Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Atrair mosquitos é algo que, infelizmente, está ligado de maneira corriqueira ao cotidiano dos seres humanos | Jimmy Chan/Pexels
Atrair mosquitos é algo que, infelizmente, está ligado de maneira corriqueira ao cotidiano dos seres humanos. Porém, algumas pessoas acabam atraindo mais os pernilongos, sofrendo mais com esse problema.
Continua depois da publicidade
Entretanto, o mistério sobre por que alguns de nós atraímos mais a atenção desse tipo de artrópode do que outros está mais perto de ser solucionado.
Seja no calor ou no frio, os mosquitos sempre aparecem, causando incômodo. Algumas pessoas acreditam que a "preferência" se deva ao tipo sanguíneo, enquanto outros não acham tão simples assim.
Um artigo publicado no periódico Cell por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York, nos Estados Unidos, revelou que pessoas com níveis mais altos de compostos chamados ácidos carboxílicos em sua pele são mais propensos a serem "ímãs de mosquito".
Continua depois da publicidade
Segundo o professor Anderson de Sá Nunes, do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, todos os seres humanos produzem ácido carboxílico através do sebo da nossa pele.
O sebo é então comido pelos milhões de microorganismos benéficos que se utilizam da pele para produzir mais ácido carboxílico. Em quantidades maiores, o ácido pode produzir um odor específico que parece atrair mosquitos em busca de sangue humano.
Embora não tenha participado da pesquisa, o especialista explicou que desvendar a atração dos mosquitos pelos humanos é uma investigação de longa data.
Continua depois da publicidade
"Já conhecemos alguns dos elementos que envolvem a atratividade de mosquitos. Por exemplo, nós exalamos gás carbônico durante nossa respiração e isso atrai mosquitos. Outro fator é a nossa temperatura. Os mosquitos, ao longo da evolução, desenvolveram a capacidade de identificar objetos quentes, fontes de sangue", diz Anderson de Sá Nunes.
Além disso, as secreções produzidas pela nossa pele também são alvo de interesse dos animais.
Considerando isso, os cientistas americanos tinham como objetivo descobrir se existia algum componente específico produzido pela nossa pele que poderia ser a chave dessa atração.
Continua depois da publicidade
No artigo, os responsáveis pela condução detalham um experimento em que foi coletado o cheiro natural da pele das pessoas por meio de malhas de nylon nos braços.
Após o registro de um período de uso, os pesquisadores cortaram as malhas em alguns pedaços de cinco centímetros e colocaram dois pedaços de tecido atrás de dois alçapões separados em uma caixa de plástico transparente, em que dezenas de mosquitos voavam.
Após isso, eles abriram as armadilhas e os insetos escolheram voar para a isca – as malhas – atrás da primeira ou da segunda porta.
Continua depois da publicidade
Foi então contabilizado, eles contaram cada vez que um inseto foi atraído para uma amostra específica. Após uma série de análises químicas do material coletado, a atração pelo ácido carboxílico foi evidenciada.
"Para fazer essa identificação, eles utilizaram uma tecnologia de espectrometria de massa de última geração", esclarece o professor ao reforçar a exatidão e complexidade da descoberta.
Por fim, no estudo, os pesquisadores utilizaram a fêmea do Aedes aegypti, o tipo de mosquito responsável pela disseminação de doenças como dengue, chikungunya, febre amarela e zika.
Continua depois da publicidade
A Gazeta explicou como é possível diferenciar um mosquito da dengue de um pernilongo.
Um dos principais pontos da experiência foi da descoberta de que é possível investir na criação de novos produtos que possam mascarar ou alterar certos odores humanos, tornando mais difícil para os mosquitos encontrar sangue humano e potencialmente reduzindo a propagação de doenças.
No cotidiano, além de no sangue humano, esses ácidos são encontrados em ingredientes e produtos comuns, como:
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade