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Conheça o peixe-vampiro que invade o corpo dos banhistas em rios brasileiros

Difícil de enxergar a olho nu, o ser aquático aterroriza quem vive no rio ou precisa se locomover pelas águas

Leonardo Sandre

12/02/2025 às 18:45

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Conhecido como 'peixe-vampiro', o candiru é um animal típico do Amazonas, que têm assustado muitos brasileiros

Conhecido como 'peixe-vampiro', o candiru é um animal típico do Amazonas, que têm assustado muitos brasileiros | Reprodução/Instagram

Conhecido como "peixe-vampiro", o candiru é um animal típico do Amazonas, que tem assustado muitos brasileiros. Ele possui a capacidade de penetrar orifícios humanos como pênis, vagina, ânus, nariz, ouvidos e boca.

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Difícil de enxergar a olho nu, o ser aquático aterroriza quem vive no rio ou precisa se locomover pelas águas. Essas pessoas podem ser atacadas pelo animal sem perceberem sua presença.

A Prefeitura de Belém o descreve com "forma de enguia", com o corpo muito liso e comprimento que varia de 2,5 a 18 cm, com 6 mm de largura. Ele possui olhos pequenos e coloração azulada, de aspecto luminoso. Os ossos são afiados e há espinhos em torno de sua cabeça - (Reprodução/Brasil Amazônia)
A Prefeitura de Belém o descreve com "forma de enguia", com o corpo muito liso e comprimento que varia de 2,5 a 18 cm, com 6 mm de largura. Ele possui olhos pequenos e coloração azulada, de aspecto luminoso. Os ossos são afiados e há espinhos em torno de sua cabeça - (Reprodução/Brasil Amazônia)
A espécie se atrai por odores como urina e sangue e penetra os orifícios das vítimas, se alojando no interior do corpo delas, onde utiliza seus espinhos para se fixar - (Reprodução)
A espécie se atrai por odores como urina e sangue e penetra os orifícios das vítimas, se alojando no interior do corpo delas, onde utiliza seus espinhos para se fixar - (Reprodução)
Ao conseguir se fixar, o peixe abre a parte de trás do corpo, de maneira semelhante a de um guarda-chuva, o que bloqueia o canal e dificulta a sua saída - (Divulgação/Prefeitura de Belém)
Ao conseguir se fixar, o peixe abre a parte de trás do corpo, de maneira semelhante a de um guarda-chuva, o que bloqueia o canal e dificulta a sua saída - (Divulgação/Prefeitura de Belém)

Saiba mais sobre a espécie abaixo.

Recentemente, outro peixe chamou a atenção na Espanha por suas peculiaridades: o peixe-diabo.

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Características do Candiru

Tomar um banho de rio ou de cachoeira é uma atividade revigorante, principalmente para quem ama se refrescar com as águas e estar próximo à natureza.

Contudo, a presença do pequeno peixe pode tornar essa experiência algo aterrorizante.

O "peixinho" varia entre três e 12 centímetros e é considerado um dos 'vilões' das águas. Ele habita as bacias Amazônica, Prata, São Francisco e a do Leste e vive em águas turvas e lamacentas, o que dificulta ainda mais que seja visto.

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A Prefeitura de Belém o descreve com "forma de enguia", com o corpo muito liso e com 6 mm de largura. Ele possui olhos pequenos e coloração azulada, de aspecto luminoso. Os ossos são afiados e há espinhos em torno de sua cabeça.

Quando o assunto é "candiru", há duas famílias conhecidas: os candirus verdadeiros (tricomicterídoes) e candirus-açu (cetopsídeos).

De acordo com Jansen Zuanon, pesquisador aposentado do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e professor do programa de Pós-graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do INPA, algumas diferenças notáveis podem explicar a distinção entre elas.

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"Os candirus verdadeiros pertencem à família Trichomycteridae (em português, podemos chamar de tricomicterídeos). Essa família abriga algumas espécies de candirus que se alimentam de sangue e muco de suas vítimas. Já os candirus que consomem carcaças de outros animais pertencem à família Cetopsidae (em português, cetopsídeos) e são chamados de candiru-açu”, explicou o professor para o portal Amazônia.

Ou seja:

  • Candiru-açu: necrófago. Se alimenta de carcaças de outros peixes e até de corpos de seres humanos.
  • Candiru: hematófago. Se alimenta de sangue e pode entrar em outros peixes e em seres humanos.

A professora e doutora em ictiologia Lúcia Py-Daniel disse ao portal g1 como agem os candirus:

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"O candiru está espalhado por toda a Amazônia. Eles são peixes hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue. Eles procuram outras espécies com guelra aberta, e ali ficam, e também podem entrar em um ser humano, seja pela uretra, ou mesmo pelo nariz, pelo olho...", explicou.

Segundo ela, o sangue é a principal busca do animal.

"Ele chupa o sangue da vítima e depois 'cai' prostrado no rio. Então, ele precisa de sangue. Se tem sangue, ele vai lá. Qualquer vestígio, mínimo que seja, chama a atenção dele. Ele chupa o sangue até esgotar", complementou.

Casos de penetração no corpo humano

A estimativa feita por especialistas, em Rondônia, é de que são registrados ao menos 10 casos de penetração do Candiru em seres humanos por ano.

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A espécie se atrai por odores como urina e sangue e penetra os orifícios das vítimas, se alojando no interior do corpo delas, onde utiliza seus espinhos para se fixar.

Ao conseguir se fixar, o peixe abre a parte de trás do corpo, de maneira semelhante a de um guarda-chuva, o que bloqueia o canal e dificulta a sua saída.

Ele pode provocar hemorragias e infecções, e, em grande parte dos casos, só pode ser retirado por meio de cirurgia.

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Como se prevenir

Segundo a Prefeitura de Belém, algumas maneiras de se prevenir dos ataques do Candiru são:

  • Evite nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais;
  • Se informe sobre a região antes de nadar em locais desconhecidos;
  • Evite entrar na água com machucados que possam sangrar - no caso de mulheres que menstruam, evitar entrar no período menstrual;
  • Não urine na água, já que o peixe é atraído pela ureia;

A Prefeitura também alerta que, caso a pessoa identifique um ataque no momento, que não puxe o peixe em sentido contrário "porque os seus dentes podem rasgar a uretra". A solução é procurar um médico.

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