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DCNT's: conheça a maior causa de mortes no mundo

Doenças crônicas não transmissíveis já são responsáveis por 41 milhões de mortes anuais e representam uma das maiores ameaças à saúde pública global e no Brasil

Raphael Miras

02/01/2025 às 14:57

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Entre as DCNTs, as doenças cardiovasculares são as mais prevalentes e letais. Segundo as estimativas globais, a doença cardíaca continua sendo a maior causa de morte, responsável por 16% de todos os óbitos. 

Entre as DCNTs, as doenças cardiovasculares são as mais prevalentes e letais. Segundo as estimativas globais, a doença cardíaca continua sendo a maior causa de morte, responsável por 16% de todos os óbitos.  | Freepik

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são, atualmente, as principais responsáveis por mortes em todo o mundo. 

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas doenças, que incluem doenças cardiovasculares, câncer, diabete e doenças respiratórias crônicas, ultrapassaram as doenças infecciosas e agora representam quase 75% de todas as mortes globais. 

Com 41 milhões de óbitos anuais, elas continuam a crescer, colocando em risco a saúde pública e o desenvolvimento global.

Doenças cardíacas: a principal causa de morte

Entre as DCNTs, as doenças cardiovasculares são as mais prevalentes e letais. Segundo as estimativas globais, a doença cardíaca continua sendo a maior causa de morte, responsável por 16% de todos os óbitos. 

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O Brasil segue essa tendência, com as doenças cardiovasculares representando 28% das mortes no País. 

Esses problemas de saúde afetam tanto a população adulta quanto os mais jovens, com fatores de risco como hipertensão, diabete, colesterol elevado, obesidade e tabagismo, sendo decisivos no desenvolvimento dessas doenças.

Essas doenças, frequentemente silenciosas em seus estágios iniciais, podem resultar em condições graves, como infartos e AVCs. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para reduzir o impacto dessas enfermidades. 

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No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral, desde o acompanhamento de fatores de risco até os procedimentos de alta complexidade, com mais de 300 centros especializados.

O papel dos fatores de risco: alimentação, tabagismo e sedentarismo

A OMS alerta que os principais fatores de risco para o desenvolvimento das DCNTs incluem o consumo de alimentos não saudáveis, o uso de tabaco e o sedentarismo. 

No Brasil, cerca de 13% da população adulta consome tabaco, enquanto o índice de obesidade atinge 22%. Além disso, a falta de atividade física é um problema crescente, com 47% dos adultos sedentários. 

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Esses comportamentos, influenciados por questões sociais, econômicas e culturais, têm aumentado a carga de doenças crônicas no país.

O câncer, por exemplo, representa 18% das mortes no Brasil, sendo uma das principais causas de óbito entre os brasileiros. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com a eliminação de fatores de risco, como o tabagismo e a obesidade.

Desafios no combate às DCNTs no Brasil

As DCNTs representam não apenas um desafio de saúde, mas também um impacto econômico significativo, com a OMS estimando perdas de até US$ 30 trilhões até 2030, devido ao aumento das doenças crônicas. 

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O Brasil, com sua carga elevada de DCNTs, enfrenta desafios consideráveis, especialmente no atendimento à população em áreas de baixa renda, onde as condições de saúde e acesso a serviços médicos são ainda mais limitados.

No entanto, a OMS aponta que é possível reverter essa tendência com intervenções econômicas e políticas públicas eficazes. 

A adoção de políticas de prevenção, que envolvam campanhas educativas e o controle de fatores de risco, como o tabagismo e a obesidade, pode evitar milhões de mortes prematuras até 2030. 

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A implementação de programas de saúde pública mais eficazes e o fortalecimento da atenção primária à saúde são essenciais para mudar o panorama atual.

O impacto da pandemia e a urgência da ação

A pandemia de COVID-19, que afetou especialmente pessoas com doenças crônicas, destacou ainda mais a necessidade urgente de prevenir e tratar as DCNTs. 

A OMS lembra que, além das ações governamentais, é preciso um esforço conjunto da sociedade, incluindo a indústria, para reduzir a promoção de produtos prejudiciais à saúde.

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Enquanto o mundo enfrentava a pandemia, as DCNTs continuaram ser a maior ameaça à saúde pública, exigindo uma resposta rápida e coordenada para mitigar seus efeitos. 

Prevenir essas doenças não é apenas uma questão de saúde, mas também de justiça social, pois a mortalidade precoce e a incapacidade provocada por essas doenças afetam desproporcionalmente as populações mais vulneráveis, especialmente em países de baixa e média renda.

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