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Asfaltamento de rua em São Paulo | Arquivo Alesp
A cidade de São Paulo pavimentou quilômetros de ruas no século XIX com paralelepípedos que foram retirados da antiga pedreira de São Bento, em Santos. De 1820 a 1870, a cidade ficou praticamente estagnada.
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Em 1822, ela tinha cerca de 20 mil habitantes e, em 1872, 50 anos depois, havia crescido pouco, cerca de 5%.
A cidade era acanhada, com ruas de terra batida e iluminação à base de óleo de baleia, que deixava um cheiro insuportável de peixe podre.
A cidade de São Paulo teria demorado demais para se desenvolver se não fosse a visão de um governador considerado exótico para a época.
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Dr. João Theodoro vinha de uma família sem posses, contrastando com o sistema político da época, movido ao poder econômico dos Barões do Café.
Formado na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, foi promotor e vestia-se como um dândi. Às vésperas da proclamação da República, ele tinha grandes ambições para a cidade pós-governo imperial.
Logo que assumiu a presidência da província, João Theodoro priorizou a pavimentação do centro histórico da cidade de São Paulo. Até aquela ocasião, o perímetro era pavimentado com terra batida.
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Foi assim que as ruas Direita, São Bento, 15 de Novembro, Quitanda e Rua do Comércio, além dos largos do Rosário e da Sé, ganharam uma pavimentação de pedras.
Isso possibilitou a implantação da primeira linha de transportes públicos operados por bondes puxados por burros.
Conforme registrado na ata da Câmara Municipal de São Paulo de 1873, o governador João Theodoro Xavier fechou um acordo com a pedreira São Bento, de Santos.
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Assim, uma das montanhas mais tradicionais de Santos foi parar no centro histórico da cidade de São Paulo.
Segundo o dicionário etimológico, "paralelepípedo" é uma palavra de origem grega: parallelepipedon, que pode ser traduzida como "corpo geométrico com superfícies paralelas".
Os paralelepípedos foram utilizados na Grécia Antiga para pavimentar as ruas das cidades gregas.
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A técnica foi levada para Roma Antiga, onde foi aprimorada e difundida pela Europa, chegando ao Brasil em 1870. A pavimentação asfáltica só chegou à capital paulista em 1910.
A avenida Paulista foi uma das primeiras vias da cidade a receber pavimentação asfáltica. Não se sabe exatamente quantas "montanhas foram movidas" para o centro de São Paulo.
O que se sabe é que a cidade ainda possui cerca de 4 mil ruas pavimentadas com paralelepípedos. Contudo, hoje, não existe mais ninguém capaz de fazer a manutenção adequada dessas ruas históricas.
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