Conheça a Garganta do Diabo e entenda o fascínio arriscado do litoral de São Paulo

Cenário de diversos acidentes nos últimos anos, o local conhecido como Garganta do Diabo esconde um mistério curioso em relação a outras áreas do litoral de São Paulo. Isso porque ele atrai surfistas e outros praticantes de esportes aquáticos, mas não deveria ser um destino tão visitado.

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Entenda a seguir quais as teorias que envolvem o possível surgimento do nome Garganta do Diabo e sua associação com a área no mar de São Vicente.

De onde vem o nome Garganta do Diabo

Há duas principais teorias que explicam como a área recebeu este título. A primeira se refere à formação geológica do lugar. 

Em entrevista ao portal g1, os oceanógrafos Henrique Chaves e Renan Ribeiro, explicam que bancos de areia que se movimentam constantemente fazem com que a área se torne perigosa para a passagem de embarcações e outras atividades.

Esses bancos de areia podem explicar o grande número de acidentes ocorridos no local (relembre os mais marcantes abaixo).

Outra explicação se deve ao desenho do mapa do local. Isso porque, ao observarem a cartografia associada à área, algumas pessoas observam a forma de uma cabeça de “um diabo”. 

A parte correspondente à Ilha Porchat equivaleria à garganta do ser diabólico. Essa é a explicação de Sergio Willians, presidente do Instituto Histórico Geográfico de Santos, também em entrevista ao g1.

“Se você pega o mapa da baía de São Vicente, entre a Ilha Porchat e a Ponte Pênsil, o desenho dessa baía no trecho de água lembra a cabeça de um diabo. A parte da Ilha Porchat é onde ficaria a garganta”

Os acidentes mais emblemáticos

Um barco com três pessoas naufragou em janeiro de 2016 no local. Apesar de os três passageiros terem sido resgatados, apenas duas sobreviveram, uma vez que uma delas, um homem, estava muito debilitado.

Em janeiro de 2024, um jovem de 24 de anos que andava como garupa em uma moto aquática, caiu na água, batendo a cabeça nas pedras da região da Garganta do Diabo.

Por fim, o mais recente. Em setembro, uma pequena embarcação naufragou no local com sete pessoas a bordo. Cinco foram resgatadas com vida, mas duas ficaram desaparecidas.