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Hidromel probiótico é inovação resultante de pesquisas da USP | Philip Mead/Wikimedia Commons
Pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP desenvolveram uma bebida alcoólica que une sabor, funcionalidade e potencial probiótico. O hidromel inovador combina a fermentação de kefir de água e da levedura Saccharomyces boulardii, trazendo um novo conceito para o mercado de alimentos funcionais.
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De origem milenar, o hidromel vem ganhando novas versões no Brasil.
Desta vez, o diferencial está na aplicação do kefir de água — uma associação de microrganismos que fermentam sacarose — e da levedura S. boulardii, conhecida por benefícios à saúde intestinal.
“Pensamos em unir os dois para potencializar os efeitos probióticos”, explica Handray Fernandes de Souza, doutorando da FZEA e responsável pela pesquisa.
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O pesquisador destaca que, embora o kefir já seja usado em outras bebidas alcoólicas, como a cerveja, esta é a primeira vez que é aplicado em hidroméis.
A inovação, segundo Souza, não foi simples. “Realizamos testes para determinar as condições ideais que garantissem a sobrevivência dos microrganismos mesmo em um ambiente alcoólico”, comenta.
Em Campinas, um bar é especializado em hidromel.
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A bebida é produzida em condições controladas, sem oxigênio, por nove dias, a 25°C. O resultado é um hidromel com 4% de teor alcoólico, o mínimo exigido pela legislação brasileira.
Segundo Souza, o produto mantém suas propriedades funcionais por não passar por pasteurização.
A viabilidade dos microrganismos probióticos foi testada em condições que simulam o trato gastrointestinal, com resultados promissores.
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Além disso, análises revelaram compostos bioativos, como antioxidantes, que ajudam a reduzir o estresse oxidativo nas células.
“Nossa próxima etapa é testar os efeitos metabólicos da bebida em modelos vivos para confirmar ainda mais seus benefícios à microbiota intestinal”, antecipa o pesquisador.
Apesar da inovação, o mercado ainda enfrenta desafios. Não existe uma regulamentação específica para hidroméis probióticos no Brasil.
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No entanto, segundo Eliana Setsuko Kamimura, professora da FZEA e coautora do estudo, o produto pode se basear em normas de probióticos e bebidas fermentadas tradicionais.
“Nosso objetivo é desenvolver alimentos fermentados que promovam saúde e longevidade”, afirma.
A produção em escala industrial exige controle rigoroso da fermentação para garantir a qualidade e a viabilidade dos microrganismos ao longo do tempo.
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Parcerias com o setor privado serão fundamentais para levar a bebida ao mercado.
O hidromel probiótico chega em um momento oportuno, com o mercado de alimentos funcionais em crescimento.
O Brasil, um dos maiores produtores de mel do mundo, tem potencial para se destacar no desenvolvimento dessa bebida.
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“A bebida é uma alternativa saudável para quem aprecia o consumo moderado de álcool e busca benefícios à saúde”, afirma Kamimura.
Dados preliminares mostram boa aceitação do hidromel, abrindo caminho para sua comercialização futura.
Com esta inovação, o hidromel probiótico promete agradar consumidores atentos ao bem-estar e ao sabor, reforçando o papel do Brasil como referência em alimentos funcionais.
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Para mais informações, leia o texto na íntegra, no Jornal da USP.
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