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Ciclone extratropical: entenda fenômeno que traz frio intenso ao Brasil

Descubra como os ciclones extratropicais se formam e por que eles causam quedas bruscas de temperatura

Raphael Miras

12/08/2024 às 17:42  atualizado em 12/08/2024 às 17:43

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Entenda o que é um ciclone extratropical e como ele é formado

Entenda o que é um ciclone extratropical e como ele é formado | Depositphotos

A Região Sul do Brasil está prestes a enfrentar uma forte onda de frio, causada por um ciclone extratropical em alto-mar. Este fenômeno, aliado a uma área de alta pressão, criará ventos que trarão uma massa de ar polar, fazendo com que as temperaturas caiam até 7,5 °C abaixo da média.

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O impacto será sentido em estados como Mato Grosso do Sul, oeste paulista, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com ventos fortes e risco de geadas. No Sudeste, especialmente na costa de São Paulo e Rio de Janeiro, o ciclone intensificará os ventos e as manhãs geladas, afetando também o litoral.

Mas o que exatamente é um ciclone extratropical e como ele se forma? Vamos entender as características deste fenômeno

O que são ciclones extratropicais

Uma imagem de satélite infravermelho do furacão Irma, 12 de setembro de 2017. Este tipo de imagem mede a temperatura do topo das nuvens. Quanto mais frio o topo da nuvem, mais alto ele se estende na atmosfera. As cores de verde a vermelho e preto ajudam a identificar os topos mais altos das nuvens, com as cores mais escuras sendo as nuvens mais altas. / Foto: Divulgação/NOAA
Uma imagem de satélite infravermelho do furacão Irma, 12 de setembro de 2017. Este tipo de imagem mede a temperatura do topo das nuvens. Quanto mais frio o topo da nuvem, mais alto ele se estende na atmosfera. As cores de verde a vermelho e preto ajudam a identificar os topos mais altos das nuvens, com as cores mais escuras sendo as nuvens mais altas. / Foto: Divulgação/NOAA
Bacias globais de formação de ciclones tropicais. / Foto: Reprodução/NOAA
Bacias globais de formação de ciclones tropicais. / Foto: Reprodução/NOAA
Furacão Isabel em 15 de setembro de 2003. / Foto: Divulgação/NASA
Furacão Isabel em 15 de setembro de 2003. / Foto: Divulgação/NASA

Ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão atmosférica caracterizados por ventos fortes e um padrão de rotação específico. Eles se formam quando uma massa de ar quente e úmida sobe e se condensa, criando nuvens e precipitação. Esse processo gera um vórtice de vento que gira em torno da área de baixa pressão.

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Dependendo da localização e intensidade, esses fenômenos recebem diferentes nomes: no Oceano Atlântico e Pacífico Norte, são chamados de furacões; no Pacífico Sul e Índico, ciclones tropicais; e no Oceano Índico e Sul da Ásia, simplesmente ciclones. Eles podem causar tempestades severas, inundações e danos nas áreas que atingem.

Como ocorre a formação de um ciclone extratropical

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), um ciclone extratropical se forma quando uma área de baixa pressão surge devido a uma instabilidade atmosférica. Isso faz com que uma massa de ar quente e úmida suba continuamente, enquanto uma massa de ar frio e seco desce.

O ar quente ascendente condensa e gera grandes nuvens de chuva, com um movimento circular que provoca tempestades na região afetada. Nos ventos do Hemisfério Sul, o giro é no sentido horário, enquanto no Hemisfério Norte, o giro é no sentido anti-horário.

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Condições necessárias para formar um ciclone

Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), para um ciclone tropical se formar, é necessário que várias condições ambientais estejam presentes. São elas:

  • Águas oceânicas quentes: pelo menos 27 °C, até uma profundidade de 46 metros.
  • Atmosfera instável: que esfria rapidamente com a altura, favorecendo a convecção úmida.
  • Ar úmido: próximo ao nível médio da troposfera (4.900 m).
  • Distância mínima do equador: cerca de 480 km.
  • Perturbação preexistente: próximo à superfície.
  • Baixo cisalhamento vertical do vento: mudanças na velocidade do vento com a altura menores que 37 km/h.

Estrutura do ciclone 

A estrutura de um ciclone extratropical pode ser descrita da seguinte forma: no centro, há uma área de baixa pressão chamada "olho", que é relativamente calma e pode ter céu claro, contrastando com a "muralha do olho", onde as tempestades são mais intensas. Ao redor, nuvens densas e bandas de chuva se organizam em espirais, provocando chuvas fortes e tempestades.

Os ventos giram em torno do centro devido à força de Coriolis, criando um sistema de baixa pressão capaz de causar chuvas intensas e ventos destrutivos.

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Impactos dos ciclones extratropicais e temporada

Ciclones tropicais podem ser devastadores, com ventos de até 240 km/h e chuvas torrenciais que levam a inundações. A elevação do nível do mar, conhecida como tempestade de maré, pode atingir até 6 metros acima do normal, exacerbando os impactos em áreas costeiras.

A temporada de ciclones varia por região: no Oceano Atlântico Norte e no Golfo do México, ocorre de 1º de junho a 30 de novembro, com picos em agosto e setembro.

No Pacífico Noroeste, ciclones podem ocorrer durante todo o ano, com pico principal entre julho e novembro. Outras regiões, como as bacias do Índico e Pacífico Sudoeste, têm suas próprias temporadas.

 

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