Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Hoje famosa pelo Minhocão e diversos prédios, Vila Buarque tem origem em fazendas | Juca Varella/Folhapress
No início do século XX, a cidade de São Paulo era predominantemente constituída por chácaras. A maioria delas era proveniente de sesmarias, um sistema português de divisão gratuita de terras do século XIV que concedia posse apenas aos “homens bons”, como forma de evitar as invasões e povoar a terra. É neste cenário que começa a surgir o bairro Vila Buarque.
Continua depois da publicidade
Um dos herdeiros de uma dessas sesmarias foi a família Arouche, que era descendente do capitão-mor e ouvidor da Capitania de São Vicente: Amador Bueno (1584), cuja origem chegaria aos indígenas paulistas Guayanás, os primeiros habitantes da velha São Paulo do Piratininga.
Em 1649, na então São Paulo dos Campos de Piratininga, os descendentes do general José Arouche Toledo Rendon se tornaram proprietários de muitas terras. Eles receberam, ainda no século XVI, 3 sesmarias, cada uma equivalente a 7 km² de área. Ou seja, cerca de 10 parques Ibirapuera de hoje.
Os espaços foram ampliados, loteados, desmembrados, vendidos ou herdados ao longo do tempo por seus descendentes. Muitas destas terras deram origem a vários bairros da cidade de São Paulo, como o caso da Vila Buarque.
Continua depois da publicidade
A família Arouche herdou várias chácaras na divisão familiar. A área compreende, inclusive, a região do atual distrito da República e da região Chácara do Arouche, cuja área compreendia desde o largo do Arouche até a Santa Casa de Misericórdia. Ali, o general José Arouche de Toledo Rendon tinha uma plantação de chá que era bastante conhecida na época.
Quando o general Arouche faleceu em 1834, o terreno passou para sua filha Maria Benedita. A partir daí a propriedade foi sendo herdada por outros parentes de primeiro grau até chegar em Maria Thereza Rodrigues Freitas.
De plantação de Chá ao bairro da Vila Buarque
Continua depois da publicidade
Uma curiosidade é que antes de vender a chácara, em 26 de novembro de 1887, Maria Thereza Rodrigues de Freitas apresentou à Câmara de Vereadores um requerimento.
O documento foi acompanhado da planta da área com o objetivo de aprovação do loteamento da antiga chácara do Arouche, já dividido em ruas e lotes.
No requerimento, ela pediu para que se preservasse os nomes dados as ruas. Em 26 de dezembro de 1887 foi deferido pela Câmara de Vereadores o loteamento da Chácara do Arouche e os nomes das ruas foram ratificados pelo prefeito Washington Luís em 1914.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade