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Saiba qual foi o primeiro arranha-céu de São Paulo

O Edifício Sampaio Moreira transformou a paisagem da cidade e marcou o início da verticalização urbana

Raphael Miras

19/12/2024 às 15:35

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Sua construção abriu caminho para novos conceitos inovadores e urbanísticos, deixando um legado que continua a inspirar a Capital.

Sua construção abriu caminho para novos conceitos inovadores e urbanísticos, deixando um legado que continua a inspirar a Capital. | Eduardo Ogata/SECOM

O Edifício Sampaio Moreira, construído em 1924, é um marco na história de São Paulo. Considerado o primeiro arranha-céu da cidade, o edifício revolucionou a paisagem urbana, até então dominado por construções horizontais. 

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Projetado pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves e pelo engenheiro Samuel das Neves, o prédio alcançou 12 andares e 50 metros de altura, números impressionantes para a década de 1920.

Por cinco anos, o Sampaio Moreira foi o edifício mais alto da cidade, até ser superado pelo Edifício Martinelli em 1929. Apesar disso, sua importância histórica e arquitetônica permanece como referência da verticalização que moldou a metrópole moderna.

Inspiração norte-americana e estilo eclético

A arquitetura do edifício é fruto de influências norte-americanas. Christiano Stockler das Neves, que estudou na Pensilvânia, trouxe ao Brasil conceitos de plantas semelhantes às usadas nos prédios comerciais de Chicago na época. 

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A planta do Sampaio Moreira é composta por 180 salas comerciais com banheiros coletivos, uma solução prática, mas incomum para os padrões atuais.

Construído pelo empresário português José Sampaio Moreira como edifício comercial, o prédio abrigou desde sua inauguração a tradicional Mercearia Godinho, fundada em 1890. Foto: Reprodução/Cartão Postal
Construído pelo empresário português José Sampaio Moreira como edifício comercial, o prédio abrigou desde sua inauguração a tradicional Mercearia Godinho, fundada em 1890. Foto: Reprodução/Cartão Postal
Tombado pelo Conpresp, o edifício passou por uma reforma estrutural em 1990. Foto: Reprodução/Jornal A Gazeta
Tombado pelo Conpresp, o edifício passou por uma reforma estrutural em 1990. Foto: Reprodução/Jornal A Gazeta
As obras de restauro, concluídas em 2018, adaptaram o prédio às normas de acessibilidade e segurança, sem comprometerem suas características originais. Foto: Eduardo Ogata/SECOM
As obras de restauro, concluídas em 2018, adaptaram o prédio às normas de acessibilidade e segurança, sem comprometerem suas características originais. Foto: Eduardo Ogata/SECOM

No estilo eclético, o prédio combina ornamentos e detalhes de diferentes épocas, característica que exige habilidade para evitar um resultado desarmônico. 

O Sampaio Moreira, no entanto, demonstra a maestria do arquiteto ao unir esses elementos com moda, tornando-se um exemplo significativo dessa linguagem arquitetônica em São Paulo.

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Do passado ao presente

Construído pelo empresário português José Sampaio Moreira como edifício comercial, o prédio abrigou desde sua inauguração a tradicional Mercearia Godinho, fundada em 1890. 

Tombado pelo Conpresp, o edifício passou por uma reforma estrutural em 1990, preservando elementos como escadas de mármore de Carrara, esquadrias de pinho-de-riga e elevadores suecos com adornos dourados e pórticos de mármore.

Em 2010, o Sampaio Moreira foi desapropriado para se tornar sede da Secretaria Municipal de Cultura. 

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As obras de restauro, concluídas em 2018, adaptaram o prédio às normas de acessibilidade e segurança, sem comprometerem suas características originais. Hoje, ele é um símbolo preservado da história arquitetônica paulistana.

Um legado que inspira

Mais do que um marco da verticalização de São Paulo, o Sampaio Moreira é uma representação do espírito pioneiro que moldou a cidade. 

Sua construção abriu caminho para novos conceitos inovadores e urbanísticos, deixando um legado que continua a inspirar a Capital.

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