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Conheça o Gunung Padang, a pirâmide mais antiga do mundo descoberta por especialistas em 2023 | Reprodução
A publicação de um estudo em 2023 sobre a pirâmide Gunung Padang fez com que muitos pesquisadores pensassem e discutisse opiniões sobre qual seria a pirâmide mais antiga do mundo.
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Localizado na Indonésia, esse sítio arqueológico reacendeu o debate sobre a história das civilizações antigas.
Segundo a pesquisa divulgada na revista especializada Archaeological Prospection, a estrutura subterrânea da região poderia ser a pirâmide mais antiga do mundo, datando de até 27 mil anos atrás. Confira a seguir mais detalhes sobre o estudo e se de fato esta é a pirâmide mais velha da história.
As pirâmides mais antigas já conhecidas eram atribuídas à civilização egípcia, como a pirâmide escalonada do rei Djoser, erguida há cerca de 4,6 mil anos.
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Outros marcos importantes, como Göbekli Tepe, na Turquia, datam de aproximadamente 11 mil anos.
A teoria defendida pelos pesquisadores indonésios sugere que a complexidade arquitetônica de Gunung Padang poderia indicar uma civilização avançada muito anterior ao que se acreditava.
O estudo aponta que a construção ocorreu em fases distintas. A mais antiga teria sido iniciada entre 27 mil e 16 mil anos atrás, com sucessivas modificações ao longo dos milênios.
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A estrutura, que inclui terraços de pedra, muros de sustentacão e escadarias, teria sido formada sobre um núcleo de lava moldado e coberta por camadas de rocha dispostas de forma organizada.
O sítio arqueológico está localizado no distrito de Cianjur, na província de Java Ocidental, e é considerado patrimônio nacional desde 2014.
O nome "Gunung Padang" significa "montanha da iluminação" na língua local, e o local é historicamente associado a práticas espirituais e rituais religiosos.
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A possibilidade de a estrutura abrigar câmaras subterrâneas também alimenta especulações sobre seu verdadeiro propósito.
Pesquisadores identificaram espaços ocos sob a superfície, que podem indicar a existência de salas ocultas, embora sejam necessárias mais investigações para confirmar essa hipótese.
A afirmação de que Gunung Padang seria uma pirâmide construída por humanos é alvo de críticas.
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O arqueólogo Flint Dibble, da Universidade de Cardiff, argumenta que a estrutura pode ter se formado naturalmente e que faltam evidências concretas de atividade humana em sua construção.
Ele sugere que apenas alguns elementos possam ter sido adicionados, mas que a formação principal seria resultado de processos geológicos naturais.
Por outro lado, Danny Hilman Natawidjaja, geólogo indonésio e líder da pesquisa, defende que o tamanho e a disposição das pedras indicam ação humana.
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Algumas rochas chegam a pesar 300 quilos, o que, segundo ele, inviabiliza a hipótese de que tenham rolado naturalmente até sua posição atual.
Outro ponto polêmico envolve a presença de uma pedra em forma de adaga, que, de acordo com Natawidjaja, apresenta um formato e composição distintos das demais rochas da região, sugerindo intervenção humana.
Dibble, no entanto, contesta essa interpretação, afirmando que não há indícios claros de manipulação pelo homem.
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Diante da controvérsia, foi feita uma reavaliação sobre o assunto e logo a teoria se dissipou um ano depois.
Análises mais rigorosas revelaram que as datações de carbono utilizadas para sustentar a teoria da pirâmide eram falhas, e que as estruturas de Gunung Padang eram, na verdade, formações geológicas naturais moldadas pela atividade vulcânica.
A revista que publicou o artigo original se retratou, e a teoria da pirâmide foi descartada pela comunidade científica.
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