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Cerca de 35% dos imóveis é de uso ocasional, ou seja, são utilizadas só de vez em quando | Reprodução/Youtube
Grandes cidades enfrentam déficit de moradia. Precisam lidar com fila em programas habitacionais, de famílias em busca de um lar e gente sem ter onde morar. Mas não é assim em todos os lugares.
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Em quase 20 municípios brasileiros há mais imóveis do que habitantes. Entre eles estão, Mangaratiba (RJ), Matinhos (PR), Vera Cruz (BA) e Arroio do Sol (RS). Em São Paulo há um município que faz parte desta estatística.
Trata-se de Ilha Comprida, no litoral sul, vizinha de Iguape, maior cidade do estado em território. O município fica no Vale do Ribeira, região com incríveis atrativos naturais.
O último Censo do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), realizado em 2022, mostrou a situação do município. Ilha Comprida tinha 13.419 moradores, mas possui 16.151 residências.
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A situação fica mais surpreendente quando levada em consideração os imóveis “permanentemente ocupados”, ou seja, em que as pessoas moram ali durante todo o ano: 5.258. Isso mesmo, apenas 32,5% é a moradia oficial de alguma família.
E o restante? Quando foi realizado o Censo do IBGE, 1,3 mil residências estavam vagas. As restantes, 9.355 são de “uso ocasional”.
Apesar de inusitada, não é uma situação inédita. O que Ilha Comprida tem em comum com os outros 18 municípios brasileiros nesta condição, é que são destinos turísticos. Boa parte destas residências de “uso ocasional” são casas de veraneio e moradores de outras cidades.
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São casas ocupadas aos fins de semana, feriados e, principalmente, nas férias. Algumas são alugadas na alta temporada e servem de renda, no período, para os proprietários. Outras servem de descanso para quem passa a semana no município onde mora.
A prefeitura local arrecada com impostos, como o IPTU, que incide sobre propriedade, e com a movimentação no comércio e empresas de serviços, o que sobe nos períodos de férias. Mas como a movimentação diminui no inverno, há queda de arrecadação neste período.
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