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Natural da Ásia, uma espécie de peixe, conhecida como peixe-leão, está trazendo riscos para o litoral brasileiro | Wikimedia Commons
Natural da Ásia, uma espécie de peixe, conhecida como peixe-leão, está trazendo riscos para o litoral brasileiro.
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Cultivado como um peixe ornamental, ele é invasor e venenoso, e alcançou o Oceano Atlântico a partir do Caribe e, por não haver predadores naturais do Oceano Índico, ele está se expandindo pelo Atlântico.
Fernando de Noronha, um dos principais destinos turísticos do Brasil, já está com dezenas de registros da espécie.
Desde então, diversos estados brasileiros têm notificado a ocorrência de peixes-leão.
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O caso cresceu de importância em Maranhão, em maio de 2022, durante uma expedição voltada para estudos de uma espécie ameaçada de extinção. Foram encontrados mais três exemplares, com meio metro de comprimento. Pela primeira vez, a espécie foi registrada a cerca de 70 metros de profundidade.
No mesmo mês, o Observatório Costeiro e Marinho do Ceará discutiu o crescimento da espécie e repassou medidas preventivas para secretarias municipais do estado.
Pela região, já foram registrados mais de 40 animais, com tamanhos entre 14 e 15 centímetros, todos jovens e encontrados em locais rasos, como armadilhas fixadas no solo para pesca e recifes naturais.
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Mergulhadores treinados pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) capturaram, em Fernando de Noronha, o que pode ser o maior peixe-leão já registrado no mundo, com 49 centímetros.
Em 2024, apenas numa operação submarina mergulhadores capturaram 140 peixes-leão no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha;
A fêmea do animal pode produzir até 30 mil ovos.
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O peixe-leão possui 18 espinhos venenosos. A toxina não é letal, mas pode causar dor intensa, náuseas e inchaço no local. Também pode gerar reações como vermelhidão, febre e até convulsões
Segundo pesquisadores do Observatório Costeiro e Marinho do Ceará, o peixe-leão não representa, até agora, perigo para banhistas. 70% dos acidentes registrados no Caribe estavam relacionados à pesca.
Contudo, com o aumento de espécies encontrados no Brasil, é necessário atenção.
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Outro peixe encontrado no Brasil que assusta os banhistas é o peixe-vampiro, chamado de candiru.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará, a espécie é predadora de outros peixes e invertebrados marinhos. Ela compete com outros peixes nativos carnívoros e pode causar prejuízos ambientais e socioeconômicos.
Ou seja, como não tem uma espécie que a tenha como "alimento principal", se torna ainda mais perigosa.
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A espécie é predatória e pode consumir até 20 peixes em apenas 30 minutos. Além disso, se reproduz rapidamente e consegue colocar até 30 mil ovos de uma vez.
Normalmente esses animais estão concentrados em águas mais profundas, mas há uma tendência de migrarem para regiões rasas.
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