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São Paulo tem feira de rua centenária; conheça desde o surgimento até os dias atuais

Veja o que a Gazeta preparou para entender um pouco mais sobre a história da cidade de São Paulo

Raphael Miras

17/05/2024 às 15:30  atualizado em 18/07/2024 às 23:26

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Como surgiu as primeiras feiras em SP?

Como surgiu as primeiras feiras em SP? | agencia brasil

As feiras livres são parte integrante da vida em muitas sociedades ao redor do mundo, oferecendo uma variedade de produtos frescos e produtos locais diretamente aos consumidores.

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Mas, como esses mercados populares surgiram e como evoluíram ao longo dos séculos? É exatamente que a Gazeta vai explorar nesta matéria;

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Origem das feiras na Capital

As feiras livres começaram a funcionar desde meados do século XVII de forma ilegalizada. Assim, precisava de uma certa oficialização para venda.

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No início do século XVIII, nota-se a distinção entre alguns ramos do comércio: surgiram lojas onde se compravam tecidos e alimetos não perecíveis, e as quitandas, que ofereciam verduras e legumes.

No fim do século XVIII e começo do século XIX, estruturam-se as feiras fora da cidade, nos locais de pouso de tropas, se iniciou uma nova forma de mercado caipira, no Campo da Luz, estabelecida pelo então Governador Melo Castro de Mendonça.

As primeiras feiras

Em 1914, foi criada a Feira Livre por meio do ato do Prefeito Washington Luiz P. de Souza, como um reconhecimento oficial de algo que já existia, tradicionalmente, na cidade de São Paulo.

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A primeira Feira Livre oficial contou com a presença de 26 feirantes e teve lugar no Largo General Osório. A segunda realizou-se no Largo do Arouche, com 116 feirantes, e a terceira foi no Largo Morais de Barros.

Em 1915, elas somavam um total de 7 feiras, sendo duas no Arouche, duas no Largo General Osório e as demais no Largo Morais de Barros, Largo São Paulo e na Rua São Domingos.

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A expansão das feiras na cidade

Em 1948, há uma expansão das Feiras Livres, quando o prefeito Paulo Lauro, por meio de Lei, determina a instalação de, pelo menos, uma feira semanal em cada subdistrito ou bairro da cidade. As Feiras Livres se tornaram grandes fontes de empregos e escoamento da produção de hortifruti e do tradicional comércio de pescados.

As feiras nos dias de hoje

Atualmente a cidade conta com 880 feiras, distribuídas pelas 32 subprefeituras de terça a domingo. São 12.073 feirantes cadastrados na cidade, donos de 16.300 barracas. Dificilmente eles se limitam a comercializar em um só ponto. Trabalham em diferentes feiras, três, quatro, cinco e até seis vezes por semana.

Dos 12.073 feirantes cadastrados na cidade, 7.211 (60%) são homens e 4.862 (40%) são mulheres. No que diz respeito à idade dos feirantes, 7.865 (66%) deles têm de 36 a 65 anos. 

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E, se de um lado tem poucos jovens, até 25 anos trabalhando nas feiras (319, ou 3% do total), há ainda uma grande incidência de idosos feirantes: 1.678 (13%) deles têm entre 66 e 95 anos.

*Texto sob supervisão de Suzana Rodrigues

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