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Cotidiano
Ricardo Nunes tem vários nomes especulados para ser seu vice na pré-campanha à reeleição em São Paulo; veja possibilidades
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O prefeito Ricardo Nunes | Divulgação/Secom
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), segue sem definir qual será o nome que vai ser lançado a vice para a chapa à reeleição. Nos bastidores, porém, a movimentação está grande. Neste momento há pelo menos sete nomes que saem à frente para para ser pré-candidatos a vice do prefeito de São Paulo.
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Ele tem um acordo firmado com Jair Bolsonaro (PL): o ex-presidente oferece apoio ao emedebista em troca do privilégio de indicar o vice. Só que o nome proposto do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo, não agradou a Nunes. Ele espera dissuadir o ex-presidente da opção.
Neste momento, o prefeito parece ter preferência por duas lideranças, ambas ligadas diretamente à segurança pública: a delegada Raquel Gallinati (PL) e o delegado Osvaldo Nico.
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Já o deputado estadual Delegado Olim (PP) e o vereador Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara de São Paulo, já anunciaram publicamente que têm o desejo de compor a chapa com Nunes.
Há ainda a possibilidade da escolha ser pelo secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, e pela secretária da Mulher do governo paulista, Sonaira Fernandes (Republicanos).
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O coronel da reserva Ricardo Mello Araújo foi sugerido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fechou um acordo para apoiar a campanha de Ricardo Nunes em troca de indicar o vice.
O militar foi comandante da Rota entre 2017 e 2019 e presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de 2000 ao início de 2023. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, levou a indicação de Bolsonaro a Nunes.
Só que assessores próximos a Nunes consideram o coronel da reserva “bolsonarista demais”, além de pouco popular entre os eleitores. A pré-campanha tenta costurar uma estratégia para não perder o apoio de Bolsonaro e, ao mesmo tempo, conseguir emplacar um outro nome para vice.
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A delegada Raquel Gallinati (PL) já foi vista em algumas agendas públicas ao lado de Nunes desde o início deste ano. Ela é vista por alas do PL como nome ideal para ser vice do atual prefeito: é mulher, tem a segurança pública como principal bandeira e votou no ex-presidente Jair Bolsonaro nas últimas eleições.
Raquel é suplente de deputada estadual (recebeu cerca de 50 mil votos em 2022), ex-presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São aulo) e diretora da Adepol (associação de delegados de polícia). Além disso, é vista pela campanha de Nunes como uma figura “menos radical” do que Mello Araújo, o que facilitaria em conquistar votos em alas não bolsonaristas do eleitorado.
Secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Aldo Rebelo (PDT, mas licenciado do partido) é o grande trunfo de Ricardo Nunes para mostrar que sua pré-campanha representa “a verdadeira frente ampla em São Paulo” – o termo frente ampla é usado por Guilherme Boulos (PSOL), o seu principal concorrente nas eleições 2024.
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Ele entrou no cargo justamente no lugar de Marta Suplicy, que decidiu abandonar a gestão Nunes para voltar ao PT e compor chapa com Boulos.
Rebelo foi durante décadas um dos quadros de destaque do PCdoB – integrou, inclusive, os governos de Lula e de Dilma Rousseff como ministro. Mais recentemente, chegou a elogiar Bolsonaro, e conta com a simpatia do ex-presidente.
Uma reunião na última quarta-feira (13) com a direção nacional do Progressistas, em Brasília, definiu que o partido vai indicar o deputado estadual Delegado Olim (PP-SP) como vice de Ricardo Nunes (MDB) para a pré-campanha à reeleição à Prefeitura de São Paulo.
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No dia seguinte, ele disse à Gazeta que a opção pelo deputado federal Coronel Telhada (PP-SP) também esteve na discussão. “Realmente houve essa reunião, e também falaram do Telhada. Mas meu nome ficou de fato bem forte”, disse o parlamentar.
Olim explicou que Nunes tem várias opções para a escolha do vice, mas que espera ser o preferido pelo prefeito, após o aval do PP. Ele exaltou seu alto apelo eleitoral como um dos pontos fortes. “Vamos ver se o Ricardo aceita”, afirmou.
O vereador Milton Leite (União Brasil) anunciou estar à disposição para ser vice na chapa de Nunes na Capital. Ele é presidente da Câmara Municipal paulistana e do diretório municipal do União Brasil, além de aliado político do emedebista. Ambos têm base política na zona sul da cidade.
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"Estou à disposição do União Brasil para ser o candidato a vice-prefeito ao lado do prefeito Ricardo Nunes se essa for a vontade e a decisão do meu partido e da futura coligação”, disse Leite à Gazeta.
O União Brasil não decidiu oficialmente se vai lançar candidatura ou apoiar Nunes. Um dos defensores de a agremiação seguir com nome próprio é o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), que já anunciou ser pré-candidato na cidade.
Sonaira Fernandes (Republicanos), atual secretária de Políticas para a Mulher do Governo de São Paulo, tem uma relação próxima com a família Bolsonaro. Ela é vereadora licenciada na Câmara Municipal de São Paulo, e era considerada a voz mais atuante do bolsonarismo na Casa.
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Ela já foi assessora do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Sonaira também é evangélica e já definiu o feminismo como "sucursal do inferno" e "o grande genocida do nosso tempo".
Assessores do entorno de Nunes, porém, não se mostraram entusiasmados com a sugestão. Há uma percepção de que ela ainda tem pouca popularidade entre o eleitorado paulistano, o que não a tornaria um nome interessante para a chapa municipal.
O delegado Osvaldo Nico, segundo nome mais importante da Secretaria de Segurança Pública da gestão Tarcísio de Freitas, é visto como um dos favoritos para compor chapa com Nunes em 2024. Ele é popular, tem a segurança pública como pauta prioritária e a princípio possui pouca rejeição do eleitorado.
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Desde os anos 1990 o policial é figura constante em programas de TV, por atuar em casos de apelo midiático e ter bom relacionamento com a imprensa. Ele fez parte, por exemplo, da prisão do médico Roger Abdelmassih em 2014 e da captura de Maurício Hernandez Norambuena, líder do sequestro de Washington Olivetto, em 2001
Delegado Nico também tem um bom relacionamento com Nunes. Em um evento em dezembro passado, o emedebista o chamou de “vice-prefeito”.
O calendário eleitoral determina que os partidos precisam fazer suas convenções entre 20 de julho e 5 de agosto e registrar as chapas até 15 de agosto. O primeiro turno da eleição municipal deste ano será em 6 de outubro.
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