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Toxina deste animal não é letal, mas exige cuidado | Carlos Jared/Instituto Butantan
A Corythomantis greeningi, conhecida como perereca-de-capacete, é um anfíbio intrigante que habita ambientes semiáridos, especialmente na Caatinga. O que a torna única é sua capacidade de jogar veneno ao se sentir ameaçada. O animal ainda é pouco conhecido pela maioria das pessoas, mas seu veneno pode ser perigoso.
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A perereca-de-capacete tem uma cabeça larga e alongada, que se assemelha a um capacete. Essa forma peculiar permite que ela feche a entrada de seus esconderijos e assim se isole dos predadores.
Esse comportamento, chamado fragmose, é uma estratégia eficaz de defesa. Ao se esconder, a perereca só deixa a cabeça exposta, o que a ajuda a evitar a detecção.
Este animal vive na Caatinga e desenvolveu adaptações importantes para sobreviver em climas secos.
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A pele dela é calcificada, o que ajuda a reter a umidade e garantir a hidratação durante períodos de seca.
A adaptação é crucial para a sobrevivência em um ambiente tão seco e hostil. Além disso, a perereca se alimenta de pequenos insetos, o que a torna um importante predador em seu habitat.
Quando ameaçada, a perereca utiliza sua cabeça espinhosa para liberar veneno de suas glândulas. Apesar de a toxicidade do veneno não ser letal para humanos, pode causar dor intensa e inchaço.
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Essa defesa, mesmo que acidental, é uma parte vital de sua sobrevivência. O veneno é uma forma de afastar predadores e garantir que ela possa escapar de situações perigosas.
O veneno da perereca-de-capacete foi identificado em 2015 por Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Estrutural do Instituto Butantan.
Essa descoberta destacou a importância da espécie no estudo da biodiversidade e das adaptações dos anfíbios. Os pesquisadores continuam a estudar suas propriedades e possíveis aplicações na medicina.
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Este anfíbio é uma prova de como a natureza se adapta e se defende em ambientes difíceis. A perereca-de-capacete não é apenas um exemplo de resistência, mas também um lembrete da importância da conservação dos habitats naturais.
* O texto conta com informações do site do Instituto Butantan.
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