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O La Niña é um fenômeno climático periódico, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os efeitos do fenômeno La Niña, que eram esperados para agosto, estão previstos para serem atrasados e podem se manifestar até novembro. Essa informação foi divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa), que é a principal autoridade no monitoramento deste fenômeno.
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Para entender melhor os impactos do La Niña na capital paulista, a Gazeta entrevistou o técnico em meteorologia do CGE, Adilson Nazário. Segundo ele, o fenômeno deve provocar alterações na frequência e na intensidade das chuvas, além de aumentar a sensação térmica registrada na cidade.
As famosas queimadas nas faunas e florestas de todo o mundo pode estar relacionada ao aumento da sensação térmica.
Inicialmente, a previsão era de que o La Niña começaria em agosto, durante o inverno brasileiro. No entanto, a Noaa indica que o evento será mais fraco e ocorrerá na primavera.
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“A probabilidade de um La Niña intenso é reduzida. As condições indicam um evento fraco, com duração até março de 2025 e menores impactos climáticos”, informou o Noaa.
Com as novas projeções, o efeito do La Niña sobre a safra 2024/25 deve ser leve. Na produção de grãos no Centro-Oeste, como soja e milho, a expectativa é positiva. “A partir de dezembro, as chuvas devem se tornar mais constantes, beneficiando o solo”, afirmou à Exame o meteorologista Willians Bini, consultor de clima.
No Sul do Brasil, região onde o La Niña costuma reduzir as chuvas, a expectativa é que os impactos sejam menores devido à breve duração e baixa intensidade do fenômeno, segundo Bini.
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De acordo com Adilson, a primavera costuma “bagunçar” as previsões meteorológicas, com mudanças rápidas nas condições climáticas. O técnico fez previsões para o clima em novembro.
O volume de chuvas deve ficar abaixo dos padrões, enquanto a temperatura média deve aumentar devido ao volume reduzido de precipitações.
O calor intenso causado pelo La Niña será potencializado pelo aumento dos gases de efeito estufa. Celeste Saulo, Secretária-Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ressalta que as temperaturas globais continuarão a alcançar novos recordes.
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Ela endossou a previsão feita por Adilson, afirmando que o La Niña impactará significativamente os padrões de chuva e temperatura em diversas regiões do Brasil.
Segundo a Noaa, o fenômeno La Niña pode se estender até 2025, trazendo mudanças significativas para o clima em São Paulo e no Brasil na totalidade.
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