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Cássio fora: relembre ídolos que saíram do Corinthians de forma conturbada

Gazeta separou outros 10 ídolos que também deixaram o Timão de maneira polêmica; saiba mais

Leonardo Sandre

17/05/2024 às 18:15  atualizado em 18/07/2024 às 23:25

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Cássio, o maior goleiro da história do Corinthians, está de saída

Cássio, o maior goleiro da história do Corinthians, está de saída | Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

O goleiro Cássio, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, senão o maior, está de saída do clube.

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Após muitas críticas de parte da torcida e da imprensa e um forte desabafo do atleta após uma derrota pela Copa Sul-Americana, o camisa 12 se tornou reserva de Carlos Miguel.

Deixado no banco de reservas, o jogador optou por novos ares e está com acerto encaminhado com o Cruzeiro.

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Porém, Cássio não é o primeiro atleta histórico do Timão que acabou deixando a equipe de uma maneira conturbada. Outros multicampeões e atletas memoráveis acabaram sendo "expulsos" pela torcida ou mandados embora após problemas com a direção e comissão técnica. Relembre alguns dos casos abaixo.

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Cássio de saída do Corinthians

Goleiro Cássio, do CorinthiansCássio, o maior goleiro da história do Corinthians, está de saída/Agência Corinthians

Conhecido como o "Gigante" por grande parte da torcida, o goleiro é o segundo jogador que mais atuou com a camisa corintiana. São inúmeros pênaltis defendidos, troféus conquistados (incluindo a Libertadores e o Mundial) e até vexames (como um novo rebaixamento) evitados pelo atleta.

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Após 712 jogos, atrás apenas de Wladimir, e com 12 anos de Corinthians, o goleiro decidiu mudar de ares e deve acertar com o Cruzeiro.

A forte cobrança em cima de Cássio foi um dos fatores principais para a saída. Ele chegou a afirmar que "se o Corinthians não faz gols, a culpa é do Cássio. Se tomar gol de pênalti, a culpa é do Cássio. Se a culpa é sempre minha, talvez seja melhor eu sair".

Após isso, a vaga de goleiro titular do Timão ficou para Carlos Miguel e o interesse do Cruzeiro por Cássio surgiu, Após a oferta do time mineiro, a direção alvinegra chegou a fazer uma oferta semelhante para evitar a saída do ídolo, mas nada feito. O ciclo do maior ídolo recente da equipe realmente chegou ao fim.

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Gil

Zagueiro GilGil, um dos grandes zagueiros da história do Timão/Rodrigo Coca/Agência Corinthians

De saída recente (fim de 2023), o zagueiro foi outro a deixar a equipe após ser considerado "culpado" das derrotas por parte da torcida.

Ainda assim, Gil foi um dos principais jogadores do time no Brasileirão 2023, ao lado de Romero e Cássio, fazendo gols fundamentais, e evitando o rebaixamento. Pelo clube ganhou um Paulista, um Brasileiro e uma Recopa Sul-Americana.

O zagueiro acertou com o Santos para a temporada de 2024 e foi um dos melhores defensores do Campeonato Paulista.

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Jadson e Ralf

Jadson e Ralf deixaram o Corinthians a pedido de Tiago Nunes, em 2020/Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Os dois saíram do Corinthians pelo mesmo motivo: decisão da comissão técnica da época. Tiago Nunes assumiu como comandante da equipe para a temporada de 2020 e pediu a saída dos dois atletas, que segundo o profissional, não se encaixariam nos planos.

Na época, a torcida corintiana ficou bastante incomodada, mas a diretoria acatou o pedido.

Jadson, campeão brasileiro de 2015 e 2017 e tri Paulista (2017, 2018 e 2019), deixou o Timão e não teve mais um grande desempenho na carreira. Passou por Athletico-PR, Avaí e Vitória, até se aposentar no meio de 2022.

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Ralf, assim como Cássio também campeão da Libertadores e Mundial pela equipe em 2012 (como peça fundamental), faturou ainda mais dois Brasileiros, três Paulistas e uma Recopa Sul-Americana. Após deixar o clube paulista, passou pelo Avaí, Cianorte e está no Vila Nova-GO, sendo titular.

Chicão

Chicão na primeira partida da final da Libertadores contra o Boca JuniorsChicão marcando Riquelme na primeira partida da final da Libertadores contra o Boca Juniors/Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Ídolo corintiano e mais um a ser campeão e fundamental na Libertadores e Mundial de 2012, o zagueiro planejava se aposentar no Corinthians, porém, segundo ele, o presidente da época não permitiu.

"Quando eu saí do Corinthians, me chamaram na sala e falaram 'Obrigado, Chicão. O presidente não quer mais o seu trabalho', desse jeito bem direto", afirmou ele para a Rádio Bandeirantes. O defensor, perito em bolas paradas, deixou o clube sendo o segundo zagueiro com mais gols na história do time.

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Presente desde a reconstrução alvinegra, Chicão chegou para a Série B de 2008 e deixou o time sendo campeão deste torneio, do Mundial e da Libertadores, além de campeão da Copa do Brasil, Brasileiro da Série A, Recopa Sul-Americana e duas vezes campeão do Paulista.

Ainda teve bons desempenhos pós-Corinthians, tendo passado por Flamengo, Bahia e Delhy Dynamos (Índia), até se aposentar no início de 2016.

Émerson Sheik

Émerson Sheik fez dois gols na final da Libertadores contra o Boca, no Pacaembu/ Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Herói da final da Libertadores em 2012, Émerson Sheik perdeu seu espaço nos anos seguintes e, encostado por Mano Menezes, foi emprestado para o Botafogo em 2014. Na ocasião, o atleta chamou o treinador de "limitado" e desejou "não trabalhar mais com ele".

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Após uma passagem discreta pelo Fogão, Sheik retornou ao Corinthians, mas não teve acordo para renovar seu contrato. Assim, no meio de 2015 foi liberado para acertar com o Flamengo.

Após a saída conturbada, em 2018 retornou ao Parque São Jorge com 40 anos, para se aposentar na equipe naquele ano, sendo campeão Paulista.

Pelo Corinthians, além da Libertadores e Mundial de 2012, foram dois Brasileiros, dois Paulistas e uma Recopa Sul-Americana.

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Freddy Rincón

RincónRincón, ídolo colombiano do Timão/Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

O saudoso ídolo colombiano foi um dos principais jogadores do Timão no final do século XX. Campeão dos Brasileiros de 1998 e 1999, além do Mundial de Clubes de 2000, quando levantou o troféu como capitão, o jogador era um dos mais festejados pela torcida.

Pouco tempo após o Mundial, por desavenças com a diretoria corintiana, deixou o clube para assinar com o Santos. Na época ele chegou a ser chamado de "mercenário", mas afirmou que nunca teve problemas com jogadores e nem com a torcida. Segundo ele, foi a diretoria que não honrou com os combinados e o desanimou a seguir por lá.

Passou por Santos e Cruzeiro, antes de voltar ao Corinthians e se aposentar, em 2004.

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Edílson Capetinha

Edílson Capetinha, ídolo do Timão/ Reprodução/Corinthians

Outro ídolo do Timão, que foi um dos principais jogadores da equipe na conquista do Mundial de 2000, Capetinha deixou o clube após uma confusão no Parque São Jorge. No ocorrido, alguns torcedores revoltados com a eliminação do time na Libertadores, contra o Palmeiras, quase chegaram a agredi-lo.

Pelo Timão ganhou ainda dois Brasileiros e um Paulista.

Após a saída do Timão, passou por muitos clubes, entre eles Flamengo, Cruzeiro, Vitória, São Caetano, Vasco da Gama, Kashiwa Reysol (Japão) e Al-Ain (Emirados Árabes Unidos).

Carlos Tévez

Tévez foi campeão Brasileiro pelo Corinthians em 2005/Reprodução/Instagram

Contratação mais badalada da América do Sul por muitos anos, o argentino promessa do Boca Jrs foi fundamental para a conquista do Corinthians no Brasileiro de 2005.

Porém, após a eliminação na Libertadores de 2006, sua saída começou a ser especulada. Um forte protesto da torcida com depredação e tentativa de invasão ao gramado assustou o argentino, que tinha uma filha pequena no estádio. Após a Copa de 2006, aumentou o mercado na Europa e perdeu a braçadeira no Timão.

A torcida cobrava muito a equipe mas idolatrava o jogador, porém, ao fazer um gol contra o Fortaleza, comemorou mandando a torcida "calar a boca" por estarem vaiando a equipe. Não teve mais volta. Tévez, ao lado de Mascherano, foi para o West Ham, da Inglaterra.

Tévez teve uma carreira brilhante, sendo campeão da Liga dos Campeões e Mundial pelo Manchester United, campeão inglês pelo United e pelo rival Manchester City, além de passagem marcante pela Juventus, da Itália. Passou pela China e se aposentou no Boca Jrs, em 2022.

Marcelinho Carioca

Marcelinho Carioca é um dos maiores idolos do Corinthians, com direito até a busto em sua homenagem/ José Manoel Idalgo/ Agência Corinthians

Outro a figurar entre os cinco maiores ídolos da história do Corinthians, Marcelinho também teve saída polêmica.

Campeão Mundial, da Copa do Brasil, duas vezes do Brasileiro e quatro vezes do Paulistão pelo Timão, o meia também fez história como um dos maiores batedores de falta da história do futebol.

O famoso “Pé de Anjo” deixou o clube em 2001 por entrar em conflito com o técnico Vanderlei Luxemburgo e se envolver em confusão envolvendo o meia Ricardinho. O auge da briga foi quando o treinador acusou Marcelinho de ter se encontrado com uma mulher no hotel onde o time estava hospedado, na véspera da final da Copa do Brasil.

O meia passou a também querer deixar o clube e foi para o Santos. Passou ainda por Gamba Osaka (Japão), Vasco da Gama, Al-Nassr (Arábia Saudita),  Ajaccio (França), Brasiliense e Santo André (protagonizando um retorno da equipe para a Série A), além de um retorno ao Corinthians com passagem apagada. 

Rivellino

Rivellino e o presidente do Corinthians à época prestigiando o busto em homenagem ao jogador/Agência Corinthians

Outro a figurar entre os maiores ídolos da história do Corinthians, Rivellino é um dos maiores jogadores também da história da seleção brasileira. Título, entretanto, apenas um pelo Corinthians: um Rio-São Paulo, em 1966. O "Patada Atômica" foi campeão do Mundo pelo Brasil em 1970.

Um dos protagonistas e líderes do Corinthians, o craque foi considerado culpado por boa parte da torcida pela derrota na final do Campeonato Paulista de 1974 contra o maior rival, Palmeiras. Rivellino então preferiu sair do clube, indo para o Fluminense.

Venceu dois Cariocas e uma Guanabara pelo Fluminense, jogando bem, e se transferiu para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, onde também foi campeão e encerrou a carreira em 1981, aos 35 anos.

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