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Cotidiano

Veja como foi a refiliação de Marta Suplicy ao PT: 'Estou de volta'

Evento de filiação de Marta ao partido contou com Lula e Boulos, superlotação de simpatizantes e lideranças falando em derrotar 'BolsoNunes'

Bruno Hoffmann

02/02/2024 às 21:29  atualizado em 02/02/2024 às 22:41

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Marta e Lula durante ato de refiliação da ex-prefeita ao PT

Marta e Lula durante ato de refiliação da ex-prefeita ao PT | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Marta Suplicy se refiliou ao PT na noite desta sexta-feira. A cerimônia realizada na Casa de Portugal, na região central de São Paulo – totalmente lotada por simpatizantes do partido –, contou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), entre outras lideranças nacionais e locais da agremiação.

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A ex-prefeita retorna para ser vice na chapa de Boulos à prefeitura da Capital. Ela havia deixado o partido em 2015, com fortes críticas contra o PT. Nesse tempo ela teve passagens pelo MDB e pelo Solidariedade, e até o início deste ano era secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

"Juntos com Lula vencemos Bolsonaro em 2022. Novamente juntos, vamos derrotar o bolsonarismo e seus representantes aqui na Capital", disse ela, em referência justamente a Nunes, que buscou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a sua pré-campanha. "Estou de volta", bradou ainda, para aplausos da plateia.

Momento em que Marta, ao lado de Lula, assina a filiação ao PTMomento em que Marta, ao lado de Lula, assina a filiação ao PT/Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Em seu discurso, Lula disse que Marta é um patrimônio do PT. "Ninguém fez para o povo pobre o que Marta Suplicy fez", afirmou.

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Já Boulos falou sobre uma suposta incoerência de Nunes em querer apoio de Bolsonaro, já que se elegeu como vice de Bruno Covas, que se declarava um opositor do então presidente. “Nunes abraçou o bolsonarismo, traindo o legado de quem ele foi vice. Nosso desafio em São Paulo é construir uma frente ampla pela democracia”, disse o psolista.

O retorno de Marta enfrentou a resistência de uma ala minoritária do PT, por ter falado ao sair que o PT “foi protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou” e, principalmente, por ter votado como senadora pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Lula conseguiu acalmar esses setores, e Marta foi recepcionada por lideranças de diversas correntes dentro da legenda.

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Lideranças durante ato de filiação de Marta ao PTAto contou com lideranças nacionais e regionais/Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

O que disseram as lideranças

A reportagem da Gazeta ouviu uma série de lideranças políticas durante o ato. Veja o que falaram sobre a volta de Marta ao PT:

José Guimarães (PT) – deputado federal pelo Ceará e vice-presidente nacional do PT

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“É um novo momento do País e de São Paulo. Temos um desafio enorme de derrotar o Bolsonaro em São Paulo, e a entrada dela no jogo político é a novidade. É um cheiro bom de vitória. O PT nunca esteve tão mobilizado para as eleições municipais como neste ano. Ganhar São Paulo é ganhar o Brasil”.

Giordano (MDB) – senador por São Paulo 

“A expectativa é só de soma. A Marta é muito querida na periferia, é uma mulher guerreira, já teve uma experiência muito grande como prefeita de São Paulo. A volta dela para o PT é a volta para a casa dela”. (nota: apesar de ser do mesmo partido do prefeito Ricardo Nunes, Giordano anunciou apoio a Boulos em São Paulo)

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Silvia da Bancada Feminista (PSOL) – vereadora em São Paulo

“É muito bom que as pessoas voltem para o lugar certo, para o lado certo, e a Marta está voltando para o lugar certo. A gente tem que derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo e no Brasil, e ela vai estar a serviço desse propósito. Vai agregar à campanha do Boulos. Ela é muito querida na periferia de São Paulo”.

Eduardo Suplicy (PT) – deputado estadual em São Paulo

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“Está harmonizado” (nota: Suplicy fez essa afirmação quando estava cercado por um alto número de admiradores, e não conseguiu parar para falar mais sobre o tema com a reportagem da Gazeta)

Ivan Valente (PSOL) – deputado federal por São Paulo

“É importante vencer o fascismo em São Paulo, e Nunes é o Bolsonaro, é o fascismo. Tudo o que agregar, mesmo com as contradições do passado, ela ter votado a favor do impeachment [de Dilma], ela precisa fazer a autocrítica dela. Isso não é problema do PSOL. O PSOL quer ganhar com Guilherme Boulos”.

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Edson Carneiro Índio – líder sindical

“Marta e Boulos são uma potência eleitoral, com capacidade para vencer na cidade de São Paulo e colocar a prefeitura a serviço do combate à desigualdade. Eu vejo com muitos bons olhos. É uma vitória política. Nosso campo vai derrotar a direita e o ‘BolsoNunes’ na cidade de São Paulo”.

Carlos Zarattini (PT) – deputado federal por São Paulo

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“O PT tem um coração muito bom. A gente não guarda mágoa do passado, a gente olha para o futuro”.

Antonio Neto (PDT) – presidente do diretório municipal do PDT em São Paulo

“Vejo com muito bons olhos. Ela agrega bastante na candidatura. Ela tem um histórico de compromisso com a cidade de São Paulo na questão da educação, da saúde e do transporte. Dá à candidatura de Guilherme Boulos o aval de quem tem competência para administrar uma cidade como São Paulo”.

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Nilto Tatto (PT) – deputado federal por São Paulo

“Estamos todos inebriados com a volta dela. É um reencontro com o PT. Todo mundo tem clareza de que a Marta fez a melhor gestão na prefeitura, que deixou marcas importantes para a população: corredores de ônibus, Bilhete Único, os CEUs. Esse arco de alianças é para ganhar a prefeitura”.

Nabil Bonduki (PT) – arquiteto e urbanista

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“Precisamos ter a união maior possível para poder mudar a Prefeitura de São Paulo, e a Marta com certeza vai agregar uma força. Ela representa uma ampliação da campanha de Boulos”.

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