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O Estado de São Paulo registrou grande aumento no número de focos de calor desde o inicio da semana, o que piorou a qualidade do ar na capital paulista | Depositphotos
São Paulo já está sob o efeito do La Niña. A informação é do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, que explicou à Gazeta como o fenômeno climático deve afetar a vida dos paulistanos.
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De acordo com Adilson Nazário, Técnico em Meteorologia do CGE, o La Niña deve provocar alterações na frequência e na intensidade das chuvas, além de aumentar a sensação térmica registrada na cidade.
O La Niña é um fenômeno climático periódico, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul.
Segundo o meteorologista, o fenômeno acontece em períodos que variam de 2 a 7 anos e pode durar de 8 a 9 meses. Isso pode impactar o clima global, provocando padrões extremos como chuvas intensas em algumas regiões e secas em outras.
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Não é à toa que a cidade de São Paulo tem enfrentado tempo seco nas últimas semanas. Segundo o meteorologista, esse quadro já é efeito do La Niña. Adilson relatou que os meses de agosto, setembro e outubro, por padrão, já são os menos chuvosos do ano. Com o La Niña, o quadro se agravou ainda mais.
“A gente tem alguns aspectos dessa relação [La Niña e a redução das precipitações]. Tanto é que agosto chegou a marcar só 29,8 milímetros de chuva, o que estava previsto para dois três dias.”
Adilson também relatou que houve poucas frentes frias na Capital. Isso ocorreu devido ao bloqueio atmosférico observado nesses últimos meses.
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“O único mecanismo de chuva aqui para nossa região é a passagem de frentes frias. E a gente teve muito pouco", acrescentou.
O meteorologista explica que este cenário de tempo seco, intensificado pelo La Niña, deve se manter até o fim do inverno.
Segundo o especialista, a primavera costuma "bagunçar" as previsões meteorológicas, pois é uma estação com várias mudanças rápidas. Adilson fez previsões para os próximos três meses e início do fim do ano.
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Para o fim de setembro, o técnico do CGE prevê a continuidade do tempo seco, com breves alívios trazidos por chuva na terceira semana e melhoria pontual da qualidade do ar.
"Essa frente que vai passar não vai reverter esse quadro [de tempo seco]. E as simulações atmosféricas até o final do mês não preveem um outro sistema tão robusto que possa recuperar essa chuva.
Já no mês de outubro, a previsão do meteorologista é a de que pode chover um pouco mais nas regiões sul e sudeste. Porém, essa chuva também não será o suficiente para melhorar a estiagem.
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O mesmo quadro deve ser observado em novembro. O volume pluviométrico total ainda deve ficar abaixo da média e a temperatura média vai aumentar devido ao baixo volume de precipitações, prevê o especialista.
O calor intenso trazido pelo La Niña deve ser impulsionado pelo aumento dos gases de efeito estufa.
Celeste Saulo, Secretária-Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ressalta que a elevação das temperaturas globais continuará a alcançar novos recordes.
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A secretária endossou a previsão feita pelo meteorologista do CGE. O La Niña vai impactar significativamente os padrões de chuva e temperatura em diversas regiões do Brasil.
Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), o La Niña pode se estender até 2025.
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