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No total, 500 pessoas foram resgatadas de helicoptero | Reprodução/Youtube
Foi numa quinta-feira, em 24 de fevereiro de 1972, enquanto São Paulo começava a descansar da semana de carnaval, que dois pilotos iniciaram uma jornada heroica no incêndio do edifício Andraus, salvando a vida de centenas de pessoas.
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O local da batalha foi a avenida São João, mesma via onde, momentos antes, desfilou a escola campeã daquele carnaval, a Mocidade Alegre.
Por volta das 16h, o piloto, Arnaldo Negreiros, estava chegando ao Edifício Copan. Ele havia partido da matriz do Banco Bradesco, em Osasco, rumo ao centro de São Paulo.
Próximo ao destino, avistou fumaça preta vindo de um prédio perto dali, na avenida São João.
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Logo ele percebeu que a situação era urgente e reportou a ocorrência de um incêndio de grandes proporções para a torre de controle do Campo de Marte.
Na época, São Paulo tinha cerca 20 helicópteros. No total, 12 se apresentaram para o resgate.
Entre os veículos estava um do governo do Estado, cujo piloto era Olendino Francisco de Souza, conhecido por comandante Souza.
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Souza estava no hangar da Vasp, em Congonhas, quando recebeu o comunicado de que um prédio comercial de 115 metros de altura e 32 andares, próximo da praça da República, estava ardendo em chamas.
No topo do edifício haviam cerca de 50 pessoas apavoradas cujo destino era incerto.
O comandante Souza foi o primeiro a chegar no Andraus. Não demorou para que 500 pessoas chegassem ao topo do edifício pedindo por um milagre. O comandante conseguiu resgatar 307.
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Nas seis primeiras viagens que fez, transportou as vítimas para o Aeroporto do Campo de Marte. Mas depois, para ganhar tempo, decidiu pousar na praça Princesa Isabel. Ideia seguida por outros pilotos.
As 12 aeronaves trabalharam no resgate das vítimas do incêndio do Edifício Andraus durante seis horas.
Por volta das 22h30, quando não havia mais pessoas no heliponto do Andraus, o comandante Souza retornou para o Aeroporto de Congonhas.
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No outro dia, Olendino foi chamado pelo então governador Laudo Natel. Ao chefe do Executivo Estadual, o comandante teria dito que se sentiu na obrigação de ser o primeiro a pousar no teto do edifício por ser funcionário público.
Na decisão pensou que se conseguisse pousar, abriria as portas para as outras aeronaves pousarem também. A atitude corajosa realmente abriu caminho para que outros heróis salvassem centenas de vidas.
De acordo com o Memória Globo, 500 pessoas foram resgatadas de helicóptero naquele dia.
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