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Anomalia magnética está crescendo e chegou ao Brasil | Danilo Verpa/Folhapress
Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos (NGA) e pelo Centro Geográfico de Defesa do Reino Unido (DGC) aponta uma anomalia no campo magnético da Terra, que está crescendo na posição onde está o Brasil.
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A Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) também observa a situação com atenção.
O fenômeno recebeu o nome de "Anomalia do Atlântico Sul" (AAs ou Amas) e ocorre quando o escudo protetor da Terra - que tem a função de não permitir que partículas carregadas do sol cheguem ao planeta, como ventos solares e radiações cósmicas - acaba falhando, deixando essa proteção mais fraca e vulnerável.
Um dos estudos aponta que, recentemente, essa anomalia aumentou 7% e está se aprofundando para o oeste da América do Sul e sul do Oceano Atlântico. O motivo ainda não foi descoberto pelos pesquisadores.
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As partículas de radiação que acabarem por passar essa defesa mais frágil podem desencadear problemas mútuos em satélites e em sinais de rádio.
Em alguns casos, podendo "derrubar" a comunicação destes mesmos satélites com o Brasil, por exemplo, o que geraria instabilidade tecnológica considerável. Todavia, ela ainda não seria suficiente para atingir a saúde humana.
Um levantamento feito por especialistas aponta que a anomalia magnética aumentou em 5% e está se movendo em direção ao oeste.
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Segundo dados publicados no Journal of Geophysical Research, o contorno se aproxima da região onde há maior probabilidade que ocorram danos por radiação nos satélites
Ainda conforme informações contidas nos estudos, a anomalia pode causar diversos impactos, desde possíveis danos aos satélites, por conta de radiação excessiva, até a interferência na propagação das ondas de rádio.
A intensidade do campo magnético na área afetada é de, aproximadamente, um terço da média no restante do planeta.
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A Nasa afirmou, em 2020, que grupos de pesquisa estão observando a Amas para vários fatores, entre eles, para ajudar em possíveis desafios no futuro, que podem ser enfrentados por satélites e humanos no espaço.
Apesar da anomalia não ocasionar riscos para a saúde humana na Terra ou durante atividades diárias das pessoas, ela impacta satélites e cria problemas na propagação de rádio, o que é agravado pelo seu crescimento, segundo o novo relatório.
A Amas é monitorada pela Agência Espacial Europeia (ESA), junto da Nasa, e agora também pelo Brasil, com o lançamento do nanossatélite NanosatC-BR2com, com a missão de monitorar a anomalia.
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Marcel Nogueira, doutor em física e pesquisador do Observatório Nacional, disse à Agência Brasil que como a região tem um campo magnético enfraquecido, é mais fácil de entrar partículas do vento solar, além de intensificar o fluxo de partículas carregadas que passam por aquela área.
O especialista explicou que essa situação faz com que satélites tenham que ficar em desligar temporariamente alguns dos componentes para evitar perdas e não queimar nada, toda vez que passaram pela região.
"Porque a radiação, principalmente elétrons, nessa região é muito forte. Então é de interesse das agências espaciais monitorar constantemente a evolução dessa anomalia, principalmente nessa faixa central", disse.
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* O texto conta com informações do Diário do Litoral.
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