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Chico Buarque: 4 polêmicas do cantor que sempre tentou fugir de polêmica

Gazeta revela momentos controversos do compositor que completou 80 anos nesta quarta-feira

Bruno Hoffmann

19/06/2024 às 18:15  atualizado em 19/07/2024 às 10:49

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Chico Buarque

Chico Buarque | Vitor Pereira/AgNews

O cantor e compositor Chico Buarque, que completou 80 anos nesta quarta-feira (19), marcou sua trajetória por uma postura discreta em relação à vida pessoal e até sobre sua obra. Isso não evitou que o carioca vivesse alguns momentos controversos na vida.

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A Gazeta separou quatro situações em que Chico entrou em temas polêmicos, que dividiu a opinião pública. Veja quais.

Discussão com jovens

Em 2015, ao sair de um restaurante no Rio, Chico Buarque foi hostilizado por três (então) jovens por causa do seu alinhamento a favor do PT e da esquerda brasileira. Entre os homens que provocaram o compositor estavam o rapper Tulio Dek, Alvarinho (filho de Alvaro Garnero) e Guilherme Mota.

"Petista, vá morar em Paris. O PT é bandido", disse um deles. Chico rebateu, com calma: "Acho que o PSDB é bandido, e agora?".

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Chico, durante discussão política com o grupoEscreva a legenda aqui

Em certo momento um outro gritou: “Para você, que mora em Paris, é fácil". Na sequência, o mesmo homem perguntou: "Você mora em Paris, não mora?"

Segundo a "Folha", o empresário Alvaro Garnero, pai de Alvarinho, disse que teve que explicar ao filho quem era Chico Buarque.

Letra machista

No início de 2022, o compositor anunciou que não cantaria mais Com Açúcar, com Afeto, pelo pretenso tom machista da letra. A música fez sucesso com a cantora Nara Leão no fim dos anos 1980.

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Em um documentário sobre Nara, Chico revelou que a própria artista pediu uma canção naquele tom.

"Ela falou: 'Eu quero agora uma música de mulher sofredora'. E deu exemplos de canções do Assis Valente, Ary Barroso, aqueles sambas da antiga, onde os maridos saíam para a gandaia e as mulheres ficavam em casa sofrendo, tipo 'Amélia', aquela coisa. Ela encomendou e eu fiz”, explicou Chico.

"Elas [as mulheres feministas] têm razão. Eu não vou cantar Com Açúcar, com Afeto mais e, se a Nara estivesse aqui, ela não cantaria, certamente”, completou.

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Drible na ditadura

Em 1970, Chico resolveu voltar ao Brasil, após um autoexílio na Itália. O cenário que ele viu no País era de tortura e censura. A situação o inspirou a compor “Apesar de Você”, que sairia em compacto, com “Desalento” do outro lado.

O compositor enviou a música à censura sem muita esperança que fosse aprovada. A obra, porém, voltou liberada e sem cortes. O compacto vendeu mais de 100 mil cópias em menos de um mês.

O compacto de Apesar de Você, de Chico BuarqueO compacto de Apesar de Você/Reprodução

Só que quando o governo se tocou que o “você” da letra poderia ser a ditadura ou até o próprio presidente militar Emílio Garrastazú Médici, o refrão já estava na boca do povo: "Apesar de você / Amanhã há de ser outro dia…"

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A reação veio rápida. A polícia invadiu a gravadora, destruindo todas as cópias do compacto. O censor que liberou a letra foi punido. O compositor foi chamado para explicar quem era o “você” da canção. Chico saiu-se com essa: “É uma mulher muito mandona”.

Numa carta a Vinicius de Moraes, Chico explicou com despojamento a experiência de gravar uma de suas primeiras músicas feitas intencionalmente contra a ditadura. “Deu bolo como o ‘Apesar de Você’, tenho sido perturbado e o disco deixou de ser prensado. Mas deu para tirar um sarro”.

Biografias não-autorizadas

Chico Buarque publicou um artigo em 2013 no jornal O Globo contra a publicação dos livros que retratam a vida de pessoas públicas sem autorização prévia delas ou da família, ou seja, contra as biografias não autorizadas. O texto era assinado também por Roberto Carlos, Caetano Veloso, Djavan e Milton Nascimento e a empresária Paula Lavigne.

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“Pensei que o Roberto Carlos tivesse o direito de preservar sua vida pessoal. Parece que não”, escreveu o compositor, defendendo a proibição da venda do livro de Paulo César de Araújo. 

O grupo fundou o grupo Procure Saber, presidido por Paula Lavigne, com a intenção de batalhar para que fosse mantida a exigência de autorização prévia para a comercialização dos livros.

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