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Tratamento de cancer | Freepik
Conhecida como células CAR-T, esta é uma nova forma de tratar alguns tipos de câncer. Utilizando reprogramação das células de defesa do corpo para criar um medicamento único, com o máximo de personalização.
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Este tratamento traz benefícios para os pacientes ao tangibilizar novas possibilidades de tratamento e, até mesmo, um potencial de cura para doenças que, até então, eram sem opções terapêuticas.
A sigla “CAR” é um acrônimo em inglês para chimeric antigen receptor (em português, receptor quimérico de antígeno).
Já o “T” se refere ao linfócito T, um tipo de célula do sistema imunológico que reconhece os antígenos existentes na superfície celular de agentes externos ou internos infecciosos e de tumores e acaba produzindo anticorpos.
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Ou seja, atua como defesa do corpo. Então, uma célula CAR-T é um linfócito T que passou por uma modificação genética.
A terapia por células CAR-T é feita a partir da coleta de células T do sistema imunológico.
Depois, é preciso levar o material a uma central especializada, todas até o momento estão fora do Brasil, para fazer ali a modificação genética e trazer de volta, para então infundir no paciente.
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Essa modificação genética reprograma a célula para reconhecer e combater o tumor. Dessa forma, o próprio organismo do paciente torna-se um tratamento contra o câncer.
O uso das células CART têm mostrado importantes resultados, representando uma nova perspectiva no tratamento de alguns tipos de câncer que, até então, não tinham opções eficazes de terapia.
É uma opção de tratamento transformadora com respostas potencialmente duradouras e até mesmo curativas.
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As indicações são para pacientes com câncer no sangue, como por exemplo, linfoma e leucemia. A diferença entre o linfoma e a leucemia é que o linfoma surge no sistema linfático, que é uma rede de pequenos vasos sanguíneos, faz parte tanto do sistema circulatório, como do sistema imune.
Já a leucemia tem origem na medula óssea, que pode ser causada por uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade e acaba sofrendo uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa.
Temos vários tipos de leucemia, como a leucemia linfoblástica aguda, a leucemia mieloide aguda e a leucemia linfocítica crônica. A única que pode ser tratada pelas células CAR-T é a leucemia linfoblástica aguda.
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Logo, mais doenças como linfoma difuso de grandes células B, linfoma folicular e mieloma múltiplo podem utilizar dessa terapia.
Dentro de sete dias após a infusão das células CAR-T, pode haver uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo dentro do organismo e induzindo a liberação de substâncias para eliminar o tumor.
Nesse momento, além de febre, pode haver queda importante da pressão arterial e eventual necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Nas primeiras semanas após infusão das células CAR-T, o paciente pode apresentar alguns sintomas neurológicos, que vão desde um quadro mais leve de confusão mental até a presença de crises convulsivas.
Porém, todos estes efeitos colaterais podem ser controlados quando o paciente faz seu tratamento em um centro especializado e com equipe treinada.
Em 2023, o caso do paciente Paulo Peregrino, de 62 anos, repercutiu nas redes sociais ao passar por um tratamento considerado revolucionário no combate ao câncer.
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Ele foi levado em estado grave de Niterói (RJ) à capital paulista para tratamento com as próprias células de defesa modificadas em laboratório, o paciente vivia com morfina e mal conseguia caminhar.
Neste domingo (5), ele comemorou em suas redes sociais que continua com a remissão de 100% da doença, que é quando o câncer não é mais detectado por nenhum exame.
Segundo o paciente, um novo Pet Scan (tomografia feita com um contraste especial) foi feito no dia 22 de abril deste ano e o resultado saiu na última sexta-feira (3), data de aniversário do médico que o tratou.
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*Texto sob supervisão de Suzana Rodrigues
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