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Com sua combinação de simplicidade mecânica, design icônico e história rica, o Fusca transcendeu sua função original de transporte para se tornar um símbolo cultural. | Volkswagen/Divulgação
Longe de ser apenas um carro, o Volkswagen Fusca é um verdadeiro símbolo da cultura automotiva brasileira.
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Com mais de 3,3 milhões de unidades no Brasil, o carro ficou famoso no Brasil por ser o mais vendido por 24 anos.
Desde sua chegada ao País em 1950 até sua despedida definitiva em 1996, o modelo consolidou-se como um dos veículos mais emblemáticos da história.
Nesta matéria, a Gazeta te mostra as origens, curiosidades e impacto do Fusca no Brasil. Um carro que, mesmo fora de linha, continua presente no imaginário popular, principalmente em muitas garagens de colecionadores. Confira.
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O Fusca começou a ser vendido no Brasil em 1950, inicialmente importado da Alemanha em kits desmontados (sistema CKD). A montagem era realizada pela Brasmotor, já que a Volkswagen ainda não tinha fábrica no País.
Os primeiros modelos, conhecidos pelo característico vidro traseiro dividido em dois, rapidamente conquistaram os brasileiros. Em 1953, a Volkswagen assumiu a montagem local, já trazendo o modelo com vidro traseiro oval.
Foi apenas em 3 de janeiro de 1959 que a produção nacional do Fusca teve início, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
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A indústria enfrentou desafios, como a dificuldade de atingir o índice de nacionalização de 54%, mas o carro já havia se tornado um sucesso.
Entre 1959 e 1986, mais de 3,1 milhões de unidades foram produzidas na fábrica da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).
Embora oficialmente chamado Volkswagen Sedan, o nome "Fusca" ganhou força no Brasil devido à pronúncia abrasileirada da sigla VW.
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Os "fauvê" em alemão eram interpretados como "fulque" ou "fulca", que acabou evoluindo para o carinhoso "Fusca".
Curiosamente, nos anos 1980, a Volkswagen incorporou oficialmente o apelido ao modelo no mercado brasileiro.
Ao longo das décadas, o Fusca passou por inúmeras transformações. Em 1965, foi lançada a versão com teto-solar, apelidada de "Cornowagen".
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Em 1967, o modelo recebeu motor de 1.300 cc, vidros traseiros maiores e atualizações no sistema elétrico, que passou de 6 para 12 volts.
Na década de 1970, surgiram os motores 1500 e 1600, além de freios a disco nas rodas dianteiras, marcando a modernização do carro.
Apesar das melhorias, a produção foi encerrada em 1986 devido à concorrência com modelos mais modernos.
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No entanto, em 1993, o então presidente Itamar Franco pediu o retorno do Fusca como parte de um programa de incentivos para carros populares.
Assim nasceu o "Fusca Itamar", que, embora tenha vendido bem, deixou de ser produzido novamente em 1996 com o lançamento da série especial "Série Ouro".
Conhecido globalmente como Beetle, o Fusca foi adaptado a diferentes culturas e ganhou nomes como Vocho no México, Maggiolino na Itália e Escarabajo em países de língua espanhola.
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Mesmo fora de linha, o modelo inspirou sucessores como o New Beetle e o moderno Punk Cat elétrico da fabricante chinesa ORA, que homenageia o design clássico do icônico "besouro".
No Brasil, além de seu impacto na indústria automobilística, o Fusca consolidou-se como parte do cotidiano e da memória afetiva de gerações. Seu legado é perpetuado por clubes de admiradores e eventos que celebram sua história.
O município de Cunha, por exemplo, é conhecido como a "Capital Nacional do Fusca". Devido ao famoso evento que acontece chamado “Fuscunha”, uma festa inteiramente dedicada ao modelo.
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Com sua combinação de simplicidade mecânica, design icônico e história rica, o Fusca transcendeu sua função original de transporte para se tornar um símbolo cultural.
Mesmo décadas após sua despedida das linhas de produção brasileiras, ele permanece vivo no coração dos apaixonados por automóveis.
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