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O primeiro Café Girondino, na esquina da rua 15 de novembro com a praça da Sé, em fotografia de 1910 | Divulgação
Cheirinho de café e de manteiga derretida sobre um pão cordado em bandas. É a combinação que embala das manhãs de muitos paulistanos que fazem desjejum nas 12 mil padarias da capital. O que muitos desses fregueses matutinos talvez não saibam é que a dupla pingado e pão na chapa nasceu em uma das cafeterias mais emblemáticas da capital, o Café Girondino.
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Uma unidade com nome igual foi reaberta em novembro deste ano, mas o Café Girondino original resguarda tradições italianas mais legítimas.
Foi fundado pelo italiano Ermano Gianinni na rua 15 de novembro. No espaço funcionava também uma charutaria que vendia, além do fumo, jornais, revistas e bilhetes para peças de teatro e outros eventos culturais.
Aquele singelo, mas já importante, estabelecimento no centro velho pode ter dado origem a um dos hábitos mais tradicionais das padarias paulistanas.
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O jornal Correio Paulistano publicou um artigo que testifica o quanto o pingado com pão na chapa já era querido dos paulistanos há muito tempo.
Escrito pelo memorialista Lellis Vieira, o texto sobre o aniversário de São Paulo descrevia o item do menu do Girondino. “Era um pão inteirinho, partido ao meio com manteiga escorrendo, um copo de leite e uns pingos de café. Daí o nome pingado...”, diz o texto.
Após 78 anos do fechamento do icônico Café Girondino, um comerciante abriu, em 1998, um outro café com o mesmo nome, na rua Boa Vista.
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No entanto, o novo café não tem relação com aquele aberto pela família de imigrantes italianos.
A memória do antigo Café Girondino vai completar 150 anos. O café que reabre as portas em frente ao mosteiro São Bento é uma simpática homenagem ao legendário café Girondino do final do século XIX.
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