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Cotidiano

Vacinação da gripe vai até 31 de agosto em SP

Doença já causou 828 mortes e 9 mil internações em 2023; maioria dos casos de hospitalização por influenza acontece em crianças e idosos

30/08/2023 às 20:03

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A campanha foi prorrogada para ampliar a cobertura vacinal, que está em 56%  ainda distante da meta de 90%

A campanha foi prorrogada para ampliar a cobertura vacinal, que está em 56% ainda distante da meta de 90% | Renato Rodrigues/Comunicação Butantan)

Moradores do estado de São Paulo têm até o dia 31 de agosto para se vacinar contra a gripe gratuitamente nos postos de saúde. Fornecida pelo Instituto Butantan, a vacina está liberada para toda a população acima de 6 meses de idade e protege contra casos graves e mortes.

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A campanha foi prorrogada para ampliar a cobertura vacinal, que está em 56% – ainda distante da meta de 90%.

Os dados epidemiológicos refletem essa realidade: de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, 9.457 brasileiros já foram hospitalizados em 2023 em decorrência da gripe, e 828 morreram.

Em todo o ano de 2021, quando 89% da população se vacinou contra a doença, esses números foram consideravelmente mais baixos: 1.389 e 162, respectivamente.

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Crianças de até 11 anos têm liderado as hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por influenza, com 4.705 casos.

Já entre os óbitos, a maior parte ocorreu em idosos, com 434 casos.

Única forma de prevenção disponível para a população, a vacina da gripe é comprovadamente segura e conta com a validação da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo sido incluída na lista de imunizantes pré-qualificados do órgão em 2021.

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As cepas da vacina são atualizadas anualmente, já que os vírus influenza sofrem muitas mutações.

Por isso, é importante se vacinar novamente todos os anos para garantir a proteção individual e coletiva.

A vacina deste ano é composta por duas cepas do tipo A, H1N1 e H3N2 (do subtipo Darwin, que causou surtos no final de 2021 e predominou em 2022) e uma do tipo B (linhagem Victoria).

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O imunizante é produzido com o vírus fragmentado e inativado, ou seja, incapaz de causar doença. Como qualquer outra vacina, ele pode gerar alguns efeitos adversos, mas todos são leves e passageiros, conforme mostrado por estudo clínico publicado na revista Vaccine.

Segundo o artigo, conduzido entre abril e maio de 2019 no estado de São Paulo, as reações mais comuns são dor e sensibilidade no local da injeção, e nenhuma reação grave foi observada.

A pesquisa também comprovou a não inferioridade da vacina do Butantan em relação à da Sanofi Pasteur – ou seja, ambas possuem eficácia equivalente.

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O imunizante já é desenvolvido pelo Instituto há 10 anos e é fruto de uma transferência de tecnologia da farmacêutica francesa.

Na campanha atual, o Butantan produziu 80 milhões de doses para a vacinação da população brasileira – a totalidade dos imunizantes disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Contraindicações

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O imunizante é contraindicado para menores de 6 meses de idade e pessoas que já tiveram reação alérgica grave (anafilaxia) após tomarem a vacina.

Indivíduos com histórico de anafilaxia a ovo devem ser imunizados sob supervisão médica e em ambiente preparado para tratar manifestações alérgicas.

Quem estiver com doença febril e Covid-19 deve esperar a recuperação para se vacinar.

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