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Como diferentes culturas veem a sexta-feira 13: dia de azar ou superstição?

Descubra as origens e superstições ligados à sexta-feira 13 que correm pelo mundo

Raphael Miras

13/09/2024 às 12:18

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No ano de 2024, esse é o primeiro de 2 deste ano com outro agendado para dezembro

No ano de 2024, esse é o primeiro de 2 deste ano com outro agendado para dezembro | Depositphotos

Todo mundo sabe que a sexta-feira 13 é supostamente um dia de azar. Muitos até lembram dessa data devido ao famoso personagem “Jason”, um assassino monstruoso conhecido por usar uma máscara de hóquei no gelo e um facão como principal arma de ataque.

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Mas o que a maioria se pergunta é: o que a sexta-feira 13 realmente significa? Como todo mundo, sarcasticamente a apelidou de uma sobreposição "azarada"? A Gazeta vai explicar com mais detalhes nessa tradição que segue há tempos.

A origem da sexta-feira 13

Infelizmente, as origens exatas da sexta-feira 13 não podem ser identificadas com 100% de precisão. Mas a tradição parece ter sustentado viagens por muitos mares e eras, e continua a piscar forte hoje. 

De acordo com o site inglês “Hindustan Times”, o primeiro indício da natureza supostamente sinistra do número 13 está na mitologia nórdica, conforme explorado no livro Extraordinary Origins of Everyday Things, de Charles Panati.

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A história conta que Loki, o Deus da travessura, invadiu o majestoso Valhalla de Asgard, durante um banquete. Segundo a mitologia nórdica, esse é um lugar de grande honra e glória para os guerreiros que morrem em batalha. Isso elevou o número de participantes para 13. 

O que se seguiu foi uma série infeliz de eventos em que o Deus cego Hodr acabou atirando em seu irmão Balder, o deus da luz, brilho, alegria, pureza, paz e perdão com uma flecha, matando-o instantaneamente.

13 pode ser "azar", mas e as sextas-feiras?

A última ceia, de Giacomo Raffaelli (1753-1836)A Última Ceia, de Giacomo Raffaelli (1753-1836). Foto: Depositphotos

As sextas-feiras, historicamente, não são vistas como os dias mais sortudos da semana. No contexto da tradição cristã, a crença no azar de sexta-feira 13 ganha força com base em eventos religiosos.

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A Última Ceia de Jesus, realizada em uma quinta-feira, reuniu 13 pessoas: os 12 discípulos e Jesus. Entre eles, estava Judas Iscariotes, o traidor. No dia seguinte, uma sexta-feira, Jesus foi crucificado.

Além disso, o número 13 é considerado imperfeito no Cristianismo, contrastando com o número 12, que aparece frequentemente na Bíblia, como nas 12 tribos de Israel e nos 12 discípulos de Jesus.

Essa ideia de imperfeição, unida à associação com o número 666, conhecida como o número da besta no Apocalipse, reforça o simbolismo negativo em torno da sexta-feira 13.

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Há ainda uma teoria que afirma que Adão e Eva teria comido o fruto proibido em uma sexta-feira e que Caim teria matado Abel no mesmo dia.

A má confiança da sexta-feira 13 também se consolidou na literatura. Em 1907, o livro Friday, the Thirteenth, "Sexta-feira 13".

Essa combinação de crenças religiosas, mitos literários e o impacto da cultura pop ajudou a criar a aura de mais sorte que envolve a sexta-feira 13

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Outros exemplos e novas percepções

Se há uma coisa que os relatos paralelos de recontagens míticas do mundo todo deixaram claro, é que sempre há dois (ou mais) lados de uma moeda.

Na cultura pagã, por exemplo, as sextas-feiras têm sido associadas ao cultivo de energias femininas. 

Na verdade, muitos acreditam que o sexto dia da semana, é, na verdade, uma referência à Deusa Frigg (ou Frigga) cujo domínio é o amor, o casamento e a maternidade.

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Uma associação similar e reverenciada também é traçada à Deusa Freyja, cujos domínios também é amor, fertilidade e guerra.

Essa reverência em si pinta as sextas-feiras em uma luz muito mais otimista, miticamente falando.

A potência do número 13 também se viu refletida na arte, como, por exemplo, na escultura Vênus de Laussel, em exposição no Musée d'Aquitaine em Bordeaux, França.

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O relevo escultural de calcário de 18,11 polegadas (aprox. 46 cm) de altura de uma mulher ainda é considerado um símbolo potente de fertilidade. 

Nela, a mulher pode ser vista embalando sua barriga grávida enquanto levanta um chifre com exatamente 13 linhas esculpidas nele.

Taylor Swift e o número 13

Já avançando no tempo contemporâneo, onde Taylor Swift é apaixonada no número 13. Na verdade, a ícone pop até abordou o mesmo durante uma entrevista de 2009 com Jay Leno para o programa The Tonight Show, na NBC. 

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"Eu nasci no dia 13. Fiz 13 anos na sexta-feira 13. Meu primeiro álbum foi ouro em 13 semanas. Minha primeira música nº 1 teve uma introdução de 13 segundos. Toda vez que ganhei um prêmio, sentei-me no 13º assento, na 13ª fileira, na 13ª seção ou na fileira M, que é a 13ª letra. Basicamente, sempre que um 13 aparece na minha vida, é uma coisa boa".

Por isso, enquanto muitos podem rir das ansiedades associadas à sexta-feira 13, esse dia pode ser realmente desafiador para alguns.

Apenas imagine em uma pessoa que tem paraskevidekatriafobia, que é literalmente um medo mórbido da data, sexta-feira 13.

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Independentemente de como você se sinta em relação à data, a Gazeta espera que ela lhe trate bem!

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