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O chapim-de-cabeça-negra anuncia a chega da de predadores | Wikimediacommons
A comunicação entre aves é mais complexa do que se imaginava. Pesquisadores descobriram que algumas espécies de pássaros não apenas escutam os sinais de alerta de outras, mas também verificam a veracidade das informações antes de repassá-las.
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Um estudo publicado na revista Nature Communications mostrou que a trepadeira-azul-do-canadá escuta os avisos do chapim-de-cabeça-negra sobre predadores.
No entanto, ao contrário do que se esperava, ela só retransmite informações específicas sobre ameaças após confirmar a presença do predador.
Os chapins emitem cerca de 50 sons diferentes, indicando situações como presença de comida ou perigo iminente. Quando percebem um predador, soltam uma vocalização específica, que pode ser interpretada por outras aves.
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A trepadeira-azul, por sua vez, não repete automaticamente os alertas do chapim.
Em vez disso, emite um sinal de alerta mais genérico, sugerindo que está em estado de atenção, mas sem confirmar a ameaça. Isso indica um comportamento cauteloso e uma seleção natural para evitar falsos alarmes.
Outro achado importante do estudo é que a intensidade dos sons emitidos pelas aves varia conforme o perigo.
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O chapim, por exemplo, aumenta a quantidade de "dees" no seu chamado dependendo da gravidade da ameaça. Quanto maior o risco, mais "dees" são adicionados ao canto.
Essa diferença permite que outros animais ao redor ajustem sua resposta ao perigo. Pequenos mamíferos e outros pássaros também utilizam esses sinais para se proteger de predadores comuns.
O estudo reforça a importância das redes de comunicação entre os animais na natureza.
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Essas interações ajudam a entender melhor como diferentes espécies trabalham juntas para evitar ameaças e garantir sua sobrevivência.
Além disso, a observação das vocalizações pode servir como um método não invasivo para medir a saúde do ecossistema.
A presença de certos chamados de alerta pode indicar a quantidade de predadores em determinada região.
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