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Cotidiano
'No Callem' indica como espaços de lazer podem agir em caso de agressão sexual; deputada da Alesp também quer adotar a medida no Estado
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Daniel Alves | Lucas Figueiredo/CBF
A vereadora Cris Monteiro (Novo) enviou à Câmara Municipal de São Paulo nesta semana um projeto de lei para a cidade tenha um protocolo semelhante ao “No Callem”, de Barcelona, na Espanha, que ficou conhecido mundialmente por conta da acusação de violência sexual contra o jogador Daniel Alves.
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A deputada estadual Marina Helou (Rede) também iniciou uma articulação para que o estado de São Paulo adote o protocolo (leia mais abaixo).
A proposta da vereadora, assim como o “No Callem”, visa ações para que espaços públicos e privados de lazer saibam como agir para detectar e proceder em situações de agressão sexual contra mulheres, além de garantir a liberdade delas nesses espaços.
Os estabelecimentos que aderirem teriam funcionários treinados para prevenir, identificar e lidar com possíveis casos de violência contra a mulher no local. Não haveria omissão do estabelecimento, mas apoio à vítima.
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“Protocolar este projeto na cidade de São Paulo, que teve sua gênese no grupo Mulheres Falando Sobre, muito incomodadas com o ocorrido em Barcelona, visa garantir a liberdade das mulheres nestes espaços de lazer e oferecer um acolhimento às vítimas, se necessário. O principal objetivo é incentivar a adesão e apoiar os bares e restaurantes na luta contra o assédio", explicou Cris.
“Temos que encarar o fato de que o assédio acontece nos espaços de lazer e que precisamos de ações concretas para responder a essa questão tão dura para as mulheres”, completou.
Como o protocolo pode ser aplicado na Capital, segundo a vereadora:
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• O Poder Executivo deve implementar ações para que espaços públicos e privados de lazer, como restaurantes, bares, casas noturnas e de espetáculos, saibam como agir para detectar situações de agressão sexual que ocorram em suas dependências
• O protocolo será de adesão facultativa e terá como objetivo reservar às pessoas responsáveis e que trabalham em espaços de lazer, o papel ativo de identificar situações de risco à integridade, e garantir os devidos cuidados às vítimas de agressão sexual;
• O espaço de lazer que optar por adotar o protocolo deverá participar de treinamento para detectar situações de agressão sexual e saber como agir;
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• Os estabelecimentos que adotarem a iniciativa receberão um selo de adesão ao protocolo, produzido pela prefeitura, que poderá ser utilizado em sua logomarca, produtos e material publicitário.
Alesp
A deputada estadual Marina Helou também iniciou uma articulação para que São Paulo tenha um protocolo semelhante ao No Callem.
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“Acredito que iniciativas como o protocolo devem servir de inspiração e serem replicadas em outros lugares, já que a medida tem se mostrado supereficiente e importante no combate à violência de gênero. Por isso, como representante da Procuradoria da Mulher na Alesp, iniciei uma articulação com as deputadas, entidades de estabelecimentos privados e sociedade civil para alinhar um protocolo semelhante no estado de São Paulo”, afirmou a deputada.
Marina disse ainda que a luta pelo fim da violência de gênero e cultura do estupro deve ser articulada por órgãos, entidades e estabelecimentos públicos e privados, além da sociedade civil. “Fazer com que estabelecimentos privados, em especial, casas noturnas e bares, adotem um protocolo para agirem em caso de violência contra a mulher é essencial, porque são locais propensos a crimes relacionados”, justificou.
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