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Litoral de SP esconde ilha considerada 'paraíso de águas cristalinas'; conheça

Há também uma lenda de que os primeiros habitantes do local foram piratas que saqueavam pelas regiões próximas

Leonardo Sandre

11/07/2024 às 14:45  atualizado em 25/08/2024 às 15:03

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Veja detalhes sobre a ilha, como chegar, quais atrações existem e imagens do local

Veja detalhes sobre a ilha, como chegar, quais atrações existem e imagens do local | Rodrigo Nathan

A Ilha do Montão do Trigo (ou Ilha Monte de Trigo), localizada em São Sebastião (próxima também a Bertioga) tem águas cristalinas e uma estética muito bela, e impressiona turistas que a visitam. No entanto, pouco ainda conhecem o lugar, sendo considerado um "paraíso".

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Abaixo, veja mais detalhes sobre a ilha, como chegar, quais atrações existem e imagens do local.

Como é a Ilha Montão do Trigo?

O local está localizado a cerca de 14 quilômetros da costa sul do município de São Sebastião e é repleto de uma beleza natural e tradição.

A ilha é rodeada por águas limpas, cristalinas e conta com uma diversa presença de vida marinha.

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Há uma lenda de que os primeiros habitantes da Ilha do Montão do Trigo foram piratas que saqueavam pelas regiões próximas. Para isso, esses homens teriam construído alguns abrigos em uma ilha inabitada, com 13 quilômetros da costa de distância, a Ilha do Montão de Trigo.

Segundo a história, os moradores atuais da ilha são descendentes desses piratas.

Como chegar na Ilha Montão do Trigo?

A forma mais prática de chegar ao local é por meio de um transporte de barco contratado, feito pelos próprios moradores do litoral, nas praias de Juqueri ou da Barra do Una. O desembarque na ilha é feito na parte das pedras, em um píer de madeira improvisado, já que não possui uma praia.

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Há sinal de internet?

No local é possível ter acesso à internet. O topo da ilha guarda algumas torres retransmissoras de sinais, tornando o Montão de Trigo um dos pontos mais conectados do litoral paulista, apesar de sua localização mais isolada.

Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan
Foto: Rodrigo Nathan

Atrações durante a visita

Algumas opções de lazer estão disponíveis para quem visitar o local.

Trilha

É possível fazer uma trilha com duração aproximada de 50 minutos até o topo da ilha. São quase 300 metros de altura que permitem que os turistas, uma vez no topo, sejam capazes de observar todo o Canal de São Sebastião.

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Mergulho

A água do local é cristalina e muito bem preservada. Vários peixes são visíveis e, no verão, a água é mais quente. Uma opção muito procurada por quem visita o local é o mergulho para aproveitar essa oportunidade. Mergulhadores, até mesmo profissionais, costumam visitar a ilha para isso.

Windsurf

O windsurf é outra atividade realizada no local. A modalidade compõe uma prancha e uma vela, praticada geralmente em águas sem muitas ondas.

Por que o nome "Montão do Trigo"?

A origem do nome “Montão de Trigo” se deve ao formato da ilha, que, vista de cima, faz lembrar uma quantidade da farinha.

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Onde pernoitar?

Algumas pousadas próximas aos locais para pegar os barcos em direção a ilha são opções para os turistas. A Pousada Una e a Pousada Montão do Trigo são as opções mais conhecidas.

É possível morar no local?

Uma curiosidade da ilha Montão do Trigo é de que não é possível simplesmente escolher morar no local.  Desde 2012 os moradores da ilha têm o direito de uso exclusivo de Montão do Trigo. Foi o primeiro caso de concessão de um Termo de Autorização de Uso Sustentável para os moradores de uma ilha.

Apenas os monteiros (como são chamados os habitantes) nativos podem morar lá. Ou seja: só é possível residir no local caso seja nascido por lá ou se case com algum nativo.

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Os habitantes, porém, não podem vender suas casas, apenas usá-las, com a garantia de que ninguém poderá tirá-los de lá.

Como vivem os moradores?

Devido às restrições que impedem pessoas de fora a se tornarem moradores, os nativos acabam se casando entre famílias (primos, tios e sobrinhos) e, segundo relatos locais, a maioria, por conta deste fato, possui o mesmo sobrenome: Oliveira.

Os monteiros vivem quase que apenas da pesca, praticada no local, visto que as águas da ilha são repletas de peixes. Entre as espécies mais fartas estão as garoupas, sororocas, lulas e bicudas — o peixe mais tradicional da ilha.

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As refeições são tipicamente caiçaras, com arroz com peixe e banana. O que sobra, como parte de renda, é levado pelos moradores para ser vendido na Barra do Una, localizado a cerca de meia hora de barco do local.

Refrigeradores não são comuns no local. Os peixes capturados ou são vendidos rapidamente, ou são mantidos vivos em tambores com água. Com isso, a garantia é de um peixe sempre fresco para as refeições.

A energia vem de placar solares, mas não é garantido que todos os aparelhos poderão funcionar o dia inteiro.

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No local, além das casas, há ainda uma igreja, uma escola e um campo de futebol improvisado.

Na escola local, todos os alunos necessitam estudar juntos, independentemente da idade, por haver apenas uma sala de aula. A professora chega na ilha na segunda-feira e reside na escola até sexta.

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