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11 mitos e verdades sobre a dengue

Especialistas esclarecem o que é mito e o que é verdade sobre a doença transmitida pelo Aedes aegypti

Gladys Magalhães

01/03/2024 às 13:35  atualizado em 18/07/2024 às 16:09

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Brasil terminou o segundo mês do ano com cerca de 1 milhão de casos prováveis de dengue

Brasil terminou o segundo mês do ano com cerca de 1 milhão de casos prováveis de dengue | Imagem de 41330 por Pixabay

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O Brasil terminou o segundo mês do ano com cerca de 1 milhão de casos prováveis de dengue e 214 mortes confirmadas. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (29), um total de 687 óbitos ainda estão em investigação.

Diante de tantos casos, não faltam receitas caseiras para espantar o mosquito ou tratar a doença na internet. Mas, será que funcionam? A seguir, confira alguns mitos e verdades sobre a dengue, esclarecidos por especialistas.

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Basta evitar água parada para ficar longe da dengue.
Mito. De acordo com o biólogo Luiz Henrique Romano, docente do curso de Biomedicina do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), do Grupo UniEduK, eliminar água parada é essencial para evitar a proliferação do mosquito. Contudo, essa não é a única medida a ser tomada.

“Outras medidas podem ser tomadas, como garantir que as caixas d’água estejam bem fechadas, jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos, esvaziar garrafas PET, potes e vasos, utilizar telas e mosquiteiros em portas e janelas e até mesmo o uso de repelente”, diz.

Ligar o ventilador ou ar-condicionado impede de ser picado pelo mosquito.
Mito. “O ar-condicionado pode interferir na atividade do mosquito da dengue, assim como ventiladores podem atrapalhar seu voo, mas não impedem que ele permaneça no ambiente e pique uma pessoa. A vantagem do ar-condicionado é que ele mantém o ambiente frio e fechado, o que pode dificultar a aproximação do mosquito. Entretanto, essas medidas são temporárias e não podem ser vistas como formas de proteção contra o mosquito”, alerta Luiz.

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Venenos de ambiente ajudam a afastar o mosquito da dengue.
Verdade. Segundo a médica veterinária Maria Fernanda Vianna Marvulo, docente dos cursos de Medicina e Medicina Veterinária do Centro Universitário Max Planck (UniMAX), do Grupo UniEduK, alguns venenos ajudam a repelir o mosquito da dengue, mas eles precisam conter ativos específicos, como piretrinas.

Além disso, alerta ela, é preciso ter cuidado com crianças e animais. “É importante seguir as instruções de uso e precauções recomendadas, pois alguns produtos podem ser tóxicos para humanos e animais de estimação.”

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O mosquito da dengue não chega nos andares mais altos dos prédios.
Mito. “Embora o mosquito da dengue voe, geralmente, abaixo de meio metro, isso não significa que quem mora ou trabalha em prédios não precise se preocupar. O mosquito pode chegar até alturas mais elevadas usando como transporte elevadores, condução de embalagens de materiais em geral, brinquedos, caixas de ferramentas e outros recursos, além de seguir nas roupas de alguma pessoa e até estabelecer criadouros em áreas mais altas”, explica Luiz.

O mosquito da dengue só pica durante o dia.
Mito. “Embora o mosquito Aedes aegypti seja mais ativo durante o amanhecer e o entardecer, ele também pode picar em outros horários. Portanto, é importante adotar medidas de proteção durante todo o dia para evitar picadas”, alerta Maria Fernanda.

Plantas com cheiro forte, limão com cravos, sal grosso e repelente caseiro são eficazes contra o mosquito da dengue.
Mito. “Existem algumas plantas com cheiro forte, como a citronela, que são conhecidas por repelir mosquitos. Mas, não é porque há um cheiro forte que há o efeito repelente, além de que a eficácia dessas medidas caseiras, como limão com cravos, sal grosso e repelente caseiro, pode variar em duração e resultado e não é garantida. Enfim, faltam mais dados científicos sobre o assunto”, diz Luiz.

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Todos os repelentes podem ser usados para evitar o mosquito da dengue.
Verdade. Todos os repelentes podem ser usados para evitar o mosquito Aedes aegypti, o que muda é o tempo de duração do produto, que varia de acordo com o composto, conforme explica o médico infectologista Celso Granato, diretor Clínico do Grupo Fleury.

“Aqueles que são mais frequentemente usados, baseados em DEET,  Icaridina, ou IR3535, podem ser usados. É importante ler a bula para saber a cada quanto tempo devem ser reaplicados. No mais, se for passar outro produto na pele, o repelente deve ser o último”, esclarece o médico.

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Celso explica ainda que crianças menores de seis meses não devem usar repelente, acima disso até os dois anos, elas podem usar produtos específicos. Nos dois casos, a família deve conversar com o pediatra para entender quais as melhores formas de proteção.

A dengue não pode ser transmitida de pessoa para pessoa.
Verdade. De acordo com os especialistas, não existe transmissão inter-humana de dengue, porém, é importante que uma pessoa acometida pela doença continue fazendo uso de repelente. Isso porque, explica Celso, o mosquito pode picar várias pessoas na mesma casa e, assim, transmitir a doença.  

Existe remédio para tratar a dengue.
Mito. Ainda não existe remédio para tratar a dengue, mas é possível tratar os sintomas da doença, mediante orientação médica. Além disso, diz Celso, é essencial que as pessoas acometidas pela dengue bebam bastante líquido.

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Existem remédios que devem ser evitados enquanto a pessoa está com dengue.
Verdade. De acordo com o médico infectologista Josias Aragão, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), alguns medicamentos devem ser evitados durante a dengue, pois podem piorar os sintomas, são eles: AAS, aspirina (salicitatos) e derivados de ácido acetilsalicílico; prednisona e hidrocortisona (corticoides); ibuprofeno e nimesulida (anti-inflamatórios não esteroidais).

“Ao notar os sintomas da dengue, é importante buscar logo ajuda média e não se automedicar. Isso porque há remédios que podem afetar a coagulação de sangue das pessoas com o vírus, o que pode levar ao aumento do risco de sangramentos e consequente agravamento da doença”, explica Jorge.

A segunda infecção tende a ser mais perigosa que a primeira.
Verdade. Existem quatro sorotipos de dengue, que podem causar a forma clássica ou evoluir para formas mais graves da doença. Segundo especialistas, quando a pessoa pega um dos sorotipos, ela fica impossibilitada de pegar esse mesmo sorotipo, mas ainda pode ser infectada pelos outros tipos, que podem evoluir de forma mais grave.

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Entenda quais são os sintomas da dengue
Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a dengue tem como principais sintomas a febre alta repentina, dor muscular, dor atrás dos olhos, mal estar e manchas avermelhadas pelo corpo. Assim, ao notar tais sintoma é importante buscar ajuda médica o quanto antes.

Outra providência importante é a vacinação. Atualmente, a campanha realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está imunizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença, entre os que podem tomar a vacina. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses e em localidades consideradas prioritárias.

“A vacina é a melhor que dispomos até agora. Ela é bastante eficaz e tem muito pouco efeito colateral. Portanto, quem pode tomar a vacina, deve tomá-la”, aconselha Celso.

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