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Boquinha de Anjo foi criado nos anos 1960 | Divulgação
A gastronomia é um dos destaques da cultura brasileira, com diversos pratos regionais típicos e lanches que conquistam o mundo.
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Um deles nasceu no interior de São Paulo nos anos 1960, se espalhou pelo Brasil e depois ganhou o mundo, podendo ser encontrado em cidades como a capital espanhola Madrid.
É o Boquinha de Anjo, considerado um símbolo gastronômico da cidade de Campinas. O lanche, sucesso por onde passa, tem até dia comemorativo: 10 de maio.
O sanduíche tem até definição oficial: “o Boquinha de Anjo é o lanche em que se aplica técnica de corte longitudinal para deixá-lo dividido em vários pedaços, facilitando o compartilhamento e o consumo”, diz lei que o reconheceu como símbolo campineiro.
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O lanche surgiu na choperia Giovannetti, pelas mãos de um então chapeiro da casa, hoje falecido, conhecido como Moleza.
Com pontas de peças de frios que não eram fatiadas, o lanche feito com pão francês era cortado em oito pedaços e inicialmente servido ao final do expediente para os funcionários.
Genilson Souza Urcino, gerente da unidade do Giovanetti Rosário, relembra a história. “Eram ‘juntadas’ as pontas dos frios que sobravam da noite – rosbife, muçarela, entre outros – e colocadas em um recipiente para fazer um lanchão para todos”, conta.
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Pedro “Possante” João de Carvalho, hoje com mais de 80 anos e à época funcionário do Giovanetti, completa a narrativa. “Como o lanche era muito volumoso, cortávamos em pedaços menores para podermos compartilhar com todos”, lembra.
Sucesso entre os funcionários, o Boquinha de Anjo foi colocado no cardápio pouco tempo depois, voltado especialmente para o público feminino.
Não demorou para ele ganhar maior popularidade e se tornar o sanduíche mais famosos entre os clientes da choperia. A então novidade lançada pelo Giovannetti também acabou se espalhando no decorrer das décadas por outros bares e botecos de Campinas.
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A fama do Boquinha de Anjo se espalhou e o lanche conquistou prêmios nacionais de festivais gastronômicos, chegando posteriormente a cidades de outros países. Hoje é orgulho de Campinas.
Nos próximos anos a iguaria deve ganhar um festival na cidade campineira. André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas, é um dos defensores da ideia.
“É valorizar uma iniciativa que surgiu dentro da cozinha de um bar antigo da cidade, por iniciativa dos próprios cozinheiros que, de forma criativa, inventaram essa modalidade de lanche que se tornou tradicional”, defende.
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