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Febre no Rio de Janeiro nos anos 1970, o 'autobol' movimentou uma legião de fãs para acompanharem o 'futebol de carros' | Divulgação/Galeria de Fluminense
Febre no Rio de Janeiro nos anos 1970, o "autobol" movimentou uma legião de fãs para acompanharem o "futebol de carros" entre os principais clubes cariocas.
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Criado pelo médico Mário Marques Tourinho, o torneio reuniu Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco e América-RJ e teve três edições, sendo lembrado até hoje por fãs presentes na época.
Abaixo, saiba mais detalhes do torneio e descubra o auge e o fracasso do projeto.
Mário Marques Tourinho, na época diretor do serviço médico da equipe do América-RJ, era fã de automobilismo e futebol, e teve a ideia de juntar as duas paixões em apenas uma.
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Após um dia em que estava passando perto da praia e uma bola veio na direção de seu veículo, devolveu-a com um "chute" de seu carro, com a bola indo para as mãos de um dos jogadores. Ali a ideia começou a sair do papel. Foram três edições oficiais do Campeonato Carioca de Autobol.
A primeira disputa do formato ocorreu no intervalo de uma partida do Campeonato Carioca de 1970, no campo da Associação Atlética Portuguesa, na Ilha do Governador. Na exibição, Tourinho deu voltas no gramado dominando a bola gigante à frente de seu velho Hillman.
Alguns jogos foram sucessos com o público, chegando a ter a bilheteria esgotada. Algumas das partidas tiveram mais torcedores do que os próprios jogos de futebol.
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O objetivo do jogo era acertar uma bola de 1,20 metro e 12 quilos em gols formados por traves oficiais de futebol.
Um dos veículos mais usados era o Renault Dauphine, que possuía um custo mais baixo e tinha a vantagem do câmbio de três marchas, com a ré e a primeira no mesmo canal, facilitando as necessárias e sucessivas manobras.
O Volkswagen 1600 também foi utilizado no campeonato.
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Os condutores utilizavam capacetes, e os veículos tinham os vidros removidos e portas soldadas.
Em 1976, a crise do petróleo assolou o mundo, com o Brasil sendo fortemente atingido. Com a chegada da Ditadura Militar e esta crise agravada, o automobilismo foi proibido no País. Consequentemente, o autobol deixou de ser praticado.
A falta de campos e patrocinadores para o evento também contribuiu para o fim do projeto,
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As equipes participantes eram:
Os carros eram pintados com as cores dos clubes, e possuíam os escudos e os números, representando as tradicionais camisas do futebol.
Na edição de 1973 o Botafogo não esteve presente, entrando na vaga do América-RJ na edição seguinte.
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Nas edições os campeões foram:
Geralmente, o Campeonato Carioca de Autobol era disputado no próprio campo do América, que estava destruído e aguardava reforma, portanto não seria prejudicado pelos carros, já que não estava apto para jogos de futebol.
Algumas partidas do torneio ocorreram no campo do Colégio Santo Inácio, no bairro de Botafogo.
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