A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 26 Outubro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

Entenda como o La Niña afeta a vida e a saúde dos paulistanos

Em entrevista a Gazeta, o meteorologista Adilson Nazário, explicou quais os impactos da condição climática para quem vive na Capital

Raphael Miras

13/09/2024 às 15:32  atualizado em 25/10/2024 às 12:32

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
O Estado de São Paulo registrou grande aumento no número de focos de calor desde o inicio da semana, o que piorou a qualidade do ar na capital paulista

O Estado de São Paulo registrou grande aumento no número de focos de calor desde o inicio da semana, o que piorou a qualidade do ar na capital paulista | Depositphotos

São Paulo já está sob o efeito do La Niña. A informação é do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, que explicou à Gazeta como o fenômeno climático deve afetar a vida dos paulistanos.

Continua depois da publicidade

De acordo com Adilson Nazário, Técnico em Meteorologia do CGE, o La Niña deve provocar alterações na frequência e na intensidade das chuvas, além de aumentar a sensação térmica registrada na cidade.

O que é o La Niña?

O La Niña é um fenômeno climático periódico, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul.

Segundo o meteorologista, o fenômeno acontece em períodos que variam de 2 a 7 anos e pode durar de 8 a 9 meses. Isso pode impactar o clima global, provocando padrões extremos como chuvas intensas em algumas regiões e secas em outras.

Continua depois da publicidade

Menos chuvas e tempo seco

Não é à toa que a cidade de São Paulo tem enfrentado tempo seco nas últimas semanas. Segundo o meteorologista, esse quadro já é efeito do La Niña. Adilson relatou que os meses de agosto, setembro e outubro, por padrão, já são os menos chuvosos do ano. Com o La Niña, o quadro se agravou ainda mais.

“A gente tem alguns aspectos dessa relação [La Niña e a redução das precipitações]. Tanto é que agosto chegou a marcar só 29,8 milímetros de chuva, o que estava previsto para dois três dias.”

Adilson também relatou que houve poucas frentes frias na Capital. Isso ocorreu devido ao bloqueio atmosférico observado nesses últimos meses.

Continua depois da publicidade

“O único mecanismo de chuva aqui para nossa região é a passagem de frentes frias. E a gente teve muito pouco", acrescentou.

O meteorologista explica que este cenário de tempo seco, intensificado pelo La Niña, deve se manter até o fim do inverno.

Previsões para a primavera 

Segundo o especialista, a primavera costuma "bagunçar" as previsões meteorológicas, pois é uma estação com várias mudanças rápidas. Adilson fez previsões para os próximos três meses e início do fim do ano.

Continua depois da publicidade

Para o fim de setembro, o técnico do CGE prevê a continuidade do tempo seco, com breves alívios trazidos por chuva na terceira semana e melhoria pontual da qualidade do ar.

"Essa frente que vai passar não vai reverter esse quadro [de tempo seco]. E as simulações atmosféricas até o final do mês não preveem um outro sistema tão robusto que possa recuperar essa chuva.

Já no mês de outubro, a previsão do meteorologista é a de que pode chover um pouco mais nas regiões sul e sudeste. Porém, essa chuva também não será o suficiente para melhorar a estiagem.

Continua depois da publicidade

O mesmo quadro deve ser observado em novembro. O volume pluviométrico total ainda deve ficar abaixo da média e a temperatura média vai aumentar devido ao baixo volume de precipitações, prevê o especialista.

La Niña em tempos de aquecimento global

O calor intenso trazido pelo La Niña deve ser impulsionado pelo aumento dos gases de efeito estufa. 

Celeste Saulo, Secretária-Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ressalta que a elevação das temperaturas globais continuará a alcançar novos recordes.

Continua depois da publicidade

A secretária endossou a previsão feita pelo meteorologista do CGE. O La Niña vai impactar significativamente os padrões de chuva e temperatura em diversas regiões do Brasil.

Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), o La Niña pode se estender até 2025.

As implicações práticas do La Niña na cidade de São Paulo

  • O tempo seco afeta a saúde?
  • Conforme adiantado pela Gazeta, a combinação de aridez do ar e temperaturas mais altas pode provocar dores corporais e problemas respiratórios;
  • Haverá aumento das tarifas de fornecimento de água?
    Apesar da redução no volume de chuvas, a Sabesp não prevê, neste momento, baixo volume nos reservatórios que abastecem a cidade. A companhia esclareceu que por hora não há racionamento nos 375 municípios em que opera.
  • Haverá aumento das tarifas de fornecimento de energia elétrica? 
    Gazeta procurou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) questionando sobre a eventuais alterações tarifárias decorrentes da estiagem, porém, a Agência não nos respondeu à reportagem.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados