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Alcoolismo com depressão é um risco grave; entenda o motivo

Alguns fatores podem aumentar sentimentos de desesperança e perpetuar um ciclo de depressão e consumo de álcool

Leonardo Sandre

12/09/2024 às 17:20  atualizado em 12/09/2024 às 17:41

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A depressão e o alcoolismo são duas condições que, mesmo separadas, trazem diversos malefícios para o ser humano

A depressão e o alcoolismo são duas condições que, mesmo separadas, trazem diversos malefícios para o ser humano | Focuspocusltd/Depositphotos

A depressão e o alcoolismo são duas condições que, mesmo separadas, trazem diversos malefícios para o ser humano. Contudo, caso elas andem lado a lado, a situação fica muito pior.

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A relação entre alcoolismo e depressão é complexa e multifacetada, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Do ponto de vista da psicologia cognitivo-comportamental (TCC), o alcoolismo é entendido como um transtorno que pode ser sustentado por padrões de pensamento disfuncionais, crenças irracionais e comportamentos de enfrentamento inadequados. Entenda mais abaixo.

Alcoolismo junto da depressão traz riscos ainda maiores para o ser humano

A psicóloga clínica Tatiane Paula, afirmou que, muitas vezes, o uso excessivo de álcool começa como uma estratégia para lidar com emoções negativas, como ansiedade ou tristeza. Com o tempo, esse comportamento se torna habitual, levando à dependência física e psicológica.

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"O álcool é um depressor do sistema nervoso central. Seu consumo prolongado e em excesso pode levar a alterações químicas no cérebro, como a diminuição dos níveis de serotonina, um neurotransmissor associado ao bem-estar. Isso pode resultar em sintomas depressivos", disse.

Além disso, a especialista explicou que o álcool pode intensificar sentimento de culpa, inadequação e desesperança, especialmente quando a pessoa percebe que perdeu o controle sobre seu consumo.

Fatores de risco

Os fatores de risco para o desenvolvimento do alcoolismo incluem uma combinação de:

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  • Predisposição genética;
  • Influência ambiental;
  • Histórico familiar de abuso de substâncias;
  • Traumas;
  • Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, e;
  • Exposição frequente ao álcool em contextos sociais.

De acordo com a TCC, é de extrema importância identificar esses fatores e trabalhar para modificá-los ou gerenciá-los de forma eficaz.

"O hábito de beber pode agravar significativamente a depressão. O álcool pode oferecer alívio temporário dos sintomas depressivos, mas, a longo prazo, ele [o hábito] agrava a condição".

A intoxicação crônica e as consequências negativas associadas, como problemas de relacionamento e perda de produtividade, podem aumentar sentimentos de desesperança e perpetuar um ciclo de depressão e consumo de álcool, conforme ressaltou Tatiane Paula.

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A depressão, assim como a ansiedade, são condições que afeta negativamente milhares de pessoas ao longo da vida.

O recomendado é buscar um médico assim que notar o início dos sintomas para um tratamento adequado. Há medidas profissionais que ajudam a controlar a situação.

Sintomas

Os sintomas da depressão alcoólica incluem:

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  • Tristeza persistente;
  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  • Fadiga;
  • Alterações no apetite e sono;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva e;
  • Pensamentos suicidas.

Segundo a especialista, esses sintomas podem ser exacerbados pela presença do alcoolismo, dificultando ainda mais o tratamento.

“A abordagem de tratamento para alguém com depressão e alcoolismo deve ser integrada e multidisciplinar", ressaltou.

A psicóloga afirmou que a TCC pode ser uma ferramenta poderosa, ajudando o paciente a reconhecer e desafiar pensamentos disfuncionais, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e criar um plano de prevenção de recaídas.

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"Além disso, o suporte social e familiar é fundamental. Em muitos casos, o tratamento medicamentoso também pode ser necessário, sendo essencial a colaboração entre psicólogos e psiquiatras", concluiu.

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