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Amigos constroem vila para viverem juntos na velhice

Grupo de amigos dividem responsabilidades, despesas e momentos de lazer após os 60 anos

Leonardo Sandre

03/01/2025 às 17:13

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No México, um casal decidiu deixar a capital para se mudar para uma comunidade colaborativa entre alguns idosos, chamada de Malinalco (foto ilustrativa)

No México, um casal decidiu deixar a capital para se mudar para uma comunidade colaborativa entre alguns idosos, chamada de Malinalco (foto ilustrativa) | Freepik

Com o envelhecimento, ao ultrapassarem os 60 anos de idade, muitos idosos têm recorrido a novas alternativas para garantir qualidade de vida e independência, além de conseguir espantar o fantasma da solidão.

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No México, um casal decidiu deixar a capital (Cidade do México) para se mudar para uma "república", que se trata de uma comunidade colaborativa entre alguns idosos, chamada de Malinalco.

Entre atividades diárias, descanso e muita união, os moradores se ajudam para uma vida tranquila. Saiba mais abaixo.

A 'República' de Maninalco

O casal chamado Tesha Martínez e Francisco Vigil abandonou a agitação do dia a dia na capital mexicana em busca de tranquilidade em um projeto "diferente".

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No México, um casal decidiu deixar a capital (Cidade do México) para se mudar para uma "república", que se trata de uma comunidade colaborativa entre alguns idosos, chamada de Malinalco - (Reprodução/YouTube/Tourist to Local)
No México, um casal decidiu deixar a capital (Cidade do México) para se mudar para uma "república", que se trata de uma comunidade colaborativa entre alguns idosos, chamada de Malinalco - (Reprodução/YouTube/Tourist to Local)
No local, esqueça das tradicionais casas e vida com o agito do cotidiano. A comunidade é organizada pela própria população, com responsabilidades, despesas e momentos de lazer compartilhados entre os moradores - (Freepik)
No local, esqueça das tradicionais casas e vida com o agito do cotidiano. A comunidade é organizada pela própria população, com responsabilidades, despesas e momentos de lazer compartilhados entre os moradores - (Freepik)
Até então, seis casas já foram erguidas, bancadas totalmente com recursos das aposentadorias e economias dos moradores. O planejamento local ainda prevê mais nove moradias nos próximos anos - (ZhiCheng Zhang/Pexels)
Até então, seis casas já foram erguidas, bancadas totalmente com recursos das aposentadorias e economias dos moradores. O planejamento local ainda prevê mais nove moradias nos próximos anos - (ZhiCheng Zhang/Pexels)

Eles se mudaram para Malinalco, uma espécie de vilarejo, que funciona por meio da colaboração da população, totalmente composta por idosos.

No local, esqueça das tradicionais casas e vida com o agito do cotidiano. A comunidade é organizada pela própria população, com responsabilidades, despesas e momentos de lazer compartilhados entre os moradores.

Martínez, uma professora aposentada de 65 anos, e Vigil, ex-trabalhador da indústria automotiva de 61, se uniram a outros 28 idosos para criar um ambiente onde possam envelhecer com autonomia e apoio mútuo.

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O projeto, que se chama "La Guancha" é o primeiro desse tipo no México. O espaço foi construído em um terreno cercado por florestas e montanhas.

Até então, seis casas já foram erguidas, bancadas totalmente com recursos das aposentadorias e economias dos moradores. O planejamento local ainda prevê mais nove moradias nos próximos anos.

O estilo de moradia se chama cohousing e começou a ganhar popularidade em países como Dinamarca e vem atraindo adeptos no México. A ideia é simples: viver em comunidade, onde todos compartilham as tarefas e se apoiam mutuamente.

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No Brasil, mais precisamente no interior de São Paulo, um grupo de amigos tem o objetivo de criar a primeira "cohousing sênior" do País.

Motivação da mudança para a comunidade

Vigil refletiu sobre o desejo dele e de sua esposa de que seus filhos sigam suas próprias vidas. Segundo ele, caso os filhos sejam educados para serem independentes, os pais também devem encontrar uma maneira de seguir em frente e aproveitar essa fase da vida.

A decisão de viver em uma comunidade colaborativa foi motivada por um planejamento e desejo de envelhecer em melhores condições, algo que, segundo eles, os próprios pais não tiveram.

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No caso de "La Guancha", os moradores plantam árvores frutíferas, como mangueiras e goiabeiras, e utilizam aquecedores solares, reforçando também a importância da sustentabilidade para o projeto.

Tesha Martínez, além de cozinhar para os moradores – ao lado de um cardápio elaborado com ajuda de chefs e nutricionistas –, contribui ensinando inglês para a comunidade e participando de uma oficina de cerâmica.

Ela classificou essa nova etapa como uma oportunidade de viver uma “nova vida”, cheia de atividades e conexões com seus amigos e vizinhos.

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Francisco Vigil também encontrou sua forma de ajudar: ele organiza as compras de alimentos, garantindo que tudo esteja de acordo com o número de moradores e o cardápio da semana.

Além disso, ele é o responsável por definir regras de convivência e cuidar do bar comunitário.

Para ele, o La Guancha não oferece apenas uma solução para quem busca companhia e qualidade de vida na terceira idade, mas também para aqueles que enfrentam limitações financeiras e de saúde.

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Por compartilharem despesas e contarem com o apoio mútuo, esses idosos conseguem ter uma vida mais digna e segura.

Margarita Maass, pesquisadora e uma das idealizadoras do projeto, ressaltou que esse modelo é diferente de uma tradicional casa de repouso porque os próprios moradores decidem todos os aspectos de sua vida em comunidade.

Tudo é decidido em conjunto, desde o tamanho das casas até com quem vão morar, respeitando a individualidade e as preferências de cada um.

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Esse estilo de vida colaborativo tem atraído cada vez mais adeptos no México, um país onde a população idosa está crescendo rapidamente.

Segundo o INEGI (Instituto Nacional de Estatística e Geografia), a parcela de mexicanos com 60 anos ou mais saltou de 12,3% para 14,7% entre 2018 e 2023.

A expectativa de vida aumentou e a taxa de natalidade apresentou uma queda, fazendo muitos buscarem alternativas para garantir um envelhecimento mais digno e, principalmente, mais feliz.

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Para Tesha, Francisco e seus companheiros de "La Guancha", esse modelo de vida representa mais do que uma simples mudança de casa. Eles afirmam que é uma nova forma de encarar o envelhecimento, com autonomia, solidariedade e, acima de tudo, cercados por pessoas que compartilham os mesmos valores e sonhos para o futuro.

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