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426 anos: conheça o mosteiro mais antigo de São Paulo

Localizado no centro, o Mosteiro é uma parada garantida para quem visita a capital paulista

Raphael Miras

25/05/2024 às 10:45  atualizado em 17/07/2024 às 16:06

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Foto do Mosteiro de São Bento

Foto do Mosteiro de São Bento | Alexandre Diniz/SPTuris

O Mosteiro de São Bento, em São Paulo, foi fundado em 1598 por monges beneditinos vindos de Salvador, este mosteiro é um testemunho vivo da fé, cultura e tradição que permeiam a história de São Paulo.

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A Igreja Basílica de Nossa Senhora da Assunção é um monumento histórico, símbolo da fé, cultura e tradição que moldaram a identidade de São Paulo. 

A beleza arquitetônica e a rica tradição litúrgica chamam a atenção dos turistas que tem interesse de visitar a Capital.

A Gazeta preparou mais detalhes sobre a história, arquitetura e as principais curiosidades sobre a igreja criada nos tempos do império português. Confira;

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História e Fundação

Mosteiro de São Bento em 1862Mosteiro de São Bento em 1862/ Instagram @monteirodesaobentosp

O Mosteiro de São Bento foi estabelecido no século XVI, quando os primeiros monges beneditinos chegaram ao Brasil com a missão de expandir sua ordem religiosa. O local escolhido para sua fundação era uma vasta área de mata fechada, distante do centro urbano da então vila de São Paulo de Piratininga. 

 A igreja hospedou o Papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil. Atualmente, o mosteiro abriga cerca de 40 monges enclausurados que seguem a tradição do ora et labora (ora e trabalha), somado, no caso dos monges paulistanos, ao et legere (e leia), em especial as Sagradas Escrituras.

Os monges beneditinos desempenharam um papel fundamental na formação da sociedade paulistana, contribuindo para a educação, a arte, a música e a preservação da memória histórica.

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Arquitetura e Arte

A arquitetura do Mosteiro de São Bento é uma mescla de estilos, refletindo as diferentes épocas pelas quais passou. 

Típica construção do século XVII, foi reerguida no período de 1910 a 1922, inspirada na tradição eclética germânica, sendo projetada pelo arquiteto Richard Bernd.

A decoração interna, os afrescos e murais são de autoria e execução do monge beneditino holandês D. Adelbert Gresnicht, que veio ao Brasil em 1913 para esse trabalho. 

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O relógio externo é de fabricação alemã. Foi instalado em 1921 e é considerado o mais preciso de São Paulo. A edificação conta também com um carrilhão e sinos afinados, que tocam nas horas cheias e nas frações. 

Já o órgão da Basílica, também de origem alemã, contém quatro teclados manuais e pedaleira, 77 registros reais e seis mil tubos. 

Vida Monástica e Tradição Litúrgica

O Mosteiro de São Bento é habitado por uma comunidade de monges beneditinos que seguem a regra de São Bento, uma tradição monástica que enfatiza a oração, o trabalho e a vida em comunidade. 

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Os monges dedicam grande parte de seu tempo à oração litúrgica, celebrada diariamente na igreja do mosteiro com cânticos gregorianos. 

Além disso, o mosteiro é conhecido por sua produção de pães, doces e licores, vendidos para auxiliar na manutenção do mosteiro e em obras de caridade.

Impacto Cultural e Social

O Mosteiro de São Bento, além de ser um importante centro de devoção religiosa, foi um pioneiro na educação, fundando uma das primeiras escolas da cidade. 

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Sua biblioteca, com um acervo impressionante de livros raros e documentos históricos, é uma fonte valiosa para pesquisadores e estudiosos interessados na história de São Paulo e do Brasil.

Curiosidades sobre o Mosteiro

Embora datados de 1912, os famosos sinos do Mosteiro de São Bento só chegaram ao Brasil após o término da Primeira Guerra Mundial, quando puderam ser instalados e consagrados em 29 de setembro de 1920, festa dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, com grande pompa.

O conjunto de seis grandes sinos foi fabricado na cidade de Lauingen, Alemanha. Quase foram derretidos para se construir tanques de guerra, mas o Núncio Apostólico de Munique, Monsenhor Giuseppe Aversa, intercedeu junto ao governo para que não o fizessem.

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Cada um dos sinos possui nome e contam com padrinhos. No total, são seis sinos que há na igreja;

  • Cantabona: Pesa 5.500kg, e apadrinhado pelo então governador de São Paulo, Washington Luís que seria mais tarde, Presidente do Brasil;
  • Dolorosa: Pesa 3.200 kg, apadrinhado por Jorge Tibiriçá Piratininga, ex-governador do Estado de São Paulo;
  • São Miguel: Pesa 2.250 kg, Manuel Joaquim de Albuquerque Lins, como padrinho;
  • São Bento: Pesa 1350 kg, apadrinhado por Arthur Abbott, cônsul britânico e Firmiano de Morais Pinto, prefeito de São Paulo;
  • Sagrado Coração de Jesus: Pesa 900 kg, com W. Rupp (diretor do Banco Alemão) como padrinho;
  • São José: de 690kg, cujo padrinho foi Affonso Taunay, professor e historiador.

Além desses, há mais dois outros sinos, um de 400 kg e de 150 kg, responsáveis pelos toques dos quartos de hora e horas fechadas.

Já o famoso relógio, bem no alto da fachada da basílica, é um dos mais precisos e famosos da cidade. De origem alemã, é o maior relógio em dimensão da cidade.

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O visor do relógio traz os números em algarismo romano. Os ponteiros trazem esculpidos, o sol e a lua. Na extremidade do ponteiro menor, o das horas, há um coração, indicativo de que o coração do fiel deve dia e noite, em todas as horas, estar voltado para Deus.

*Texto sob supervisão de Suzana Rodrigues


 

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