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a cannabis medicinal tem demonstrado vários benefícios para a saúde humana. | Pexels
O uso da cannabis, mais conhecido como maconha, tem sido um debate muito forte atualmente da sociedade. A planta possui malefícios para a saúde, mas também benefícios. Esses efeitos no corpo são comprovados por meio de pesquisas científicas.
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O consumo da substância é legal em muitos países, como Canadá, Uruguai, Alemanha, Portugal e diversos estados dos Estados Unidos.
Esses locais adotaram regulamentações específicas para garantir tanto o acesso seguro a pacientes que necessitam do tratamento quanto diretrizes para o uso recreativo responsável.
Já aqui no Brasil, por exemplo, até 40 g ou o cultivo de 6 plantas para uso pessoal é descriminalizado.
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Alguns pacientes optam pelo canabidiol para tratar dores crônicas, epilepsia, esclerose múltipla, ansiedade, depressão, sequelas de AVC e até câncer.
Nesta matéria, vamos falar de todos os pontos da maconha, seja eles fortes ou fracos. Confira a seguir os fatos da cannabis pesquisados pelos especialistas e institutos.
Apesar de haver muita informação a respeito da cannabis disponível para consulta, ainda assim, existem dúvidas sobre os efeitos da substância na saúde humana. As dúvidas são ainda maiores quando o consumo da substância é feito com muita frequência.
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Por isso, pesquisadores de instituições do Canadá e dos Estados Unidos analisaram varreduras de imagens específicas de 1.003 jovens adultos. No estudo, eles concluíram que o uso intenso da maconha pode causar problemas em nossa “memória de trabalho”.
O tamanho do grupo testado torna esse estudo o maior deste tipo concluído até agora. A pesquisa foi publicada no JAMA Network Open.
A memória de trabalho é responsável por reter uma pequena quantidade de informação em um formato “acessível” do nosso cérebro. Segundo os pesquisadores, ela se difere da memória de curto prazo, que guarda informações por um tempo relativamente curto (normalmente até 30 segundos).
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A memória de trabalho facilita o planejamento, a compreensão, o raciocínio e a resolução de problemas – ou seja, tem um papel cognitivo importante para a realização de tarefas.
Para analisar a atividade cerebral, os participantes realizaram sete atividades enquanto em ressonância magnética, para que os cientistas pudessem observar onde e como áreas do cérebro responderiam a estímulos específicos.
“As tarefas examinaram a resposta neural relacionada à emoção, recompensa, função motora, memória de trabalho, linguagem, raciocínio relacional ou lógico e teoria da mente ou processamento de informações sociais”, escrevem os autores no estudo.
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Joshua Gowin, um neurologista que participou do estudo, descobriu que até mesmo outras competências podem ser prejudicadas.
“Embora algumas das outras tarefas indiquem potencial comprometimento cognitivo, apenas a tarefa de memória de trabalho mostrou um impacto estatisticamente significativo”, escreveu em comunicado.
O impacto ocorre especialmente em áreas com alta densidade de receptores CB1, que são alvo do THC (principal substância psicoativa encontrada em plantas de maconha).
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Na prática, usuários frequentes podem ter dificuldades de concentração, de tomada de decisões e no processamento de emoções.
Isso afeta a vida cotidiana e o desempenho em atividades que exigem raciocínio complexo, que são alvo do THC.
Por outro lado, a cannabis medicinal tem demonstrado vários benefícios para a saúde humana.
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No seminário internacional "Cannabis medicinal: um olhar para o futuro", promovido pela Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi) com apoio da Fiocruz, cientistas e médicos destacaram os avanços no uso terapêutico da planta.
O neurocientista, Sidarta Ribeiro, da UFRN, afirmou que "a cannabis é o remédio do século XXI" e pode ser a primeira escolha para diversas doenças.
Estudos apontam que a planta auxilia no tratamento de autismo infantil, carcinoma, distonia, dor crônica, depressão, encefalopatia, epilepsia, esclerose, esquizofrenia, fibromialgia, paralisia cerebral, Parkinson, retardo mental e transtornos de desenvolvimento.
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Pesquisadores também destacaram as propriedades anti-inflamatórias, anticonvulsivantes, analgésicas e antidepressivas da cannabis.
Segundo Ribeiro, "o impacto da cannabis na saúde humana só é comparável ao da penicilina", devido à sua capacidade de combater bactérias e tratar diversas enfermidades.
O THC, principal composto psicoativo, tem sido utilizado para relaxamento muscular, aumento do apetite e tratamento da dor crônica.
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Em países como como Canadá, Estados Unidos, Alemanha e Portugal, muitas pessoas argumentam que a ampliação do acesso à cannabis medicinal é uma questão de saúde pública.
Já no Brasil iniciativas como a autorização da Anvisa para importação de produtos à base de cannabis e a regulamentação da produção nacional são passos que geram discussão.
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