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Aumentar o peso na academia deve ser de forma saudável e com acompanhamento profissional | Ivan Samkov/Pexels
Os adeptos da hipertrofia muscular (quando os músculos aumentam de tamanho e volume por conta de uma sobrecarga) têm se vinculado cada vez mais em informações e receitas “milagrosas” repassadas por influenciadores famosos para um crescimento acelerado de massa muscular.
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Contudo, em busca de melhorar o desempenho na academia, muitos se esquecem da necessidade de respeitar suas próprias características fisiológicas, para que não abram espaço para as temidas lesões, que prejudicarão muito a rotina de treinos.
A busca rápida pelo corpo perfeito faz com que a pessoa deixe de procurar orientação profissional para não serem instruídas a irem com calma no treino. Porém, cada corpo tem uma resistência diferente e isso pode ser perigoso para quem treina além do seu limite.
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O cirurgião ortopedista e especialista em Medicina Esportiva do Hospital IFOR da Rede D’Or, Eduardo Bernardo, explicou que a progressão de peso deve ocorrer para um avanço de hipertrofia muscular, mas com cuidado.
“Isso tem de ser feito de uma maneira gradual e respeitando cada indivíduo e seus objetivos individuais de treino. O limite deve ser o que o músculo e os tendões conseguem aguentar, pois fora isso haverá lesão. E o que acaba orientando é a dor, aquela que a gente sente após o treino, que é até boa. Mas, essa dor não pode ser uma dor incapacitante”, alertou.
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“Essa progressão precisa ser gradual, e sempre respeitando os sinais clínicos, como uma dor incapacitante, às vezes de origem articular, que permanece por mais de 20 dias”, complementou.
O especialista explicou que o aumento progressivo de peso para o músculo causa a hipertrofia.
“O músculo, depois que a pessoa atinge a maturidade esquelética, já tem o seu comprimento e a sua estrutura formada, então o processo de hipertrofiar a musculatura acontece quando o músculo sofre uma carga que seja maior do que a carga das atividades do cotidiano”, explicou.
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Isso ocorre para que o músculo possa sofrer um processo de cicatrização, que vai recrutando novas fibras musculares.
Ao começar a atividade esportiva, o treinamento de força muscular provoca ganhos rápidos iniciais, em uma primeira fase, porém não se observa um aumento de massa muscular nesse primeiro momento.
“O que acontece é que ocorre uma melhora dos padrões de recrutamento das unidades motoras, o que se chama adaptação neural”.
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“Depois que a pessoa tiver tudo mais sincronizado, que o corpo tiver a capacidade de focar melhor com essas cargas que estão sendo impostas ao músculo, começa a entrar numa segunda fase, que é a adaptação estrutural, ou seja, a hipertrofia, que é o resultado da exposição continuada ao treinamento de força.”
É nesta segunda fase que a pessoa realmente começa a ganhar massa muscular. A lesão do músculo pelo exercício acaba fazendo com que o músculo precise se regenerar, sempre formando um pouco mais de fibra muscular do que tinha antes, trazendo a hipertrofia a longo prazo, como explicou o cirurgião..
O músculo dá alguns sintomas quando há o exagero:
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Já os sintomas neurológicos são mais difíceis, mas, de um modo geral, nota-se uma limitação de amplitude de movimento e a dor (sinal mais importante). Isso causa uma dor de maior intensidade, que faz com que a pessoa perceba que está limitando o ato de se exercitar.
As lesões ocorrem quando são submetidos a um estresse maior do que eles têm a capacidade de suportar, causando lesão estrutural de músculo ou alguma de estrutura da cartilagem articular.
“Os sintomas são dor, perda de alguma função ou incapacidade de realizar algum movimento. A lesão pode ser detectada primeiro por suspeita clínica, que é confirmada por meio de exames de imagem, como ressonância magnética ou ultrassom”, concluiu.
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