguila, o objetivo era controlar a agressividade e melhorar o estado de alerta, além de proporcionar uma sensação de bem-estar.
Desde que começou a consumir pequenas doses diárias de óleo de CBD, Maguila apresentou sinais de melhora. Segundo Irani Pinheiro, esposa do ex-lutador, ele estava mais disposto e atento, interagindo melhor com o ambiente ao seu redor.
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“Ele tinha um olhar distante. Com essa medicação, percebi que ele está mais presente, mais atento ao que acontece ao seu redor”, relatou Irani ao Uol, em 2021.
O canabidiol é um fitoterápico que age no sistema endocanabinoide, regulando funções como o humor, sono e comportamento. Isso torna a substância eficaz para tratar sintomas como agressividade, agitação e ansiedade, comuns em doenças cerebrais degenerativas como a Encefalopatia Traumática Crônica.
Embora não seja uma cura, o CBD ajuda a controlar sintomas de forma mais natural, com menos efeitos colaterais em comparação aos medicamentos tradicionais.
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Para Maguila, essa abordagem foi uma alternativa para manter sua qualidade de vida e recuperar parte do ânimo e da vitalidade perdidos ao longo dos anos.
Apesar dos resultados positivos relatados por Maguila e outros pacientes, especialistas alertam para a necessidade de mais pesquisas.
A neurologista Sônia Dozzi Brucki, do Hospital das Clínicas da USP, destaca que, embora o canabidiol seja uma opção promissora, ainda faltam estudos clínicos de grande escala para confirmar sua eficácia em diversas condições.
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"É importante realizar estudos com placebo e um número maior de pacientes para entender melhor os efeitos do canabidiol a longo prazo", explicou Sônia ao Uol.
No entanto, os resultados obtidos por Maguila mostram que o canabidiol pode oferecer um alívio significativo para quem lida com doenças degenerativas, especialmente quando outros tratamentos já não apresentam resultados satisfatórios.
Maguila vivia em um centro terapêutico em Itu, no interior de São Paulo, onde seguia uma rotina de atividades físicas e psicológicas. Ele assistia a vídeos de suas lutas antigas, fazia fisioterapia e interagia com seus cuidadores.
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Maguila deixa um legado de superação, dentro e fora dos ringues. O tratamento com canabidiol, ainda que recente, demonstrou potencial para ajudar pacientes como ele a viver de forma mais digna e ativa, mesmo em condições crônicas.
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