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Um estudo feito pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP) revelou que as Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) apresentam valor nutricional comparável ou até superior ao de vegetais tradicionais como o espi | Wikimedia Commons
Você sabia que existe 3 plantas comuns que todos conhecem, mas nem todos sabem os nutrientes poderosos que existem dentro delas?
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Um estudo feito pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP) revelou que as Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) apresentam valor nutricional comparável ou até superior ao de vegetais tradicionais como o espinafre.
A seguir, explicamos quais nutrientes possuem cada planta. Confira:
Entre as plantas analisadas, a taioba foi o grande destaque, apresentando os maiores teores de minerais.
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Rica em ferro, cálcio, cobre e fósforo, ela possui o dobro de proteínas em comparação com o espinafre-da-nova-zelândia, o mais consumido no Brasil.
A taioba, ou taioba mansa, é uma hortaliça rica em nutrientes como fibras, vitamina C, e minerais, como potássio e magnésio. Esses dois últimos ajudam no combate ao envelhecimento precoce da pele, fortalecem o sistema imunológico e evitam doenças cardiovasculares.
Conhecida popularmente como "carne vegetal", a ora-pro-nóbis tem um alto teor de proteínas, mas, como explica Fioroto, o mito de que esse teor é comparável ao da carne bovina se baseia em sua massa seca.
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Na forma consumida habitualmente, a planta oferece 3,3 g de proteína por 100 g, ainda assim superior ao espinafre comum, que tem 2,85 g.
A serralha, embora menos conhecida, também mostrou potencial nutricional relevante. Seus teores de ferro, cálcio e fósforo são comparáveis aos dos vegetais convencionais, embora apresente menor concentração de manganês e potássio.
A pesquisa foi coordenada pelo professor Eduardo Purgatto e conduzida pelo pós-doutorando Alexandre Minami Fioroto.
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Os dois analisaram essas plantas em diferentes regiões de São Paulo e Minas Gerais, tanto cruas quanto refogadas. O estudo comparou os resultados com dados nacionais e internacionais de composição alimentar.
As Pancs destacam-se pelo alto teor de minerais essenciais como ferro, cobre, zinco, cálcio, magnésio e fósforo.
Em relação às proteínas, o estudo mostrou que ora-pro-nóbis e taioba superam o espinafre comum (Spinacia oleracea) e o espinafre-da-nova-zelândia (Tetragonia expansa), o mais consumido no Brasil.
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De acordo com Eliana Bistriche Giuntini, pesquisadora do Centro de Pesquisas de Alimentos (FoRC) da USP, a falta de informação nutricional sobre plantas nativas contribui para o baixo consumo das Pancs.
“O estudo confirma que alimentos silvestres podem ser mais nutritivos do que os tradicionais. Incentivar o consumo e a produção dessas plantas pode diversificar a dieta brasileira e suprir demandas nutricionais importantes”, destaca Giuntini.
Durante a pesquisa, foram analisados dois lotes das Pancs, coletados entre agosto de 2021 e abril de 2022 em regiões de São Paulo e Minas Gerais. As amostras foram preparadas de forma simples e avaliadas em termos de massa seca para eliminar a variação de umidade.
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Os resultados mostraram que, mesmo após o cozimento, os teores de minerais e proteínas permaneceram estáveis, com pequenas variações.
Entre os minerais analisados, a taioba apresentou concentrações superiores, sendo rica em ferro, cálcio e fósforo. O ora-pro-nóbis, por sua vez, revelou teores de cálcio até sete vezes maiores que os do espinafre comum.
Apesar de a serralha ter apresentado teores mais baixos de alguns nutrientes como manganês e potássio, mostrou valores significativos de ferro e cálcio.
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