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Na Páscoa Cristã, a Santa Ceia é conhecida por comer pão e beber vinho lembrando da morte de Jesus Cristo. | Reprodução IA
Mais do que uma simples data no calendário, a Páscoa é uma das celebrações mais importantes para a religião cristã e judaica.
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Apesar de terem origens diferentes, as duas tradições compartilham um mesmo princípio simbólico: a ideia de passagem — seja da escravidão à liberdade, no caso judaico, ou da morte à vida, no cristianismo.
Comemorações distintas, rituais únicos e calendários próprios marcam esse período do ano que convida à reflexão, à renovação da fé e à valorização da liberdade.
A Páscoa para os judeus, o termo Pessach — que originou a palavra "Páscoa" em diversas línguas — remete à travessia do povo hebreu do Egito rumo à liberdade, sob a liderança de Moisés.
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No judaísmo, a festividade recorda um momento crucial narrado no livro bíblico de Êxodo: a libertação dos israelitas da escravidão imposta pelo faraó Ramsés 2º e a longa jornada em direção à Terra Prometida, simbolizada pela travessia do Mar Vermelho.
É um período de reflexão e memória, no qual elementos simbólicos ganham espaço à mesa, como o pão ázimo (feito sem fermento), e as ervas amargas, que remetem à dureza da escravidão. O vinho, por sua vez, representa a doçura da liberdade.
No cristianismo, a Páscoa é considerada a celebração mais importante do calendário religioso, superando até mesmo o Natal. Isso porque, de acordo com o livro de Eclesiastes, capítulo 7, o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento de alguém.
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Ela relembra a crucificação e a ressurreição de Jesus, ocorridas, segundo a tradição, no período da Pessach.
Inclusive, acredita-se que a Última Ceia — registrada nos Evangelhos — tenha sido um jantar do tipo "Seder", rito tradicional que marca o início da Páscoa judaica.
Nesta parte, segundo a doutrina cristã, Jesus sacramentou a Páscoa judaica e implementou a “Santa Ceia”, mostrando os novos significados e outra forma de se comemorar.
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O pão que Jesus partiu para os 12 discípulos, representa o corpo de Cristo. Já o vinho que eles tomaram, simboliza o sangue de Jesus Cristo derramado na cruz, fazendo assim, um novo testamento para os cristãos.
Comemoradas em calendários diferentes, as datas nem sempre coincidem. A Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia posterior ao equinócio da primavera no hemisfério norte (outono, no sul).
Já a festividade judaica tem início na primeira lua cheia do mesmo equinócio, podendo cair em qualquer dia da semana. Em alguns anos, como já aconteceu no passado, as datas acabam coincidindo.
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A definição da data cristã remonta ao Concílio de Niceia, no ano 325, quando a Igreja Católica decidiu desvincular a celebração da Páscoa da tradição judaica.
Mais tarde, com a adoção do calendário gregoriano pelo papa Gregório XIII, em 1582, a Igreja Ortodoxa passou a adotar outra referência, o calendário juliano, o que resultou em diferentes datas para a comemoração entre católicos e ortodoxos.
Enquanto alguns cristãos vivem a Semana Santa com rituais como o lava-pés, a procissão do enterro e a celebração da ressurreição no domingo, os judeus dedicam sete dias em Israel — e oito em outras regiões — à Pessach.
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Cada tradição carrega sua forma de celebrar, mas ambas têm em comum a renovação da fé, a memória coletiva e o desejo de liberdade.
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