A+

A-

Alternar Contraste

Sexta, 10 Janeiro 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

Conheça a bebida alcoólica com probióticos e antioxidantes, benéficos à saúde

Nova bebida fermentada combina kefir e levedura para aliar sabor, funcionalidade e inovação

Leonardo Sandre

10/01/2025 às 11:11

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Hidromel probiótico é inovação resultante de pesquisas da USP

Hidromel probiótico é inovação resultante de pesquisas da USP | Philip Mead/Wikimedia Commons

Pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP desenvolveram uma bebida alcoólica que une sabor, funcionalidade e potencial probiótico. O hidromel inovador combina a fermentação de kefir de água e da levedura Saccharomyces boulardii, trazendo um novo conceito para o mercado de alimentos funcionais.

Continua depois da publicidade

Hidromel probiótico

De origem milenar, o hidromel vem ganhando novas versões no Brasil.

Desta vez, o diferencial está na aplicação do kefir de água — uma associação de microrganismos que fermentam sacarose — e da levedura S. boulardii, conhecida por benefícios à saúde intestinal.

“Pensamos em unir os dois para potencializar os efeitos probióticos”, explica Handray Fernandes de Souza, doutorando da FZEA e responsável pela pesquisa.

Continua depois da publicidade

O pesquisador destaca que, embora o kefir já seja usado em outras bebidas alcoólicas, como a cerveja, esta é a primeira vez que é aplicado em hidroméis.

A inovação, segundo Souza, não foi simples. “Realizamos testes para determinar as condições ideais que garantissem a sobrevivência dos microrganismos mesmo em um ambiente alcoólico”, comenta.

Em Campinas, um bar é especializado em hidromel.

Continua depois da publicidade

Processo de produção e funcionalidade

A bebida é produzida em condições controladas, sem oxigênio, por nove dias, a 25°C. O resultado é um hidromel com 4% de teor alcoólico, o mínimo exigido pela legislação brasileira.

Segundo Souza, o produto mantém suas propriedades funcionais por não passar por pasteurização.

A viabilidade dos microrganismos probióticos foi testada em condições que simulam o trato gastrointestinal, com resultados promissores.

Continua depois da publicidade

Além disso, análises revelaram compostos bioativos, como antioxidantes, que ajudam a reduzir o estresse oxidativo nas células.

“Nossa próxima etapa é testar os efeitos metabólicos da bebida em modelos vivos para confirmar ainda mais seus benefícios à microbiota intestinal”, antecipa o pesquisador.

Potencial comercial e regulamentação

Apesar da inovação, o mercado ainda enfrenta desafios. Não existe uma regulamentação específica para hidroméis probióticos no Brasil.

Continua depois da publicidade

No entanto, segundo Eliana Setsuko Kamimura, professora da FZEA e coautora do estudo, o produto pode se basear em normas de probióticos e bebidas fermentadas tradicionais.

“Nosso objetivo é desenvolver alimentos fermentados que promovam saúde e longevidade”, afirma.

A produção em escala industrial exige controle rigoroso da fermentação para garantir a qualidade e a viabilidade dos microrganismos ao longo do tempo.

Continua depois da publicidade

Parcerias com o setor privado serão fundamentais para levar a bebida ao mercado.

Um mercado em expansão

O hidromel probiótico chega em um momento oportuno, com o mercado de alimentos funcionais em crescimento.

O Brasil, um dos maiores produtores de mel do mundo, tem potencial para se destacar no desenvolvimento dessa bebida.

Continua depois da publicidade

“A bebida é uma alternativa saudável para quem aprecia o consumo moderado de álcool e busca benefícios à saúde”, afirma Kamimura.

Dados preliminares mostram boa aceitação do hidromel, abrindo caminho para sua comercialização futura.

Com esta inovação, o hidromel probiótico promete agradar consumidores atentos ao bem-estar e ao sabor, reforçando o papel do Brasil como referência em alimentos funcionais.

Continua depois da publicidade

Para mais informações, leia o texto na íntegra, no Jornal da USP.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados