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Histórias paulistanas: as 7 irmãs que deram origem ao bairro Casa Verde

Irmãs cultivaram solteirice e doaram imóveis que compõem importantes pontos históricos de São Paulo

Lincoln Paiva

03/10/2024 às 13:54  atualizado em 03/10/2024 às 13:55

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O bairro Casa Verde foi formado a partir de fazendas; dentre elas, havia uma de propriedade de 7 irmãs

O bairro Casa Verde foi formado a partir de fazendas; dentre elas, havia uma de propriedade de 7 irmãs | Leonardo Ré Jorge

Sete irmãs paulistanas, descendentes de Amador Bueno e dos Guayanás, estão na origem do bairro da Casa Verde, um dos mais tradicionais da capital paulista. O cantor Adoniran Barbosa homenageou o local em seus versos: "Silêncio, é madrugada. No morro da Casa Verde, a raça dorme em paz", em referência à importância cultural e histórica do bairro.

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O bairro da Casa Verde carrega em seu DNA a influência de uma das famílias mais poderosas de São Paulo, cujas raízes remontam aos primeiros povos que habitaram os campos do Piratininga, onde a cidade foi fundada em 1554. 

A família do General Arouche de Toledo Rendon, o primeiro diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, possuía várias chácaras na cidade. Muitas delas deram origem a bairros tradicionais, como a Casa Verde.

Quem eram as 7 irmãs que deram origem ao bairro Casa Verde 

As irmãs pertencem à família do General Arouche Nascido. Nascido em 1756, o general era filho de Agostinho Arouche de Toledo e Maria Theresa de Araújo Lara, que descendiam de famílias portuguesas, espanholas e indígenas.

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O apelido “Mocinhas da Casa Verde”, que deu nome ao bairro, remonta às sete irmãs do General Arouche, conhecidas por viverem num casarão na atual rua Anchieta, próximo ao Pátio do Colégio. 

As irmãs Anna Thereza, Caetania Antônia, Pulchéria Leocádia, Maria Rosa, Joaquina Luiza, Gertrudes Genebra e Reduzinda de Toledo passaram suas vidas sem se casar, o que teria dado origem ao apelido de "mocinhas". 

Há indícios de que o nome de uma das irmãs, Pulchéria, tenha sido inspirado na Imperatriz Romana Santa Pulchéria, que fez voto de castidade aos 14 anos, possivelmente influenciando as irmãs a seguirem o mesmo caminho.

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Irmãs mantiveram solteirice e doaram posses

As irmãs eram conhecidas não apenas pela vida discreta, mas também por sua filantropia. Elas doaram terrenos para a Santa Casa, para o Jardim Botânico (hoje Jardim da Luz), para o Seminário das Educandas e outras instituições que contribuíram para o desenvolvimento da cidade de São Paulo.

O bairro da Casa Verde, propriamente dito, surgiu em torno de uma chácara de propriedade das irmãs. Localizada entre Santana e a Freguesia do Ó, a chácara tinha uma casa pintada de verde. 

A chegada das irmãs ao local era anunciada pelos moradores com a frase: "Lá vêm as meninas da Casa Verde". Mesmo após a venda da propriedade, o apelido perdurou, consolidando o nome do bairro.

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No início do século XIX, as irmãs, que viviam na chácara, eram figuras icônicas de uma São Paulo ainda colonial. 

O nome "Mocinhas da Casa Verde" permaneceu até a última delas falecer em 1830, perpetuando a história de uma família que ajudou a moldar a capital paulista, tanto física quanto culturalmente.

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