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Ayrton Senna venceu três vezes o campeonato mundial de Fórmula 1 | Divulgação
Até mesmo quem não é tão fã de automobilismo deve conhecer o nome "Ayrton Senna", o maior piloto brasileiro de todos os tempos. Tricampeão mundial de Fórmula 1, Senna é considerado, até os dias atuais, um dos maiores nomes do Brasil na história, principalmente nos esportes.
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Aos 34 anos, Ayrton Senna morreu após perder o controle e bater o carro durante um Grand Prix, no dia 1º de maio de 1994.
Relembre abaixo a trajetória e mais detalhes sobre a vida de Ayrton Senna da Silva, um nomes mais famosos do Brasil mundo afora.
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Nascido em 21 de março de 1960, na capital paulista, no bairro Cerqueira César (localizado entre o Centro e a Zona Oeste de São Paulo), Ayrton Senna da Silva. O piloto era ascendente de italianos (por parte da mãe, que era neta de italianos) e de espanhóis (por parte de pai, que era filho de uma espanhola).
Passou parte da infância no bairro Jardim São Paulo, na zona norte da Capital, e, posteriormente (aos 12 anos) se mudou para o Tremembé, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
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Desde pequeno, a família afirmou que Ayrton se mostrava muito interessado em automóveis.
O pai do futuro piloto era entusiasta de competições automobilísticas e incentivou o filho desde pequeno. Montou, inclusive, o primeiro kart de Senna quando ele tinha quatro anos, com um motor de máquina de cortar grama.
Prodígio, aos nove anos, Ayrton já conduzia jipes pelas estradas dentro das propriedades rurais do pai. Além disso, na televisão, o que mais gostava de assistir era Speed Racer, anime sobre um piloto de corridas.
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Sua primeira vitória foi aos 13 anos de idade, pilotando um kart, no Kartódromo de Interlagos, que hoje leva seu nome.
Ayrton venceu seu primeiro campeonato de Kart em 1978, aos 18 anos, competindo com cerca de outros 149 pilotos. No mesmo ano, conseguiu um recorde histórico: vencer quatro provas no mesmo dia.
Em 1979 empatou pelo título mundial de Kart, mas, por critérios de desempate da organizadora do evento, ficou com o vice-campeonato. Foi neste torneio inclusive que o lendário capacete amarelo foi usado pela primeira vez.
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A partir de 1981 passou a disputar categorias estrangeiras, como Fórmula Ford 1600 (Inglaterra), Fórmula 3 Britânica e foi campeão europeu e britânico de Fórmula Ford 2000 em 1982, época em que passou a ser chamado de Ayrton Senna (sobrenome da mãe), já que Silva (sobrenome do pai) era considerado muito comum no Brasil.
Nesta vitória em 1982, Ayrton Senna chegou a vencer uma prova após correr todo o circuito com problemas nos freios.
Em 1983 venceu a Fórmula 3 Inglesa, mesmo correndo contra um piloto que, comprovadamente, havia adulterado seu carro para correr mais rápido que os adversários. Com grande prestígio, foi convidado para fazer testes e impressionou com o baixo tempo e qualidade nas equipes da Williams, McLaren e Toleman.
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Cotado para a temporada de 1984 para quatro equipes (Williams, McLaren, Brabham e Toleman), Ayrton Senna finalmente chegou na Fórmula 1.
A Brabham, na época, era a equipe do também brasileiro Nelson Piquet. Segundo informações da época, os patrocinadores não gostariam de ter dois pilotos brasileiros e optaram por contratarem um italiano para junto com Piquet. O brasileiro, ao menos segundo Ayrton Senna, também não teria feito nenhum esforço para que a equipe contasse com os dois brasileiros juntos.
Com um carro limitado e com a equipe enfrentando sérios problemas de estrutura, incluindo conflitos com a Pirelli, ainda assim Ayrton Senna foi eleito o piloto revelação da temporada. Ele chegou a pegar pódios e ameaçar a liderança de Alan Proist (que seria o grande campeão) em algumas corridas.
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Acabou a temporada empatado com Nigel Mansell com treze pontos cada, mesmo Ayrton tendo sido impedido de correr em um GP por sua equipe, após ter assinado pré-contrato com a Lotus.
Na temporada de 1985, na estreia pela Lotus, Ayrton impressionou o mundo ainda mais. Já na segunda corrida pela equipe, conquistou a sua primeira vitória, no GP de Portugal, disputado no Autódromo do Estoril, em 21 de abril de 1985.
Terminou a temporada com o 4º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos com 38 pontos e seis pódios (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares), além de sete pole positions.
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O desempenho foi muito elogiado pela mídia, o fazendo ser eleito como o mais popular e o melhor piloto da temporada segundo a revista Autosprint.
Com um carro reconhecidamente inferior em comparação com as das equipes que lutavam pelo título, terminou o campeonato de 1986 novamente na quarta colocação, com 55 pontos, oito poles e seis pódios. Ao longo da temporada ele chegou a liderar o torneio mesmo com um veículo pior que os de seus oponentes.
Em sua última temporada pela Lotus, em 1987, o carro até evoluiu, mas ainda era inferior das Williams de Nigel Mansell e Nelson Piquet. Na pista, acabou em segundo, atrás apenas de Nelson Piquet, mas, foram constatados uma irregularidade no carro que o gerou punição.
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Com isso, ele acabou classificado em terceiro na colocação final, com 57 pontos, uma pole e oito pódios (duas vitórias, quatro segundos e dois terceiros).
Essa temporada marcou uma reviravolta na carreira de Senna com o início de uma ótima relação com a Honda. Ayrton foi contratado pela McLaren, que acertou com a Honda o fornecimento de motores V6 Turbo para 1988.
Em 1988, no primeiro ano de Senna na nova equipe, enfim chegou o primeiro título de campeão mundial de Fórmula 1.
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O GP que lhe garantira o prêmio passou por uma remontada incrível: o brasileiro teve um problema na largada, caiu para a 17ª posição, mas se recuperou e conseguiu acabar com a vitória. Isso ocorreu no GP do Japão.
Nos anos de 1988 e 1989, Senna fez dupla com Alan Proist. Os dois eram os melhores pilotos do mundo, e, embora parceiros de equipe, possuíam a maior rivalidade da modalidade. Tanto que em 1989 o título ficou com o francês, após muita briga pela conquista, envolvendo até acidente e quebra de acordos entre os dois.
Em 1990, frustrado com a defesa que Senna recebia da McLaren, Proist se mudou para a Ferrari. Neste ano, novamente ocorreu uma batida histórica entre os dois pilotos, mas, desta vez ela favoreceu o brasileiro, que conquistou seu segundo título mundial.
Naquele ano, o carro da Ferrari era notavelmente superior ao da McLaren.
A temporada de 1990 reservou um outro momento emblemático, além do bicampeonato para Ayrton. No GP de Monza, na Itália, daquela temporada, Senna fez uma aposta com o chefe de equipe Ron Dennis.
O chefe da McLaren duvidava que Ayrton fosse capaz de vencer o circuito do país-sede da Ferrari. O brasileiro então fez uma oferta inusitada: caso conseguisse a vitória, ele ganharia o carro do triunfo de presente.
Senna não só venceu a corrida, como conseguiu a pole position, marcou a volta mais rápida da prova e liderou de ponta a ponta, sem passar nenhum susto com a Ferrari de Alain Prost, seu rival na disputa pelo título daquela temporada, que terminou na segunda colocação.
Como resultado, A McLaren foi enviada para a família do piloto e hoje faz parte do acervo do Instituto Ayrton Senna.
O GP Brasil de 1991 foi a primeira vez na história em que Ayrton Senna venceu em sua terra natal pilotando um carro de Fórmula 1. E foi com roteiro de filme. O piloto passou por um fim de prova dramático e perdeu quase todas as marchas do carro da McLaren. Mesmo assim, com um esforço que parecia ser algo impossível, Ayrton Senna venceu a prova.
Foi necessário tanto esforço que Ayrton Senna, visivelmente esgotado, precisou de ajuda para conseguir sair de seu carro. Esta vitória é uma das mais relembradas pela população brasileira, que fez uma festa histórica para o piloto.
Logo após a bandeira quadriculada tremular para sinalizar a vitória de Ayrton, a comunicação de rádio da equipe foi aberta na TV, no exato momento em que ele gritava, em parte pela vitória inédita como também pelas dores que sentia devido ao desgaste da corrida.
Os fiscais de pista comemoraram a vitória do brasileiro com pulos e abraços. Pouco depois, Ayrton teve que retornar para a mansão na zona norte da capital paulista escoltado por policiais, devido à presença maciça de público em frente a sua residência.
Ao chegar em casa, Senna subiu no muro que cerca a mansão e acenou para o público presente.
Ainda no ano de 1991, Ayrton Senna conquistou o terceiro campeonato mundial de sua carreira (e que viria a ser o último). Ao chegar no Brasil, foi recebido com muita festa: o avião foi acompanhado pela Força Aérea Brasileira e o piloto recebeu a chave da cidade de São Paulo de Luiza Erundina, prefeita da Capital à época.
Em 1992, com um carro sem muitas melhorias, Ayrton Senna acabou na quarta posição geral. Em 1993, foi vice-campeão, em seu último ano na McLaren. Essa temporada trouxe uma nova vitória no GP do Brasil além de um momento histórico no GP de Donington Park.
Na ocasião, Ayrton Senna, perdeu a primeira posição na primeira curva, caiu para a quarta posição, depois para quinto, mas, ainda antes da primeira volta ser completada, já estava na ponta novamente.
Além disso, ele protagonizou a volta mais rápida da prova após passar por dentro dos boxes. Na época não havia limite de velocidade por ali e Ayrton classificou a escolha como um "experimento".
O sonho da carreira de Ayrton Senna era correr pela Williams. Ele chegou até a aceitar correr "de graça", mas teve sua chegada vetada por Alan Proist, que pediu uma cláusula de contrato que impedisse que Senna fosse seu parceiro de equipe, Porém em 1994, esta cláusula expirou, Proist (atual campeão) optou por se aposentar, deixando a equipe e Senna realizarem o sonho brasileiro.
Em suas duas primeiras corridas, teve que abandonar por batidas ou problemas no carro, não completando as provas. Antes do terceiro GP e com o carro da Williams demonstrando pontos fracos, Senna elogiou a Ferrari e disse que gostaria de se aposentar correndo pela equipe.
No dia 1º de maio de 1994, no GP de Ímola, em San Marino, uma tragédia fatal aconteceu. Ao chegar na curva Tamburello - já reconhecida por ter ocorrido outros acidentes em anos anteriores, Senna perdeu o controle do carro devido a uma barra de direção quebrada que o obrigou a seguir reto e bateu forte.
Ao perceber o problema no carro, Senna ainda conseguiu reduzir de 300km/h para 200 km/h, mas, na prática, isso não ajudou tanto. O brasileiro teve um grave dano cerebral, foi levado às pressas para um hospital, de helicóptero, mas foi declarado morto poucas horas depois.
Neste mesmo GP que teve a morte de Senna no domingo, ocorreu um acidente grave com Rubens Barrichello na sexta e a morte de outro piloto (Roland Ratzenberger) no sábado, em outra curva.
Em 2012, por meio do programa "O Maior Esportista Brasileiro de Todos os Tempos", Ayrton Senna saiu como o vencedor do maior da história do Brasil no mundo do esporte.
Além do Kartódromo localizado em Interlagos que passou a se chamar "Kartodrómo de Interlagos (Ayrton Senna)".
Em 2010, foi lançado o documentário "Senna" coproduzido por Brasil, França, Estados Unidos e Reino Unido. A obra foi considerado um sucesso pela crítica. Para 2024, a Netflix preparou uma série sobre o piloto.
Há ainda o Instituto Ayrton Senna, uma ONG brasileira criada pela família Senna em 1994, que tem como presidente a empresária e irmã de Ayrton, Viviane Senna.
O Instituto visa atender um pedido de Senna em diminuir as desigualdades sociais, criando oportunidades de desenvolvimento humano a crianças e jovens por meio da educação. Anualmente a organização capacita 60 mil educadores e seus programas beneficiam diretamente cerca de 2 milhões de alunos em mais de 1300 municípios nas diversas regiões do Brasil.
O personagem de quadrinhos Senninha também é marca importante do legado de Ayrton Senna. Pertencente a Maurício de Sousa Produções, é uma criança de oito anos que adora automobilismo. O lucro com a marca é uma quantia fundamental para a manutenção do Instituto Ayrton Senna.
Na vida amorosa, teve cinco relacionamentos sérios assumidos, entre os dois mais famosos sendo com Xuxa Meneghel e Adriane Galisteu e foi casado com Lílian de Vasconcellos Souza por três anos.
No futebol, Ayrton Senna era anunciadamente corintiano e é frequentemente relembrado pelo Timão em dias de homenagens.
O relacionamento com Galisteu acabou devido a morte do piloto, após 13 meses de namoro.
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