Descubra quais são os gestos de facções que você deve evitar fazer

Pequenos gestos ou escolhas aparentemente inocentes podem trazer graves consequências na Bahia. Itens como camisas de futebol, tatuagens e até cortes de cabelo podem ser associados a facções criminosas e resultar em situações de extremo risco.

Essas simbologias estão ligadas, principalmente, ao Comando Vermelho (CV) e ao Bonde do Maluco (BDM), as maiores organizações criminosas do estado.

Confira como esses sinais são interpretados e como se proteger.

Gestos que representam perigo

Gestos simples, como levantar dois ou três dedos, podem ter interpretações perigosas em algumas regiões da Bahia.

Por exemplo, o gesto de “paz e amor”, com dois dedos erguidos, é associado ao número 2, que simboliza o Comando Vermelho.

Já o gesto de três dedos, comum entre roqueiros, é visto como um sinal do Bonde do Maluco, rival do CV.

Essas associações têm causado conflitos, especialmente em comunidades onde essas facções dominam.

Cortes de cabelo e sobrancelha na mira das facções

Estilos populares de cortes de cabelo com dois ou três riscos, antes vistos como tendência, agora carregam um peso perigoso.

Esses detalhes visuais passaram a ser interpretados como sinais de pertencimento ao CV ou ao BDM. A moda, que antes era uma escolha estética, tornou-se um motivo de alerta para muitos moradores.

Camisas de time e suas associações

Roupas também não escapam das simbologias das facções. Camisas de seleções como Argentina, França, Jamaica e Portugal são usadas por integrantes do Bonde do Maluco. Já o uniforme do Flamengo é associado ao Comando Vermelho.

Até mesmo personagens famosos, como o Mickey Mouse, foram apropriados por facções como A Tropa, ampliando o impacto dessas associações no dia a dia.

Tatuagens que revelam vínculos

Tatuagens com símbolos específicos também são comuns entre membros de facções. A Katiara, por exemplo, utiliza pentagramas, enquanto o CV é representado por escorpiões.

Esses desenhos, além de identificar os integrantes, aumentam o cuidado que a população precisa ter ao escolher tatuagens, especialmente em regiões controladas por essas organizações.

As associações simbólicas têm afetado a vida social nas comunidades da Bahia. Muitas pessoas evitam tirar fotos ou usar roupas que possam ser interpretadas como uma mensagem de afiliação criminosa.

Especialistas em ciências sociais se questionam até que ponto o medo vale alterar o comportamento natual das pessoas.

* Texto com informações do jornal Correio.