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10 anos do 7 a 1: relembre o maior vexame da história das Copas

Partida foi a maior derrota brasileira na história e ainda marcou a queda de recorde de Ronaldo Fenômeno

Leonardo Sandre

08/07/2024 às 08:30  atualizado em 19/07/2024 às 11:00

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Oscar marcou o único gol brasileiro no 7 a 1, que completa 10 anos nesta segunda

Oscar marcou o único gol brasileiro no 7 a 1, que completa 10 anos nesta segunda | Eduardo Knapp/Folhapress

No dia 8 de julho de 2014, no Estádio Mineirão, aconteceu o maior vexame da história da seleção brasileira. Em duelo válido pela semifinal da Copa do Mundo realizada no Brasil, a Canarinho foi goleada por 7 a 1 para a Alemanha e deu adeus ao sonho do hexa.

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Passadas as Copas de 2018 e 2022, o sonho do hexa seguiu adiado, mas nenhuma derrota, nem antes e nem depois, se comparou com a maior goleada já sofrida pela equipe. Pro lado alemão, a "maldição do 7 a 1" também pegou, e a seleção não voltou a fazer uma boa Copa do Mundo nas oportunidades seguintes.

Relembre como as equipes chegaram para o confronto que acabou de forma trágica para a seleção.

Como Brasil e Alemanha chegaram para o jogo do 7 a 1?

O cenário era de equilíbrio. Ambas as equipes avançaram da fase de grupos como líderes de seus grupos, com sete pontos cada.

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Nas oitavas, nenhuma das duas equipes foi capaz de se classificar no tempo normal. O Brasil havia empatado por 1 a 1 com o Chile e precisou das penalidades para avançar para as quartas. Já a Alemanha, empatou sem gols contra a Argélia e, na prorrogação, venceu por 2 a 1 no sufoco.

Nas quartas, a seleção brasileira passou pela Colômbia por 2 a 1 em jogo que marcou a lesão de Neymar, que acabou cortado do restante da competição. A seleção alemã despachou a França, após vitória por 1 a 0.

Pré-jogo do 7 a 1

Anfitrião, o Brasil contava com a força de sua torcida para espantar o fantasma da Copa de 1950. Eram 63 jogos sem perder em partidas oficiais dentro do território brasileiro. Contudo, a ausência de Neymar, que fazia uma boa campanha no torneio, baqueou o restante do time.

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Muito se especulava qual seria a escolha do treinador Felipão para suprir a ausência de Neymar. A possibilidade mais cogitada era de que um meio-campista ganhasse a vaga, na tentativa de fortalecer o jogo brasileiro, ficar mais protegido e ter controle da bola.

Contudo, o substituto foi um outro ponta: Bernard, recém-campeão da Copa Libertadores pelo Atlético-MG. Coincidência ou não, o jovem foi escalado justamente na partida que seria em Belo Horizonte, onde tão estava acostumado a atuar.

Para a seleção da Alemanha, a mesma escalação que venceu a França, sem mudar nenhum dos 11 titulares.

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As escalações

Veja quais foram as escalações definidas para o confronto:

Brasil

Julio César; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho), Bernard, Oscar e Hulk (Ramires); Fred (Willian). Técnico: Luiz Felipe Scolari (Felipão).

Alemanha

Neuer; Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker) e Höwedes; Schweinsteiger, Khedira (Draxler), Kroos, Özil e Müller; Klose (Schürrle). Técnico: Joachim Löw.

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O jogo (e os gols)

O zagueiro brasileiro David Luiz se emocionou ao dar entrevista logo após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha/Reprodução

O Brasil iniciou a partida tentando ser dominante, empurrado por sua torcida. Porém, logo aos 11 minutos de jogo, o primeiro gol alemão: Thomas Muller. Cerca de 12 minutos mais tarde, a seleção alemã ampliou, com o centroavante Miroslav Klose. E foi daí para pior. Em menos de quatro minutos após sofrer o 2 a 0, o placar já marcava 4 a 0 para os alemães, com dois gols de Kroos.

Com a seleção brasileira atordoada, veio o "xeque-mate" do primeiro tempo: Khedira fez o gol do 5 a 0 com apenas 29 minutos de jogo. Com apenas seis minutos de intervalo, a seleção pentacampeã do mundo sofreu quatro gols da Alemanha. Após isso, o restante da etapa inicial foi apenas com o Brasil buscando entrar no jogo e a seleção adversária rodando a bola.

Para o segundo tempo, Felipão enfim resolveu tirar um dos atacantes para povoar o meio: Hulk deu lugar a Ramires. Paulinho entrou na vaga de Fernandinho em uma troca simples entre volantes. O jogo não mudou, o estádio já chorava a eliminação vexatória brasileira.

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A substituição mais relevante veio do lado dos alemães: Schurrle entrou aos 13 minutos do segundo tempo na vaga de Klose. Aos 24 e aos 34 minutos da etapa inicial, dois gols dele. O 5 a 0 virou 7 a 0. Entre esses gols, Felipão ainda trocou Fred por Willian.

O memorável gol de Oscar saiu perto dos 45 do segundo tempo. Goleiro alemão, Neuer ainda se desculpou com a equipe pelo gol sofrido. Após dois minutos de acréscimos, o fim do tormento: Brasil 1 x 7 Alemanha. A seleção brasileira amargava sua segunda derrota em duas Copas em casa, desta vez de maneira ainda mais acachapante do que a de 64 anos antes.

Partida ainda tirou artilharia histórica de Ronaldo Fenômeno

Não bastasse a eliminação após uma goleada, outro marco brasileiro foi atingido. Ronaldo Fenômeno era o maior artilheiro da história dos Mundiais, com 15 gols anotados. Porém, com o gol aos 23 minutos de jogo, Klose ultrapassou este número, atingindo o seu 16º gol em Copas e se isolando como o novo recordista

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Nas estatísticas, vitória brasileira

Ironicamente, mesmo tendo sofrido a dolorosa derrota de 7 a 1, o Brasil foi superior aos alemães em alguns números da partida. Na posse de bola foi uma das vitórias: 52% do Brasil contra 48% da Alemanha. Foi o único jogo em todo o Mundial em que os alemães não tiveram mais a bola que seu adversário.

Além disso, o time comandado por Felipão teve mais tentativa ao gol que seu adversário. Foram 18 chutes do Brasil, sendo 13 deles no alvo, contra 14 tentativas alemãs, sendo 12 certas. Contudo, o aproveitamento foi totalmente inverso: a seleção alemã marcou um gol nos 13 chutes certos, enquanto a Alemanha marcou sete gols em 12 tentativas.

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