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Corpo de papa já 'explodiu' após técnica de preservação dar errado

Técnica desastrosa com óleos e celofane causou decomposição acelerada do corpo de Pio XII em 1958; entenda o caso

Leonardo Siqueira

25/04/2025 às 15:19  atualizado em 25/04/2025 às 15:37

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Método "revolucionário" de médico do Vaticano levou a cena grotesca durante velório papal; saiba o que deu errado (na foto, uma cena do filme Conclave)

Método "revolucionário" de médico do Vaticano levou a cena grotesca durante velório papal; saiba o que deu errado (na foto, uma cena do filme Conclave) | Reprodução

A morte do papa Francisco reacendeu debates sobre os complexos rituais fúnebres do Vaticano, que exigem preservação corporal por dias. Mas em 1958, uma técnica mal-sucedida transformou o velório de Pio XII num pesadelo, com decomposição acelerada e até "explosão" do cadáver.

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O médico Riccardo Galeazzi-Lisi usou método com óleos, ervas e celofane que falhou dramaticamente, expondo fiéis a cenas chocantes durante os ritos funerários.

O episódio revela os riscos por trás da tradição que mantém corpos papais expostos por quase uma semana. Com técnicas modernas, erros como esse são raros, mas a história permanece como alerta.

O médico polêmico e seu método controverso

Riccardo Galeazzi-Lisi, oftalmologista sem experiência em tanatopraxia, convenceu Pio XII a testar sua técnica de "osmose aromática". O processo misturava resinas, óleos, ervas, e envolvia o corpo em celofane.

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"Uma das vantagens era que o corpo não precisava ser desnudado", defendia o médico. Porém, o calor do outono italiano em Castel Gandolfo acelerou a decomposição, criando gases que deformaram o cadáver.

O desastre que chocou o Vaticano

Na primeira noite, testemunhas relataram cenas grotescas. "Decomposição ao vivo diante dos olhos horrorizados", descreve o pesquisador Antonio Margheriti. Guardas nobres desmaiaram com o odor.

Durante o transporte, o corpo inchou tanto que o caixão "explodiu" com estrondo. "Literalmente se despedaçou", segundo registros. O cheiro obrigou paradas emergenciais no trajeto até Roma.

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Operação de emergência para salvar o velório

Chegando ao Vaticano, especialistas encontraram um cenário devastador: rosto enegrecido, dentes expostos em "risada macabra". Uma máscara de cera foi criada às pressas para cobrir os danos.

Mesmo após novo embalsamamento, o inchaço permaneceu visível durante nove dias de ritos. A cena contrastava com a imagem do amado "papa Pacelli", popular por sua atuação durante a Segunda Guerra.

O legado do pior embalsamamento papal

Galeazzi-Lisi foi expulso do Vaticano, não pelo desastre, mas por vazar fotos do papa moribundo. Seu método foi banido para sempre dos rituais papais.

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O caso serviu de lição: em 1963, João XXIII teve embalsamamento impecável com formaldeído. "Corpo perfeitamente preservado", atestaram especialistas, marcando novo padrão para funerais papais.

Por que essa história ainda importa?

O episódio revela desafios únicos na preservação de figuras públicas. Com corpos expostos por dias, o Vaticano aprimorou técnicas para evitar repetir o fiasco de 1958.

Hoje, tanatopraxistas usam métodos científicos, mas a pressão permanece. Como mostra a morte de Francisco, o mundo ainda espera ver papas bem conservados em seus últimos adeuses.

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