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Considerada uma ferramenta tradicional na cozinha (principalmente na brasileira), a colher de pau remete ao gosto de comida caseira, com a receita tradicional de vó e boas lembranças | Imagem gerada por IA
Considerada uma ferramenta tradicional na cozinha (principalmente na brasileira), a colher de pau remete ao gosto de comida caseira, com a receita tradicional de vó e boas lembranças.
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Contudo, este objeto tem gerado controvérsias de especialistas que questionam a higiene do produto, levantando que existem riscos à saúde associados ao seu uso.
Enquanto parte da população defende que, com a higienização correta, ela continua sendo uma boa escolha, um grupo de estudiosos e órgãos reguladores sugerem que isso pode acarretar problemas sérios relacionados à segurança alimentar.
Outra mudança na cozinha que vem ganhando força nos últimos meses, este por praticidade, é o fim do escorredor de pratos na pia.
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A principal preocupação apontada pelos especialistas recai sobre a estrutura do material. Por ser feita de madeira, a colher de pau possui superfície porosa e rugosa, o que dificulta sua limpeza total.
Mesmo caso seja lavada com água e sabão, a madeira pode reter resíduos de alimentos e umidade em pequenas rachaduras que se formam com o tempo.
Muitas destas fissuras são invisíveis a olho nu, mas acabam se tornando um ambiente propício para o crescimento de bactérias e fungos.
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Diversos microbiologistas defendem que essas imperfeições contribuem para a formação de biofilmes bacterianos, que resistem à limpeza convencional e podem contaminar os alimentos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não menciona de forma direta a colher de pau em suas resoluções, mas possui normas bem estabelecidas quanto às exigências para utensílios em contato com alimentos: os materiais devem ser lisos, não porosos, resistentes e de fácil higienização. A madeira, portanto, não se enquadra nesses critérios.
Tanto é que, em ambientes profissionais, como restaurantes e cozinhas industriais, o uso desse tipo de utensílio já é proibido em muitos locais, devido a normas municipais específicas, como acontece em São Paulo.
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Mesmo com estas recomendações, ainda assim muitos cozinheiros optam por seguir utilizando a colher de pau, com alguns argumentos como o de que o sabor dos alimentos seria diferente quando ela é usada, atribuindo à madeira um papel emocional e sensorial na preparação das refeições.
Para quem segue na defesa do uso, a saída é adotar cuidados rigorosos de limpeza e substituir o utensílio por um novo já no primeiro sinal de desgaste.
A recomendação dos especialistas é de que, embora seja possível reduzir riscos com técnicas de higienização específicas — como imersão em solução clorada e secagem completa —, o ideal é recorrer a alternativas mais seguras.
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As colheres de silicone ou inox cumprem bem as mesmas funções da colher de madeira, sem comprometer a saúde. A tradição, nesse caso, talvez precise ceder espaço à segurança.
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